quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ímãs de viagem

Cansei de trazer berimbau da Bahia, máscara de Veneza e miniatura imitando monumento para colocar na estante. Tomam espaço na mala e quase nunca tenho onde colocar quando volto para casa. Sem contar a boa bufunfa gasta nesses presentinhos. Vai tudo para o ralo. O dinheiro e o souvenir.

Comecei, sem querer, a fazer uma coleção de ímãs de geladeira que representassem o lugar por onde havia passado. Os ímãs são como a fitinha do Bonfim: custam bem pouco, cabem em qualquer canto e todo mundo gosta. Ainda tenho poucos porque dei início à novidade nas minhas sessões de compras há menos de dois anos.

Por causa disso muitos destinos ficaram sem vez na minha geladeira. Mas os que estão ali fazem da cozinha um dos lugares preferidos da casa. Todo dia, logo cedo, quando vou preparar o café da manhã, lá estão eles. Lindos, coloridos, cheios de vida, recontando um bocadinho de muitas e felizes viagens.
.
Gosto de todos, mas há os especiais. Tem a panelinha de barro que comprei em Morretes, capital do barreado, no Paraná. Proporcionalmente foi o mais caro de todos: R$ 5,00. "Compra, tia, é para ajudar", disse-me a menininha de pés no chão num sábado ensolarado em que descemos a Serra da Graciosa.

Amo o de Sevilha. Além de ser uma cidade que passou a fazer parte da minha história por causa do doutorado, o magneto imita um toureiro ao lado de uma espanhola. E ainda tem um espaço pra colocar uma foto do rosto do casal. Fica bem engraçado. Acho uma belezura o de Arraial D´Ajuda. É uma conchinha pintada à mão. Esse é um sobrevivente da desajeitada da minha diarista que já o derrubou umas cinco vezes.

O que comprei em Paris, não, não foi a Torre Eiffel. Imita o formato das placas da cidade e vem escrito Musée du Louvre. E o de Veneza é uma gôndola super delicada. (Quem não abre mão das famigeradas máscaras, elas também estão disponíveis em forma de ímã). Não tenho, na verdade, nenhum critério específico na hora da compra. Prefiro que venha o nome da cidade.

Mas alguns – mesmo não identificando o lugar – são muy hermosos como o casal dançando tango que trouxe de Buenos Aires. Requisito mesmo deve ser o preço: não mais que US$ 3,00 cada. Assim dá para comprar um para mim e meia dúzia para dar de presente.
.
Fotos: Matraca´s Image Bank
.
Post relacionado

15 comentários:

  1. Eu também compro os imãs, primeiro porque odeio carregar, qualquer coisa que seja, e eles não pesam nada! E é bem legal estar aí no dia-a-dia, no meio de uma macarronada olhando para aquela galeria particular e pensando: a vida é maravilhosa!
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Eu também tenho essa sensação de felicidade quando olho meus imãs, minhas fotos, quando reconto meus passeios. Acho que é por isso que gosto de blogar... cada vez que conto sobre um destino, sobre algo que me faça "viajar" no dia-a-dia também acho a vida cada vez mais maravilhosa!

    ResponderExcluir
  3. Silvia!!!
    Que delicia está o blog!!
    Tive em Curitiba (rapidão pra um curso) e fui jantar num local da Rua Barão do Rio Branco. Achei muito charmoso tudo por lá. Espero em breve voltar com o Joel.
    Nossa.... mas vc e o Raul, heimmm!!! rsrs... nem uma "copita"??
    Beijos pra vcs 3.
    Nair

    ResponderExcluir
  4. Silvia, eu tenho um ima de Veneza igualzinho!!!

    Resolvi tirà-los da porta da geladeira e montar um painel, justamente para evitar quedas. Meu painel é a coisa mais kitsch do mundo, mas eu adoro!

    Amei o post!

    Bjs

    ResponderExcluir
  5. Oi NAIR!

    Huummm, ali na barão do Rio Branco tem um restaurante bem legal (e saboroso)mesmo, o Zea Maïs. Seria esse?
    Beijim!

    ResponderExcluir
  6. Boa, idéia Luisa! Toda vez é um stress para tirar tudo com cuidado para limpar a geladeira! O painel também deve ficar lindo e pode ser deixado no escritório de casa! Bjs!

    ResponderExcluir
  7. Meus imãs ficam no exaustor, a prova de quedas sem fim quando se abre a porta da geladeira!
    Beijos

    ResponderExcluir
  8. adoro imãs tb, mas mais da metade já foi pro beleléu, exatamente por causa da minha diarista, uma senhora descendente de russos que não é nada delicada,hehehe...

    ResponderExcluir
  9. Uau!!!!
    Eu tb faço esta coleção, vou sacar uma foto e mandar para vc.
    Eu vou fazendo o mapa, de acordo com o lugar onde estou.
    Ensinei muita Geografia para meus meninos com os imãs.
    Beijão para os três.

    ResponderExcluir
  10. Gisela! Onde você consegiu uma diarista descendente de russo?

    ResponderExcluir
  11. Por um acaso esse anônimo é a Fernanda de Juiz de Fora? Se não for, desculpe-me. É que parece ela "falando"! hohoho.

    ResponderExcluir
  12. Pati, os meus não posso colocar no exaustor. Não tem espaço e eu derreteria os pobrezinhos na primeira fritada de bife! :-)

    ResponderExcluir
  13. Amo meus imãs de geladeira, e essa sensação de felicidade acontece comigo também! Muito Bom!

    ResponderExcluir
  14. Eu também gosto dos ímãs - é um tipo de "álbum" que só nos vemos - na nossa memória.

    juliana

    ResponderExcluir
  15. Prazer, Sílvia, meu nome é Cristiana e acabo de ser apresentada ao seu saborosíssimo MATRAQUEANDO pelo blog do Ricardo Freire.

    Estou adorando. Seu texto é interessante e leve, sem ser superficial.

    Nesse quesito imãs, vou dar uma sugestão. Vc já prestou atenção nos pins (ou butons ou broches, como quer que chamem) como alternativa de lembrança de viagens? É muito legal, igualmente leve, pode ser dado de presente e vez por outra ainda nos acompanha nas próximas viagens (pregado na mochila, por exemplo).

    Faz um sucesso danado quando alguém encontra "sua" cidade, na "nossa" mochila. Uma empatia entre viajantes e, por vezes, entre viajantes/locais.

    Continue nos fazendo viajar...

    Obg,

    Cristiana/RJ

    ResponderExcluir