sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Santa Catarina: faça sua parte!

Não pense que toda a movimentação para ajudar os sobreviventes da tragédia em Santa Catarina vai ser suficiente. Teremos anos de reconstrução pela frente. Por isso, faça sua parte. Procure a Defesa Civil ou o Corpo de Bombeiros da sua cidade e informe-se sobre como ajudar. Neste momento, eles precisam desesperadamente de água potável e farinha para produção de pães.

Mas qualquer ajuda como roupas, cobertores e alimentos não perecíveis é totalmente bem-vinda. Detalhe: como não existem fogões para cozinhar a orientação é que seja enviada, também, comida pronta: enlatados, biscoitos e afins.

Uma funcionária minha me disse ontem que tinha medo de ajudar porque acreditava que as doações poderiam ser desviadas. Por favor, não tenham esse raciocínio. Tudo o que está sendo arrecadado vai chegando pouco a pouco aos desabrigados. A atitude é simples: ajude e repouse sua cabeça no travesseiro com a consciência de quem não se omitiu.

Santa Catarina tinha acabado de ser eleita pela terceira vez consecutiva como o melhor estado do Brasil pela Revista Viagem e Turismo. Para que a gente renove esperanças, reveja o nosso post feito em homenagem a ela.

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terça-feira, 25 de novembro de 2008

Quer viajar mais? Compre uma agenda.




Quem já torceu o nariz achando que vou falar da necessidade de planejar as próximas férias, errou! Planejamento é tão básico quanto fazer uma mala decente - e pequena. O post de hoje trata apenas de recomendar um investimento irrisório, mas fundamental para quem quer por o pé na estrada: uma agenda 2009. Só assim você vai poder visualizar todos os finais de semana prolongados que teremos no ano que vem. E são mais de 10!

Entenda-se por viagem qualquer artifício que possa tirar a gente da rotina como conhecer um restaurante charmoso, passear sem pressa pelos arredores da cidade e até fazer compras de artesanato na feira local. Você pode até reclamar de que não tem dinheiro para sair de casa, mas o quesito falta de tempo não será mais desculpa. Além dos seus 30 dias de férias convencionais, teremos mais 40 (quarenta, isso!) por causa dos feriadões, fora os regionais. Já começa no próprio Ano-Novo. Dia primeiro cai numa quinta-feira. O pessoal que parou lá por 30 de dezembro só volta a trabalhar na segunda - dia 05/01.

E depois vem um atrás do outro: carnaval, páscoa, tiradentes, dia do trabalho, corpus christi, dia da pátria, dia de nossa senhora aparecida e dia de finados caem todos ou numa quinta ou numa sexta ou numa segunda ou numa terça. Já sei, você pensou pelo lado negativo, que o país vai parar, que nós não temos nada para fazer, que no Brasil ninguém gosta de trabalhar, blá, blá, blá. Pois eu não. Isso é muito positivo. Além de eu poder descansar mais (afinal ainda sobram quase 300 dias de batente!) e dormir o sono dos justos quem vai ganhar horrores é o próprio turismo - a indústria que mais emprega no mundo.

Foto: Igreja da Lapa, cidade histórica a uma hora de Curitiba, para qualquer um dos feriadões. (Raul Mattar)

domingo, 23 de novembro de 2008

Instituto Sol Miró: espanhol bom e barato em Curitiba



Nosso momento jabá: o Instituto Sol Miró - organização com foco na economia solidária - está com as matrículas abertas para os cursos de 2009. A novidade é que agora é possível fazer a matrícula on-line. É só entrar no site do instituto, escolher o curso, preencher o formulário e enviar. Todas as informações de como fazer o investimento estão lá.

Fundado em 2002 por esta que vos fala, a escola nasceu como "projeto Sol Miró". A idéia era levar o idioma a classes menos favorecidas. Com o passar do tempo o programa "Espanhol Solidário", como ficou conhecido, foi ampliado a toda comunidade e hoje já são mais de três mil pessoas beneficiadas nos últimos seis anos.

O curso do Instituto Sol Miró é o único reconhecido pela ACBE - Associação Cultural Brasil-Espanha, que é quem outorga nossos certificados.
Apenas para ilustrar, o curso Básico Intensivo de janeiro - que dura três semanas - custa uma parcela única de R$ 130,00. O material está incluído e não há taxa de matrícula.

Achou bom? Pode ficar ainda melhor. A escola têm uma política de descontos bem legal: pessoas com renda de até R$ 600,00 mensais, estagiários e aposentados têm descontos de até 30%. Já para os alunos que recebem bolsa-escola o
u bolsa-famíla o curso é gratuito.

Só que para participar o aluno tem de aceitar o contrato que é cheio de regras pedagógicas. São feitas duas avaliações (uma escrita e uma oral), a média para aprovação é 7,0 (mas no módulo Superior sobe para 8,0) e a partir do Avançado a proval oral é eliminatória. Nos intensivos, por exemplo, só é permitida uma falta. E quem desiste do curso sem motivo justificado fica 12 meses sem poder estudar na escola.

O nome do instituto é uma homenagem à obra surrealista espanhola. O símbolo oficial do
turismo espanhol - o Sol de Miró - foi criado pelo pintor catalão Joan Miró para ser a logomarca
conceitual do turismo da Espanha.


Então faça já sua matrícula. Não fazemos reservas de vaga. Garante o lugar quem se matricula primeiro. Acesse agora mesmo o site do Instituto Sol Miró, clicando aqui!



sábado, 22 de novembro de 2008

Matraca´s News: notas rápidas

BOMBOM DE COLHERADA

 

O Sonho de Valsa - meu bombom preferido - virou sorvete... que é minha sobremesa favorita. Resumo: a Kibon é a culpada por eu não conseguir recuperar meu peso pré-gestacional. Em parceria com a Kraft Foods eles transformaram os tradicionais bombons Sonho de Valsa e Ouro Branco em deliciosos sorvetes. O de Sonho de Valsa é uma combinação de sorvete de creme de amendoim e castanha de caju, misturados com flocos sabor chocolate e waffer picado (biscoito). É ou não é de matar? Já o de Ouro Branco é uma mistura do sorvete de creme aromatizado artificialmente com uma calda sabor chocolate, creme de amendoim e castanha de caju. São comercializados em potes de dois litros. Em média, custa R$ 16,00 cada.

OCEANAIR LANÇA CARDÁPIO DE BORDO DIFERENCIADO

Em tempos de barrinha de cereal  e saquinho de amendoim nas low costs, qualquer novidade no item serviço de bordo me interessa. O novo cardápio da OceanAir é baseado em temas primaveris, segundo conceito da própria companhia. Os passageiros poderão saborear - além da indefectível barrinha - outras refeições que incluem lanches e legumes frescos, acompanhadas com iogurte ou sucos naturais.

MENU ESPECIAL PARA AS CRIANÇAS

Para quem reclama que eu não escrevo (ainda!) nada para o universo infantil, aqui vai uma dica. A La Pasta Gialla, em Curitiba, tem um cardápio direcionado aos pimpolhos. O restaurante - comandado pelo consagrado chef paulistano Sergio Arno  - criou o Per Bambini, composto de massas, carnes e acompanhamentos, que permite aos pequenos montarem a própria refeição. Para os pais indico os risotos da casa, que é uma das melhores cozinhas italianas da cidade.

NOVO RESORT NO MAR MORTO

Eu já estive lá. Não no resort. No Mar Morto. Mas naquela época - há quase 10 anos - não tinha muita coisa na região, além das zilhões de lojinhas vendendo os cremes milagrosos do Dead Sea. Agora a Prefeitura de Moscou e a empresa russa Intercons anunciaram um investimento de US$ 100 milhões na construção de um resort de luxo em Ein Bokek, perto do Mar Morto, na Palestina, vulgo Israel. O resort terá 240 apartamentos e se destinará principalmente aos turistas de Moscou, que - veja só - contarão com pacotes subsidiados pelo governo municipal.

101 PRAIAS DE SONHO | GUIA 2008-2009

 

Não, eu não li. Porque dificilmente eu compraria um guia de praias para ler. (Sim, vou para Bombinhas em dezembro, mas é para comer peixe, seqüencia de camarão e andar pela orla empurrando o carrinho da Mariana). Mas esse parece bom: a  Ediouro lança a versão 2008-2009 de 101 Praias de Sonho, o guia que traz "as melhores combinações de areia, água e beleza espalhadas por todo o Brasil", na definição da editora. A seleção é da equipe da revista Quatro Rodas, que neste ano percorreu cerca de 200 mil quilômetros para elencar os melhores points. Detalhe legal: 101 Praias de Sonho não fica apenas no litoral brasileiro. As belezas e atrações das nossas praias fluviais também estão na seleção.

Fotos: Divulgação

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Matraca na cozinha: salmão com ervas finas




Pára tudo! Momento histórico do Matraqueando. Eu, mão-de-vaca-muquirana, comprei uma peça de salmão. Eu, preguiçosa na cozinha, me meti a fazer uma receita delicada que - de tão simples - exige a destreza de uma Ofélia. Eu, sem talento nenhum para diferenciar uma erva da outra, misturei perfeitamente alecrim, manjericão e tomilho. Já fiz quatro vezes. E todas deram certo.

   

Deram certo mais pela qualidade da receita do que por meus infindáveis dotes culinários, concordo. Primeiro, rendo minhas homenagens a quem me ensinou esse acepipe, minha cunhada Cassandra. Comi pela primeira vez lá na casa dela, em Maringá. Para quem acha que salmão é coisa de restaurante chique ou prato de chefs renomados está aí a prova de que... sim, é coisa de restaurante chique e chef renomado.



O detalhe é:  eis que surge a Matraca na Cozinha para desvendar os segredos de um salmão suavemente temperado, suculento (não fica seco!) e saborororisísísííimo! E se você aproveitar as últimas ofertas de pescados dos supermercados fica mais barato que alcatra. Então, deixemos de conversa mole e vamos ao que interessa.

Ingredientes

800 g de filé de salmão (uma peça inteira)
4 colheres (sopa) de manteiga
Ervas finas (alecrim, manjericão, tomilho, estragão e outras, caso queira)
4 colheres (sopa) de alcaparras
1 vidro pequeno de cogumelos fatiados
sal e limão para temperar

Modo de preparo

Tempere o salmão com sal e limão. Deixe descansar por uma hora, pelo menos. Misture a manteiga com as ervas, formando uma pasta cremosa. Unte uma forma refratária, coloque o salmão e por cima do peixe espalhe bem a pasta. Leve ao forno pré-aquecido a 180º por 30 minutos, sem papel alumínio por cima. Enquanto o salmão estiver assando, derreta uma colher de manteiga em uma frigideira e refogue os cogumelos com as alcaparras, até ficarem levemente fritinhos. Despeje sobre o salmão já assado. Pronto. Assim, simples. Acompanha arroizim branco e uma saladinha verde.

Dica da Matraca

Você pode acrescentar palmito, aspargo e alho poró ao refogadinho de alcaparras e cogumelos. (Só não entendo por que o mega cozinheiro espanhol  Ferrán Adriá insiste em fazer espuminha de abacate, se existem coisas bem mais interessantes para comer. Humpf!)

Fotos: Raul Mattar

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Eu não tive culpa!

A FÁBRICA DA CROCS VAI FECHAR AS PORTAS NO BRASIL

Depois de amargar um prejuízo de US$ 148 milhões no primeiro semestre a fabricante das sandálias Crocs decidiu fechar a unidade brasileira. Juro, não foi praga. A gente falou mal delas aqui, eu sei.  Mas desejar que a indústria em Sorocaba fosse à falência não era nossa idéia. Por certo, não chegou a tanto. Eles estão tirando o  pé da canoa antes que ela afunde de vez. O anúncio foi feito ontem. É que a projeção de vendas foi muito maior do que a demanda esperada.  O modelo básico custa a merrequinha de R$ 80,00 (oitenta!), em média. Isso é 20% do salário mínimo nacional. A coisa não anda feia só por aqui. A filial canadense também subiu no telhado e  está vazando de Toronto. Ou seja, não estávamos tão equivocados assim. É isso aí: dá-lhe Havaianas - que não têm cheiro, não deformam e não soltam as tiras. E qualquer vinte real compra um par.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Viagem para o céu



Todo cristão busca o mesmo destino: a vida eterna. Mas poucos se animam em arrumar as malas e realmente partir. A Bíblia, único guia disponível sobra a rota, não dá muitos detalhes. E quem foi nunca voltou para contar história.

O certo é que, segundo os evangelistas (considerados os primeiros jornalistas de que ouvimos falar), só os de coração puro chegam lá. E ainda: tem de se arrepender de todos os pecados e pedir perdão antes de fazer o check-in. Mesmo assim alguns ainda terão de pedir visto no purgatório.

Finalizados os trâmites burocráticos não se pode mais voltar atrás. Com os vouchers celestiais nas mãos é hora de pegar o trem. Dizem que o caminho é bem bacana. Um monte de anjo pega na sua mão e vai fazendo a maior festa
até chegar à porta do céu.

São Pedro, chefe da alfândega, sempre acolhedor e sorridente, revisa todos os documentos, faz as perguntas de praxe - turismo, negócios ou estudo? - e põe um carimbão de boas-vindas no passaporte para a vida eterna.

Destino sem volta, definitivo e determinante. Aqui, na hora da partida, fica todo mundo de lencinhos abanando - num chororô só - como as despedidas no porto. Lá em cima, dizem, armam o maior pagodão e todo mundo veste roupa de domingo para receber mais um filho de Deus.

Não há muitas atrações turísticas no local, porque o destino é a atração em si. Os que vão fazer turismo gostam de tocar harpa, comer maçã e flutuar sobre as nuvens. Outros, a negócios, geralmente investem na criação de asas para se tornar um dos arcanjos com suas legiões de querubins! Os que foram estudar aproveitam para assistir as aulas-magnas com Ele.

Vida dura? Que nada. Quem viajou para o céu já havia cumprido todas as rotas previstas aqui embaixo. E independente do estilo do viajante uma coisa a gente sabe: todos estão lá principalmente para olhar por nós!

** Esse texto é uma homenagem à Vó Dorinha que resolveu farofar com os anjos um dia depois do nascimento da Mariana e à Vó Iolanda que, no domingo passado, decidiu fazer um mochilão pro céu.

Foto: Matraca´s Image Bank


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terça-feira, 11 de novembro de 2008

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Restaurante Zea Maïs: o melhor contemporâneo



O premiado chef Celso Freire investiu numa combinação curiosa e acertou mais uma vez: comida contemporânea e um casarão de 1917. O antigo prédio de Curitiba já abrigou o famoso Hotel Johnscher - que fez muita história no século passado. Escolhido pela Revista Veja como um dos três melhores restaurantes da capital, o Zea Maïs oferece alta gastronomia sem o constrangimento que esse tipo de cozinha pode causar em jacus com eu.



O local é pequeno, mas aconchegante. Um gigante painel de fotos na parede do fundo é a marca registrada do lugar. Retratam artisticamente o centro de Curitiba. No meio do salão há um bar para quem quiser ficar só na bebidinha. O mobiliário é o charme da decoração. Cadeiras de madeira Cimo - um clássico dos anos 50 - convivem harmoniosamente com móbiles de varetas de pinho presos no teto por arame de construção.



A luz é indireta. Há mesas de bistrôs com cadeiras altas. Os pratos são desenhados, saborosos e, por incrível que pareça, com preços bem acessíveis por tratar-se do chef que tem e do ambiente que oferece. O Mignon Sur Ton é galante: medalhões de mignon entrelaçados com purê de grão-de-bico, cebolas carameladas e patê de foie gras. Sai por R$ 35,80.





Outra opção é o Filé de Peixe Grelhado com Vinagrete de Tequila e Guisado de Banana da Terra. Só o tamanho do nome do prato já é uma história para contar. Este vale um pouquinho mais: R$ 39,80. O cardápio, elaborado por Freire, é executado por Joy Perine, eleita a Chef do Ano. Joy está na casa desde a inauguração, há quatro anos. O lugar é perfeito para casais - ainda que mulheres solteiras façam parte da freqüente clientela.



Neste mês, a Revista Playboy - numa reportagem sobre os melhores restaurantes do Brasil - também elegeu o Zea Maïs como o bambambam da cidade. A Editora Abril contratou o nosso fotógrafo oficial, Raul Mattar, para produzir as fotos da publicação. Eu, na condição que me cabe, não posso fazer nenhum comentário a respeito do resultado final. Hoho.

Fotos: Raul Mattar

Barcelona: Casa Batló e Casa Milà



Passagem aérea para Barcelona: 860 euros. Táxi do aeroporto ao hotel: 18 euros. Diária com óóótimo café da manhã: 23 euros. Ficar hospedada a 50 metros da
Casa Batló: não tem preço. Mais do que falar de outra obra-espanto de Antoni Gaudí quero, primeiro, mostrar onde fiquei na capital da Catalunha.

O
Centric Point Hostel fica no Passeig de Gracia - para mim, a principal e mais charmosa avenida da cidade,  a cinco minutos caminhando das Las Ramblas (o calçadão famoso) e a dois da Praça da Catalunha (de onde sai transporte urbano para todos os cantos). Não tem quarto para casal. Você pode ficar no dormitório coletivo (17 euros por pessoa) ou reservar o triplo com banheiro privativo (72 euros, o quarto) que pela localização é o melhor custo-benefício. A minha família, que chegou um dia antes de mim, ficou num quádruplo, a 23 euros por pessoa. 

Faça assim: saia do hostel, vire à esquerda e, muito prazer, sou a Casa Batló. Ela se apresenta, inconfundível, excepcional, única - como tudo o que Gaudí fez. Uma reverência à arte universal. A obra é resultado de uma reforma feita pelo arquiteto num edifício velho. Ele mudou tudo: acrescentou andares, arredondou cantos e transformou a fachada num desfile de máscaras. Dentro do prédio, as ondas do teto dão movimento ao lugar. É tudo tão original que uma visita aqui se transforma em evento. Abre todos os dias, das 9h às 20h. Ingresso - bem caro, mas vale os centavos  - a 16,50 euros. Entre, porque o melhor está lá dentro.



Mais três minutinhos dali, a Casa Milà - na mesma avenida. Talvez a maior contribuição de Gaudi à arquitetura civil. Ficou pronta em 1910. O edifício não tem sequer uma linha reta. As varandas de ferro retorcido desafiaram o design no início do século passado. Também é conhecida como La Pedrera. Dizem que o apelido de "pedreira" foi dado pelos moradores da cidade que na época a acharam feia e pouco convencional. Tem fachada ondulada, lembrando dunas de areia. O último andar abriga o Museu de Gaudí. Hoje faz parte do Patrimônio Mundial da UNESCO - assim como as outras construções do arquiteto catalão. A visita custa 10 euros e deve ser feita sem pressa. Assim como a Casa Batló, o interior da Milà é tão surpreendente quanto.

Fotos: Raul Mattar

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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Barcelona: Parc Güell



Sempre que vou à Europa eu quero passar por Barcelona. E toda vez que vou a Barcelona quero voltar ao Parc Güell.
Não canso de tentar decifrar a mente extraordinária e criativa de Antoni Gaudí, o arquiteto responsável pela delicadeza do lugar. Nada por aqui é convencional. Curvas se misturam com caquinhos de azulejos que formam os mais belos mosaicos da arte contemporânea.



 

Tombada pela UNESCO como patrimônio cultural, a obra foi encomendada à Gaudí pelo magnata catalão Eusebi Güell, que queria fazer do projeto um grande bairro residencial, algo como uma cidade-jardim. Nem tudo saiu como o planejado e do traçado original sobrou somente o Parc Güell, que seria a entrada do tal bairro.





Pela praça serpenteia um banco todo sinuoso também ladrilhado de infinitas nuances. Como o parque está localizado em uma colina, dali se tem uma vista estupenda de boa parte de Barcelona. Nas escadarias de acesso está o célebre lagartão, todo coloridinho - no estilo inconfundível de Antoni Gaudí - jorrando água pela boca. Depois, qualquer meia volta pelo local leva você ao mundo lúdico do arquiteto.





A parte de cima do Parque Güell é sustentada por 86 colunas, com rosetas encravadas no teto.É tudo muito inusitado, atraente e sedutor. Não tenho criatividade suficiente para descrever em um par de linhas o que representa uma mão-de-obra como a de Gaudí. O trabalho dele é dinâmico, transcende o óbvio, não busca chocar nem se indispor com ninguém.





É um tipo de arquitetura que tem textura, dá vontade de passar as mãos nas paredes, tocar os tetos, encostar os dedos nos pedacinhos de vidros e cristais que dão os matizes precisos deixados pelo espanhol
. Como se estivéssemos em uma lojinha cheia de penduricalhos, onde ninguém resiste e pega tudo na mão. A grande herança de Antoni Gaudí foi a harmonia. Uma capacidade de integrar obra e natureza, sempre voltada ao que o ser humano chama de belo e irresistível.

Fotos: Raul Mattar

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Espanha dá assessoria jurídica a brasileiros detidos



Quem tiver os direitos violados ao desembarcar na Espanha pode solicitar assistência e orientação jurídica já no aeroporto.
Um convênio firmado entre a OAB - Ordem dos Advogados do Brasil e o Conselho Geral da Advocacia Espanhola prevê ajuda também aos imigrantes que aguardam julgamento ou que já foram condenados criminalmente. A parceria é válida para os espanhóis que vêm ao Brasil.

A partir de agora existem cooperação institucional e auxílio mútuo sobre as conseqüências legais e todos os procedimentos adotados nos dois países. A medida quer evitar não só injustiças com os deportados, mas impedir o tráfico de pessoas - imigrantes ilegais que são submetidos a trabalho escravo, por exemplo. O acordo vai facilitar o acesso do cidadão a um advogado que auxilie no contato com a família e no retorno para casa.

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Foto: Plaza Mayor, Madri - Espanha. (Raul Mattar)

domingo, 2 de novembro de 2008

Crocs: os sapatos mais feios do mundo



Pode falar o que quiser: que são super leves, hipoalergênicos e que não dão chulé. 
Nem o apelo de ecologicamente corretos (podem ser reciclados) amoleceu meu coração. Os Crocs viraram uma peste nas vitrines do mundo e o sapato da moda para o viajante antenado.

Nunca havia escutado falar deles até que a tia Esperança, na nossa viagem à Europa em junho de 2007, comentou que tinha lido algo a respeito de uns chinelos que eram bem confortáveis, ótimos para viagem. Ela me alertou: são feios, mas parecem uma boa opção para quem vai caminhar muito. Um dia, andando pelas ruas de Madri, eis que de repente vimos o dito cujo em uma loja.



Entramos para conhecer, quem sabe até experimentar. Mas vistos de perto eram mais medonhos do que se podia imaginar. Saímos de fininho e ficou a pergunta: será que alguém usa uma sandália tão horrenda de plástico (resina para amortecer o impacto), cheia de furos (para os pés respirarem melhor) e, ainda por cima, cor de rosa? A resposta era um sonoro sim! Os Crocs estavam por todas as partes, em todas as cores e nos pés de muita gente - jovens, adultos e até de criancinhas!

 

Ficou claro que a maioria dos usuários era turista, afinal alguém disse para eles que os tais Crocs eram super leves, hipoalergênicos e que não davam chulé. Na época nem me liguei em tirar fotos deles espalhados pelos países que visitamos. Num momento etnocêntrico, acreditava piamente que aquilo era coisa de europeu.  Mas não era. O Brasil também estava infestado. Num shopping de Maringá, há poucas semanas, encontrei as vitrines abarrotadas da linha 2008-2009. Custam, em média R$ 80,00! Só de raiva experimentei um.



Sem desmerecer os atributos propalados pelo fabricante (são adequados para ambientes hospitalares, para pessoas com problemas como artrite e joanetes e para aqueles que passam muito tempo em pé) o bichinho é feio d-e-m-a-i-s! Não dá para encarar! Prefiro meu tenizinho da Azaléia, molinho e aconchegante, para enfrentar as viagens mais exigentes. O chulé? Que bobagem, eu uso o talco desodorante Granado.


Fotos: Matraca´s Image Bank

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sábado, 1 de novembro de 2008

Copacabana Palace: patrimônio cultural do Rio



Atrizes como Rita Hayworth, Brigitte Bardot, Marilyn Monroe e a nossa top das tops Gisele Bündchen estão entre os ilustres hóspedes do hotel mais famoso do Brasil. O Copacabana Palace completa 85 anos e foi definitivamente tombado  como patrimônio cultural do Rio de Janeiro. Agora o prédio, em estilo mediterrâneo, só poderá ser mexido com autorização da prefeitura da cidade.

A construção foi uma das primeiras da orla de Copacabana e já recebeu reis, rainhas, atletas famosos e trilhardários de todo o mundo. O decreto assinado na semana passada prevê a conservação do edifício, considerado um dos monumentos mais importantes do Rio. São 12 mil metros quadrados e 420 funcionários.

Quer passar uma noite lá? O apartamento standard começa em R$ 795,00. Já a diária de um luxo superior fica em R$ 1550,00. Tá podendo? Fique na suíte com  cobertura por R$ 5.600,00. Café da manhã a parte: R$ 65,00 por pessoa. Se sua idéia é passar o ano-novo no Copa, venda sua casa: o pacote de seis noites na cobertura de frente para o mar sai por R$ 59.700,00. Isso, você leu certo, quase sessenta mil reais!


Foto: Raul Mattar

Churrasco de sushi



Já não se fazem mais churrascarias como antigamente. Carne? Isso agora é um mero detalhe. Em Curitiba há excelentes restaurantes do gênero e quase todos já entenderam que a concorrência é grande. Fomos à La Ventura. Tem tudo o que as mais chiques da cidade oferecem, com um custo-benefício bem mais interessante: R$ 13,90 por pessoa no jantar, de segunda a sábado.



O destaque está na mesa do buffet, onde a gente pode se servir à vontade. Além das mais variadas saladas, há diversos pratos quentes para acompanhar e uma mesa de frios gigante. E agora, ainda mais essa: sushi para abrir o apetite.



Não gosta de comida japonesa? Afinal você foi ali para comer carne. É certo, estamos falando de churrascaria. Então, que tal um carpaccio para começar o estrago na dieta?



O bacalhau do porto com batatas e azeitonas pretas sempre aparece no cardápio. Só isso já valeria a saída.



Ah, sim, a carne! Ela também chega de dois em dois minutos à mesa. Alcatra, maminha, medalhão de frango, lingüicinha, costela, carneiro, javali, além da rainha, a picanha - bem passada, mal passada ou no ponto. O freguês manda.

 

A casa também apresenta 12 tipos de massas - gosto do talharim ao molho de salmão e do nhoque frito. E nem precisa pedir sobremesa à parte: o tradicional abacaxi com canela passa várias vezes. Mas a minha paixão é a lasanha de banana. Doce, suave e cremosa. A conta, para o casal (com dois refrigerantes) ficou em R$ 37,90.



A Mariana? Ué, comeu tudo!


Fotos: Matraca´s Image Bank