sexta-feira, 28 de julho de 2006

FLORIPA, a mais cara. Por que?



Vou para Florianópolis neste fim de semana. A moça do tempo falou que a massa de ar seco já está indo embora e que ocorrerão pancadas de chuva no sul. (Acho tão agressiva essa palavra, pancada!) Mas mesmo assim eu vou. Não sou - necessariamente - uma turista de praia, nem de cidades-agito. No entanto, preciso descobrir por que Florianópolis tem, atualmente, o metro quadrado mais caro do Brasil. Tá bom, não vou sóóó para isso. Tenho um evento lá, no sábado de manhã. Porém, depois quero saber: por que há uns cinco anos eu ainda podia sonhar em comprar um apartamento em Jurerê e agora nem na próxima encarnação posso cogitar isso? Alguém arrisca um palpite?
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quarta-feira, 26 de julho de 2006

Não há desculpa!


"A leitura é a melhor viagem dos que não podem pegar o trem".


Francis de Croisset , escritor francês

(1877-1937)

terça-feira, 25 de julho de 2006

LISBOA: de Belém a Cascais


Quando viajo gosto de encontrar coisas novas. É uma delícia descobrir uma rua diferente e interessante para passear, um museu que quase ninguém vai ou algum recanto típico que nenhum guia indica. Mas gosto mesmo, confesso, de confirmar estereótipos. Ou seja, alguém se atreve a ir a Paris e NÃO visitar a Torre Eiffel? Ou vir para Curitiba e NÃO conhecer o Jardim Botânico? Ir à Espanha e NÃO tomar uma sangria? Na verdade, quase sempre viajamos para visualizar ou comprovar pessoalmente aquilo que já vínhamos lendo e pesquisando em livros, guias e sites.

No caso de Lisboa, o bairro cartão postal é Belém. O da famosa Torre de Belém (foto). Aquela mesma das latas de azeite que conhecemos desde criança. Construída como um forte às margens do Rio Tejo, a torre já foi controle aduaneiro, central de telégrafos e até um farol. Em alguns momentos de sua história foi até masmorra, servindo de prisão política em 1580. Hoje é um centro preservado como Patrimônio Cultural da Humanidade. A entrada para conhecer o monumento custa € 3. Estudante paga meia e aos domingos e feriados é GRÁTIS!

Belém fica no meio do caminho para quem vai a Cascais ou a Estoril (isso mesmo - Estoril - a cidade do cassino), praias do ladinho de Lisboa. É aqui que descem os farofeiros chiques da capital: aqueles que vão e voltam no mesmo dia, mas que deixam um bom dim dim na cidade. Faça assim: pegue o trem para Cascais e desça na Estação Belém. Visite a Torre e o Mosteiro dos Jerônimos que fica em frente. Pegue o trem de novo e siga até Cascais. Bem ao lado da estação de Cascais tem um posto de informações turísticas que dá mapinha, indica as atrações do dia e oferece até cafezinho. A praia? Está logo ali. Não é a melhor do mundo. Mas vale um fim de tarde por aqui.

Foto: Conselho de Turismo de Lisboa

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sábado, 15 de julho de 2006

LISBOA: da Baixa à Alfama

Quando viajei pela primeira vez à Europa, em 1997, Portugal nem sequer entrou na minha lista. Numa segunda tentativa, indo para o Oriente Médio, passei direto, com stop apenas em Madri. Em outra oportunidade, com destino às Ilhas Canárias, investi em uma passagem pela Alitália e fiz baldeação em Milão. Só em 2001 – e porque comprei um bilhete bem mais econômico da TAP– fui “obrigada” a descer em Lisboa. Depois disso, já voltei quatro vezes. Mais do que qualquer outra capital européia. Não, não é minha preferida. Mas é uma daquelas deliciosas surpresas como Veneza e Sevilha.

Por todos os motivos já enumerados no post PORTUGAL: vem para cá, ó pá!, Lisboa passou a ser a minha porta de entrada no velho continente.Não é uma cidade muito grande, tem um serviço de transportes muito eficiente, come-se muito bem, paga-se muito pouco, tem um monte de história para contar (isso sim, meu ponto fraco!) e funciona 24 horas, de segunda a segunda. (Alguns shoppings de Sevilha, por exemplo, fecham aos domingos!)

Bairro a bairro

BAIXA

Com disposição, em dois dias é possível conhecer o básico da cidade. Comece pela Praça do Comércio, à beira do rio Tejo. Daqui saem as barcas para a margem sul de Lisboa. Era aqui também a porta de entrada da cidade, onde desembarcavam reis, nobres e políticos importantes. Dê as costas para o rio e verá o arco da rua Augusta, o início de um calçadão cheio de lojas, cafés, bancos, casas de câmbio e floriculturas ao ar livre. No fim desta ruazona para pedestres está a Praça do Rossio com uma estátua do nosso Dom Pedro I, véio de guerra. Para eles, Dom Pedro IV. Ao lado tem a Praça da Figueira, uma espécie de boca maldita portuguesa e daqui de baixo é possível ver as muralhas do Castelo São Jorge lááá em cima. Do lado oposto à Praça da Figueira está a Praça dos Restauradores com um enorme obelisco erguido após a libertação de Portugal do domínio espanhol em 1640. Nesta praça há um excelente escritório de informações turísticas.

CHIADO

O Chiado é vizinho à Baixa. Cheio de lojas chiques, o bairro também é sede da ancestral Livraria Bertrand, aberta desde 1732. Mas do que eu gosto mesmo no Chiado é o café A Brasileira, freqüentado no passado por ninguém menos que Fernando Pessoa. Tem até uma escultura em metal do poeta em tamanho natural, sentado em um banquinho por ali. Fotinho obrigatória. Entre e peça um pastel de belém (doce típico) e uma “bica”, o nosso cafezinho. São € 3, nada mais e você tal qual um lorde português. A galeria Armazéns do Chiado tem três andares de lojas óbvias, mas a visita vale a pena porque é uma construção histórica totalmente recuperada.

ALFAMA

Alfama é o ponto alto – em todos os sentidos – de uma visita a Lisboa. Subindo ladeira em direção ao Castelo de São Jorge a primeira parada é a Catedral da Sé, construída sobre uma antiga mesquita. Numa das capelas está a pia onde Santo Antônio foi batizado. Não sabia? Santo Antônio de Pádua, o casamenteiro, era português! Nasceu e cresceu aqui. Só depois foi viver na Itália. É o santo padroeiro da cidade. Caminhado um pouco mais a gente dá de cara com o Miradouro de Santa Luzia, que promove uma daquelas vistas da capital portuguesa. Por aqui, às terças e aos sábados acontece a Feira da Ladra, estilo mercado das pulgas. Vendem de lâmpada queimada a artesanato regional, passando por xícaras de porcelana do século XVI a reproduções do Galinho de Barcelos.

Comendo em Lisboa


O bacalhau é o prato típico, não nego. Mas ninguém agüenta comer o peixinho salgado todos os dias. Você almoça feijoada todos os dias? Então! É possível provar o delicioso queijo da Serra da Estrela ou a sopa alentejana. Não busque, necessariamente, os restaurantes turísticos ou indicados pelos guias oficiais. Boteco, bar, padaria, botequim, baiúca, bodega e taverna existem em qualquer lugar do mundo, com a grande vantagem de sempre oferecerem uma comida regional e barata!

Lembrando que....

Ônibus é autocarro, trem é comboio e bonde é eléctrico.

Seção mão-de-vaca-muquirana

Lisboa por € 1,20? Pegue o Eléctrico nº 28. Ele circula pelos principais pontos turísticos num trajeto charmoso e muito típico. Andar de bonde já é legal, imagine sentadinho ali naquela janela de madeira, circulando por ruelas estreitas vendo o melhor da cidade? Embarque na Baixa e ele vai parar lá na Alfama. Você pode comprar o bilhete diretamente com o motorista e ele vale para uma única viagem até o ponto final. Mas se quiser descer, por exemplo, na Basílica da Estrela, vale a pena. O interior da igreja é lindo. Depois retome o bonde, pague nova passagem e siga o caminho. Não serão - seguramente - estes € 1,20 a mais ou a menos que lhe deixarão mais pobre. Pelo contrário!


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sexta-feira, 14 de julho de 2006

LISBOA, São Jorge e o Tejo



Sim, acertou quem disse Castelo de São Jorge. É o nome do monumento do quiz anterior. Essa construção é tão antiga e tem tanta história que está para Lisboa assim como as Pirâmides estão para Gizé - ainda que as pirâmides sejam um pouco mais velhinhas, é verdade. Mas fenícios, gregos, cartaginenses e romanos começaram a deixar rastros por aqui no século VI antes de Cristo. No entanto, foram os árabes muçulmanos lá por volta do ano 711 depois do homem de nazaré que deram essa cara moura à construção. Quando Dom Afonso Henriques, rei de Portugal comandou a retomada do forte, durante as sangrentas cruzadas, o Castelo de São Jorge passou a ser o Paço Real, ou seja, a casa do Rei. Hoje abriga exposições, museus e eventos culturais. Está no centro histórico. De lá dá para ver toda a cidade com o lendário Rio Tejo ao fundo.

SERVIÇO

Ingresso: 3 €. Estudante paga meia. É gratuito para residentes na cidade de Lisboa, menores de 10 anos e maiores de 65 anos.

Horários: Todos os dias das 9:00 às 18:00 de novembro a fevereiro, das 9:00 às 21:00 de março a outubro. Fecha nos feriados de 01/01, 01/05 e 25/12.

Como chegar lá: Ônibus 37. Bonde 12, 28.

Telefone: 218800620

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domingo, 9 de julho de 2006

QUIZ: onde está este castelo?



O castelo emoldura o centro de uma capital ocidental. A arquitetura é árabe mas o monumento recebe o nome de um santo católico.

Foi erguido sobre a mais alta colina do centro histórico e proporciona uma linda vista da cidade e do estuário de um grande e famoso rio.

Este forte muçulmano foi tomado durante a reconquista cristã em 1147 e decretado Monumento Nacional em 1910.

QUIZ MATRAQUEANDO

1. Qual o nome do castelo?

2. Em que cidade está localizado?

3. Qual o nome do rio que se vê do mirante do castelo?


Resposta no próximo post.
Entre para matraquear também!

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terça-feira, 4 de julho de 2006

PORTUGAL: vem para cá, ó pá!


porque é...

uma pechincha: a diária – com café da manhã - na Pousada da Juventude em Lisboa custa € 11 por pessoa. É o quarto (decente!) mais barato da Europa Ocidental.

rápido: você atravessa o país de cabo a rabo em poucas horas. São uns 800 quilômetros de norte a sul.

lindo: aqui tem as cidades de Sintra, Évora e Óbidos. Patrimônios da Humanidade, tudo pertinho de Lisboa. Dá para ir e voltar no mesmo dia. A passagem de trem da capital para Sintra, por exemplo, custa € 4,50.

romântico: escute um fado – aquele ritmo entre Roberto Carlos e Alcione - para você ver... e sentir.

divertido: quando você estiver começando a aprender a língua que eles falam, já vai estar quase na hora de ir embora.

porque eles têm...


comida boa: são mais de 300 receitas de bacalhoada, os mais variados restaurantes oferecem o prato e com preços incrivelmente acessíveis.

Fernando Pessoa: o poeta que disse “tudo vale a pena se a alma não é pequena”.

história: passaram pelo domínio árabe, foram os pais dos descobrimentos marítimos, sofreram um terremoto em 1755 que destruiu a capital do país. Tiveram um Marquês, o de Pombal, que reconstruiu a cidade - e um Salazar, o ditador que voltou a destruí-la! Hoje, moderna e democrática, busca um lugar ao sol na União Européia.

porque eles não tem...

gerundismo: os portugueses jamais “estarão retornando a ligação” ou “estarão entrando em contato” com você. Estás a perceber?

culpa no cartório: nós somos o que somos – para bem ou para mal - por culpa ou responsabilidade nossa. Os portugueses descobriram o Brasil há 500 anos. E isso já faz tempo, gajos! Se eles tivessem tido tanta influência assim nas nossas mazelas (ou cultura) provavelmente nossa feijoada seria a base de azeite, o samba seria “Ai bate o pé, bate o pé, bate o pé” e as nossas cores nem seriam verde e amarela e, sim, verde e vermelha.

havaianas: de colonizados passamos a colonizadores.


Antes de ir é bom saber que...

Bicha é fila, cueca é calcinha, Felipão é Big Phil, rapariga é apenas uma mocinha de família e rabo pode ser bumbum ou final da fila. Ou seja, não se assuste se escutar já para o rabo da bicha! Pois, pois.


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