quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Asas quentes

Sabe o que eu faço quando chego a qualquer país europeu? Não, não vou correndo visitar o primeiro museu, nem saio fazendo peregrinação às catedrais góticas, muito menos vou me informar sobre qual é o bairro da moda no momento. Vou direto ao McDonald´s comer uma porção de Hot Wings – asinhas de frango pra lá de apimentadas, uma espécie de pitéu macdonaldiano que ainda não chegou às franquias brasileiras.

Para minha alegria e satisfação (e de todos aficionados no gênero), a Perdigão lançou uma porção igualzinha. Vem congelada. Quatro minutos no microondas e a boca pegando fogo a semana inteira. Êita, trem bão demais!

Foto: Matraca´s Bank Image

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O que pode e o que não pode levar


Em 2004 fui a Nova York pela companhia Japan Airlines. Pela primeira vez dei de cara com produtinhos diferenciados no banheiro do avião. Hidratantes, espuma para o rosto, adstringente, tônico, lencinhos umedecidos. Para aumentar meu deslumbramento, tudo da Shiseido, a marca japonesa – chiquetésima – de cosméticos de luxo. Bom, minha alegria não durou dois xixis. Na terceira ida ao banheiro não havia sobrado nenhum vidirinho para contar história. Alguém surrupiou sem dó o que estava à disposição de todos.

Lembrei desse episódio no meu fim de semana no Costão do Santinho. Fiquei num apartamento com cozinha, totalmente equipado. E tudo ali – xícaras, pratos, taças, copos, saleiro – estava à disposição do hóspede. Que fique claro: à disposição, não era souvenir. Até porque é possível se dar por satisfeito com o xampuzinho, condicionador e sabonete – totalmente design, pequenas obras de arte.

Os souvenirs são óbvios e cabe a cada um usar o bom senso. Bloquinho, caneta e fósforo são clássicos. Pode levar para casa sem constrangimento. Eles são feitos para você. Mas sei de um mexerico aí, de gente que levou até cortina embora. Não se preocupe, na recepção vão informar que uma cortina de Bali não é, assim, um presentinho da casa.
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Fotos: Raul Mattar
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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Indo para as Ilhas Canárias

Os acidentes de avião são muito chocantes porque geralmente não sobra ninguém para contar história. Além do que, as aeronaves quase sempre estão cheias. Morre muita gente de uma vez só. A tragédia ocorrida ontem no aeroporto de Barajas, em Madri, envolveu uma companhia aérea pela qual já voei muito, a Spanair. A rota também era minha conhecida: saía da capital da Espanha em direção a Las Palmas, capital de Gran Canaria – onde concluí meu mestrado em 2001. Fica uma dor... Resta uma saudade.
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Foto: Las Palmas, capital de Gran Canaria - a maior das sete Ilhas Canárias. (Matraca´s Scanner)

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

As ostras do Costão

Imagine uma pessoa como eu – acostumada a comer quirera com lingüiça – se deparar com um panelão de ostras para comer à vontade. Muita gente acha que essa iguaria é gosmenta e que tem de ser comida crua.

Mas a ostra do Costão não era qualquer ostra. Essas eram gratinadas com queijos "finos" (assim me explicou o cozinheiro), quer dizer, chef – profissional especializado em dar nome bonito a quitutes esquisitos! O prato é típico no Costão do Santinho e em toda Florianópolis, maior produtora nacional do molusco.

Isso foi o que sobrou. Pensando o quê? Sô xique, bein!
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Fotos: Raul Mattar
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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Costão do Santinho: resort II, o retorno.

Todo o preâmbulo anterior para dizer que voltei. Quatro anos depois da primeira tentativa, voltei para um resort. Já desabafei aqui, onde disse que eu – muito pateta e simplória – até havia pensado em passar a lua-de-mel no Costão do Santinho, em Florianópolis. Mas o resort estava muito (mas muito mesmo) acima das minhas posses.
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Deixei para lá, até porque ­– abramos novo parêntese – lá tudo funciona perfeitamente, você é tratado como rei, possui piscinas maravilhosas (no caso do Costão, aquecidas, inclusive!) e uma praia só para ele – mas este tipo de complexo não é para mim (nos mais variados quesitos).
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Só que como para Deus nada é impossível, veja só: no fim de semana do Dia do Pais, mega-promoção: diária de baixa-temporada e pai acompanhado do filho de até 11 anos não pagava. A “oferta” era válida para apartamento superior (o melhor, uma espécie de flat) ­– com todas as refeições e taxas incluídas. Hã?
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Não, não era pegadinha. Havia uma explicação: o Costão do Santinho foi eleito três vezes como o melhor resort de praia do Brasil. E nós estamos em pleno inverno. Faz frio e, invariavelmente, chove em Floripa. Para aumentar a taxa de ocupação nessa época do ano eles cometem essas loucuras. Ainda assim, dois dias aqui custam mais do que um pacote de sete dias para Porto de Galinhas, por exemplo.
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Mas do que precisávamos, novamente, era descansar. Com um agravante: tínhamos que testar a Mariana em uma viagem curta e com estrutura (porque a pobre nem imagina o que vem por aí). Pimba! E lá fomos nós – de matraca-móvel – enfrentar mais uma vez o mundo raso dos resorts.
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Já no check-in não foi preciso nem chegar o drinque de boas-vindas para ser informada sobre o Costão Baby, uma parte do complexo dedicada aos bebezinhos, com berçário e atividades lúdicas. Quê? Deixar minha filhotinha de 2 meses e meio, sozinha, olhando para fantoches e cubos amarelos. ­– Não, moça. Brigada. Ela veio para ficar com a gente.
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E a lua-de-mel se deu a três. Na melhor companhia que podíamos imaginar sem nunca pensar que seria tão bom e divertido. Fui embora pensando no escritor Borges, lá do post anterior. Será que, enfim, mudei de idéia? Será que farei como 99% dos pais acompanhados de filhos que – por comodidade ou gosto – ficam na rota resort-hotel-fazenda até a molecada colocar a primeira mochila nas costas? – Não, Sílvia, é que foram só dois dias. Não deu tempo de sentir vontade de ir para o centro da cidade, disse nosso sábio Raul. Ah, bão.
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Então, agora só me falta o gramour.
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Fotos: Raul Mattar
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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Costa do Sauípe: resort. Ou não.

Já dizia o escritor argentino Jorge Luís Borges que só os mortos e os idiotas não mudam de idéia. Como eu ainda não morri e pretendo não ficar idiota, fui para a Costa do Sauípe. Já faz quatro anos. Meu primeiro e único resort.
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Depois de camelar durante sete anos com mochila (tá, depois de dois anos comprei uma mala de rodinhas) achei que era chegada a hora. Dezembro de 2004. O Raul havia acabado de voltar de uma temporada de três anos nos Estados Unidos. E eu chegava ao fim do ano que mais trabalhei na vida.

O que nós mais queríamos era aquilo que nunca buscávamos em nossas viagens: descansar! Escolhemos a Costa do Sauípe, um resort localizado a 70 km de Salvador, na Bahia. Fica na Linha Verde, trecho com um dos menores índices de chuva do Nordeste.

O que não sabíamos era que não fazer nada cansava muito mais do que fazer tudo.

Mas antes, abramos um parêntese: o resort é lindo, tudo funciona perfeitamente, você é tratado como rei, possui piscinas maravilhosas, tem uma praia só para ele, spa, centro náutico e um café da manhã daqueles!


Para completar, dentro do resort fica a Vila Nova da Praia, um centrinho comercial com fachadas inspiradas na arquitetura colonial baiana. São lojinhas de artesanato, cafés, restaurantes, a tia da tapioca e o tio da caricatura. Tudo para oferecer comodidade ao hóspede que não quer se preocupar com nada e nem pensa em deixar o complexo.
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Voltando. Então, o pacote era de sete dias. E no terceiro a gente cansou de descansar e foi para Salvador. Rá rá rá. Fomos atrás do trânsito caótico, da arquitetura típica de verdade, da comida do povo, da fitinha do Bomfim. Mas o sonho acabou e tivemos que voltar ao resort, onde tudo funciona perfeitamente, você é tratado como rei, possui piscinas maravilhosas e tem uma praia só para ele...
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Passei a desconfiar um pouco desse tal de Borges.
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Fotos: Raul Mattar
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sábado, 2 de agosto de 2008

Cuma?

Picãozinho, na Paraíba.

Putañeras, em Santiago do Chile.
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E por que acham ruim do vereador e candidato a prefeito de Ubiratã chamar-se Toninho Caga-Fogo se nem a geografia respeitam mais. Humpf!
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Fotos: Nada disso, mente poluída! Picãozinho é uma formação de recifes areníticos a 1500 metros da praia de Tambaú no litoral de João Pessoa. Já Putañeras é só uma região pesqueira do Chile. Rá rá! (Source Image)