sexta-feira, 9 de março de 2007

CURITIBA: um ponto, dois dias.

Vim para Curitiba há sete anos. Nesse meio tempo estive na Espanha fazendo o mestrado. Voltei e aqui fiquei. Já se passaram mais de 360 finais de semana na capital do Paraná. Em pelo menos uns trezentos deles eu devo ter ido à feirinha do Largo da Ordem. O passeio começa no sábado.

O Largo da Ordem abriga as construções mais antigas da cidade e o meu ponto fraco: casario colorido. Toda vez que passo por aqui me sinto uma turista naïf. Aqui está a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, de 1737. É o passeio mais divertido e barato da cidade. Admirar não custa nada.

Mas já é fato: o centro histórico de Curitiba entrou para todos os guias mais por causa de uma das maiores feiras de artesanato da América Latina do que por seu conjunto arquitetônico. Domingão, faça chuva ou faça sol, e lá está ela!


É um grande mercado ao ar livre em que você encontra de tudo um pouco: pinturas, esculturas, bordados, lápiz de madeira, tricô, vela, bijuteria, cestas, chinelos, bolsas, flores, cortinas, toalhas, guardanapos, bonsai, mandalas, tapetes, bonecas, redes, e muitos etecéteras.

Só que o mais rico da feirinha são as pessoas. Desde os artesãos, passando pelos turistas e chegando até nós, gente simples e descontraída. Sem falar nos tipos curiosos que por ali aparecem: o cantor de ópera, o tio da sanfona, os irmãos cegos que cantam moda de viola, a estátua viva, a moça do tererê e o rapaz da massinha.

Lei nº 1: chegue cedo. A feira começa às 9h e nesse horário já está móóó balbúrdia. Lota, mas lota mesmo. São mais de mil expositores e 15 mil visitantes a cada domingo. No meio daquela muvuca, olhe para cima. Você verá o colorido dos edifícios históricos fazendo contraste com o céu azul. É uma visão extraordinária (no meu olhar matraca-apaixonado).

Lei nº 2: não leve muito dinheiro. A feirinha do Largo da Ordem tem o estranho poder de desencadear um transtorno obsessivo compulsivo por compras. É tudo tão baratim, facim, rapidim, bonitim que quando a gente vê está trazendo metade da feira para casa. Eu já não sei mais o que faço com tanto guardanapo e bonequinho de biscuit.
.
Como toda boa feirinha ao ar livre que merece ser visitada, a do Largo da Ordem tem uma ampla “praça” de alimentação. Confirmando a tradição emigrante da cidade são diversas barracas vendendo todas aquelas delícias proibidas durante a semana, como empanada, pierogui, acarajé, pamonha, bolachinhas, doces cristalizados, tacos mexicanos, espetinho de carne e os reis da festa: pastel de carne com caldo de cana.


Será que a gente se encontra por lá amanhã?

SERVIÇO:

Feira do Largo da Ordem
Local: Praça Coronel Enéas e Praça Garibaldi – São Francisco.
Horário: Domingo - 9h às 14h
.
Fotos: Raul Mattar
.
Posts relacionados:
Curitiba combina com:

8 comentários:

  1. Silvia, bom dia.
    Simplesmente ADOREI esse último post sobre Curitiba. Tenho muita curiosidade pela capital e fiquei "muito a fim" de conhecer a tal feira. (estive uma vez só e conheci a Ópera de arame e almocei num restaurante enorme na Sta. Felicidade, q agora não me me ocorre o nome). Parece feira de artesanato mesmo (tenho um pouco de não sei o que(!!) daquelas feiras que se dizem de artesanato e chegando lá só tem a mais pura "muamba" direta do Paraguay (nada contra, mas isso não é artesanato, né??) rsrs... Mas gostei mesmo da dica, principalmente pela sua essência ou seja: as pessoas e a arquitetura tão rica. Qualquer hora vou pra Curitiba conhecer tudo e beber um pouco de "Leite quenteee" ...ehehehehh..
    Silvinha do céu, nunca tinha reparado, mas teu post é das 3 da madrugada... Isso que é fidelidade a nós teus matraqueantes... Carece não... vai descansar!!!! rsrs..
    bjs
    Nair
    ET. Bom passeio na feira!!!

    ResponderExcluir
  2. Silvia!!!

    Essa feira é tudo isso que você falou e mais um pouco, seu texto está maravilhoso, me sinto lá.
    Eu também sou desses viciados em feirinhas, acho que vou pedir para a prefeitura um espaço para eu montar uma barraca lá.
    Se todo final de semana eu vou, acho que é uma boa idéia. Qual o tipo de barraca que eu devo montar?
    Amanhã nos encontramos lá para comer pastel de carne e caldo de cana. rs...rs...
    A Sandra esta mandando um beijo.
    Inté mais,

    Luiz e Sandra.

    ResponderExcluir
  3. Olá..nossa Silvinha..vc escreve e fica uma saudade, começo a lembrar ai meu Deus que vontade louca de ir para ai..eu tenho uma queda enorme por Curitiba...acho maravilhosa..sua arquitetura..e essa feirinha não conhecia..mas quando passar por ai..com certeza..irei até lá..
    ahh..entrei uma vez...e agora não consigo parar de matraquear aqui..srsrsrs...parabens!!!
    vc me conquistou...rsrsr..

    Bjus...um maravilhoso fds..até mais...

    Erica Biazotto.

    ResponderExcluir
  4. Nair!!!
    Pois acredite: é pura feira de ARTESANATO mesmo! Não tem nada do Paraguai! hahahaha. Quem não vende artesanto é expulso pela associação que organiza o "evento". O negócio é tão sério que a fila de espera para quem quer colocar uma barraca na feira é de SETE anos! Os organizadores fazem até chamada: quem não comparece por três domingos seguidos perde a vaga! Mas todo mundo comparece: aquilo é uma mina de ouro para os dedicados artesãos.
    Ahhh,sobre o horário do post: eu sou completamente NOTÍVAGA... durmo geralmente beeem tarde. E para "piorar" ontem foi meu dia de folga e não trabalhei hoje de manhã" Ou seja, do jeitinho que a matraca gosta! Beijos!!

    ResponderExcluir
  5. Luiz! Até que enfim você cedeu aos meus apelos e apareceu por aqui. E pelo que te conheço você é um daqueles com o TOC feirístico: deve comprara tudim, tudim que vê pela frente! huahuahuahua! E não é o texto que te leva para lá. São as fotos: turismo sem imagem não é nada! Abração procê e para a Sandrinha!

    ResponderExcluir
  6. Érica: que bom, você já é uma matraqueadora de carteirinha! Fico feliz mesmo! A feirinha é uma delícia, quando você vier para cá, vamos juntas! ;-)

    ResponderExcluir
  7. Nos encontramos, as 11h , em frente a igrejinha!

    ResponderExcluir
  8. Aaaah, num vou acordar cedo, não! Vou lá por meio dia, meio dia e quinze. Amanhã só pego o final da feirinha para garantir, claro, o pastel de carne com caldo de cana! hehehe

    ResponderExcluir