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Esse tema tem sido meu maior desafio. A dúvida, na verdade, não é saber exatamente o que levar, mas como acomodar tudo (e não é pouca coisa) nas nossas malas, sem parecer que estamos transportando o guarda roupa do bebê junto. O Raul e eu temos o costume de viajar carregando, cada um, uma mala pequena, durinha, daquelas com quatro rodinhas. Já não cabe muita coisa na nossa bagagem, a não ser o essencial para estar devidamente vestido e apresentável aonde quer que a gente vá. (Sem contar que depois dos 30 meus cremes aumentaram consideravelmente - o que me fez tirar o sapato social e a calça jeans extra da matula...)
Quando fizemos nossa primeira viagem com a Mariana de carro fomos para o Costão do Santinho, em Florianópolis. Ela tinha dois meses e meio e só queríamos um fim de semana com estrutura, mas fora da nossa rotina. Quase tive um ataque de sarampo, verruga, bicheira e cracão ao ver cinco (!) malas dentro do matraca-móvel. Três, só do bebê. Uma maior, uma média... e uma de mão para alguma emergência. Fui de Curitiba a Florianópolis em estado de choque, imaginando o que seria, então, 15 dias na Europa com a herdeira do clã. Numa segunda viagem - indo visitar os avós no norte do Paraná - também me perdi entre tantos itens necessários e obrigatórios.
Agora me libertei, utilizo com a Mariana a mesma filosofia que tenho para mim: escolho tudo o que quero levar para ela e corto pela metade. Sujou, lave! Faltou algo, compre. Fraldas? Só para os dois primeiros dias (e já são umas 18!). As outras adquira no destino. Por outro lado, existe um kit-básico que deve ser montado - e carregado - obedecendo as necessidades de cada bebê. Para facilitar comprei uma mochila durinha para mim, do mesmo material da mala. Cabe muuuita coisa e não me deixa parecendo uma patropi sei lá entende. Paguei 29 dólares na loja Chenson, em Ciudad del Este. Quando der, coloco a foto dela aqui.
1. Sabonete e xampu líquido
Se a viagem for curta compre frascos menores em casa de embalagens e transfira o conteúdo. Vão ocupar menos espaço na mala.
2. Pomadas que previnem e/ou tratam assaduras.
Compre um tubo menor para viagem. Não sei se o modelo que você usa tem variação de tamanho, mas a Hipoglós®, por exemplo, tem o bisnagão econômico (que uso em casa) e outro modelo, mais discreto, digamos.
3. Fraldas descartáveis
Eu calculo uma para cada duas horas de viagem/trânsito. E coloco umas cinco a mais caso ocorra alguma surpresinha no meio do caminho. Fraldas ocupam muito espaço na bagagem, mas não vá colocar menos do que o necessário - pelo menos enquanto durar o trajeto - para não ficar na mão. Seria um desastre.
4. Lenços umedecidos e lenços de papel
Assim como as fraldas descartáveis, os lencinhos umedecidos não podem faltar. Acomode um pacotinho novo na mala do bebê e outro que esteja pela metade ou terminando na sua bagagem de mão. Só para garantir. Já os lencinhos de papel que vêm em embalagem pequenas podem ficar na bolsa da mãe.
5. Saquinhos plásticos
Leve vários, esses de supermercado mesmo. Nunca se sabe quando a roupa vai molhar. Além do mais, bebês podem vomitar, fazer cocô fora da fralda ou sujar o sapatinho quando estão dando os primeiros passinhos. O saquinho serve para guardar/esconder tudo isso até que você possa ter acesso a um tanque ou pia decentes.
6. Babador, mamadeira, copinho, colher e porta leite em pó
Utilizo uns babadores impermeáveis, que não molham e é só passar um papel neles que ficam praticamente limpos. Mamadeira, leve duas, a do leite e a do suco/água. Copinho, no meu caso, é fundamental. A Mariana só toma água/suco no copo, aqueles com biquinhos. Colher para a papinha, tenho três. Não ocupa muito espaço e como sempre estão desaparecendo... Se a viagem durar mais do que três dias leve a lata de leite industrializado, caso o bebê não esteja mais mamando no peito. Se for um bate-volta (viagens em que vamos de manhã e voltamos à noite ou, no máximo, no dia seguinte), armazene o leite em potinhos específicos. Comprei um da marca Infanti por R$ 4,90. Ou utilize algum tapeware esterelizado.
7. Manta, lençol e toalhas
Mesmo que você estiver indo para um lugar quente, leve uma manta. Nunca se sabe como será a noite no seu destino. Se for para um hotel que ofereça berço deixe o lençol em casa. Mas se for ficar na casa de algum parente ou amigo, pergunte se é necessário levar uma muda de roupa de cama para o bebê. Leve uma toalha de tecido de fralda. Ocupa menos espaço e seca mais rápido.
8. Filtro solar, repelente e/ou mosquiteiro
Atenção: o pediatra deve ser consultado sobre o uso do filtro e repelente. A Mariana foi autorizada a usar protetor solar depois dos seis meses. No hotel onde nos hospedamos em Bombinhas tinha um mosquiteiro - aquela redinha que cobre o berço. Evitamos, assim, o repelente.
9. Lanterna
O Raul comprou uma bem pequena, que cabe da minha bolsa. (Deixe-a na sua bolsa do dia a dia, assim não terá que promover uma caça ao tesouro na hora em que mais precisar.) Este item já foi fundamental para me localizar dentro do carro nas viagens noturnas.
10. Roupas
Não queira levar todos os conjuntinhos, vestidinhos, sapatinhos e jaquetinhas do bebê. Já fiz isso. Não usei nem a metade e foi o que tomou mais espaço na mala. Informe-se sobre o clima no destino e priorize roupas da estação. Se estiver fazendo calor, leve mais roupas frescas. Mas não deixe de acrescentar algumas peças que possam agasalhar o bebê durante uma queda brusca de temperatura. Calcule, em média, duas trocas por dia. E leve dois pijaminhas - ou algo que sirva como - para usar somente durante o soninho.
11. Remédios básicos
Automedicação, nunca. Mas leve um antitérmico (recomendado pelo pediatra, em caso de febre), antigases (para os bebês que ainda sofrem com cólicas), um termômetro e um soro fisiológico para pingar no narizinho ressecado, entupido ou ranhento.
12. Canguru ou sling
Se for do seu gosto, leve-o. São aqueles apetrechos que utilizamos para levar o bebê grudado no nosso corpo. Ganhei um canguru da minha mãe da marca Chicco. Destaco a marca porque comprar um de boa procedência é fundamental para não destruir o que restou das suas costas após o parto. Usei bastante até os seis meses (porque ela pesava menos), mas até hoje - quando vou a Feira do Largo da Ordem, por exemplo, é ótimo porque deixa as mãos livres.
13. Carrinho
Minha sogra me deu um carrinho da Chicco que pesa super pouco (5,5 quilos) e tem o tamanho ideal para despachar no avião. Inclusive na foto de propaganda do dito cujo ele aparecia em uma esteira do aeroporto. Mas agora que Mariana está maiorzinha estamos procurando um estilo guarda-chuva. Vai facilitar ainda mais a nossa vida.
14. Documentos
Ainda vou subir um post sobre documentos necessários para viagens de ônibus e avião. Mas em qualquer circunstância leve uma cópia autenticada da certidão de nascimento e a carteirinha do plano de saúde, caso tiver. Deixe anotado os telefones do pediatra e informe-se antes de ir se no seu destino existem hospitais e postos de saúde com fácil acesso. Caso vá para o exterior o passaporte é o documento oficial do bebê. Em países do Mercosul a carteira de identidade vai ser exigida. Trate de providenciá-la.
Atualização em 01/05/2009 - às 23h05
15. Chupetas (dica mega-super-bem lembrada pela Nair na caixa de comentários!)
A Mariana não usa chupeta, por isso acabei comendo barriga na informação. Mas se for o caso do seu filho(a) não se esqueça de levar umas três unidades extras. Eu já tinha lido várias orientações dessa natureza. Imagine ficar sem a "salvadora da pátria" numa madrugada, em alguma cidade desconhecida quando você nem faz idéia onde fica a farmácia mais próxima? Previna-se!
Enquanto não está tudo muito claro - nem confirmado - eu não me arriscaria. Não se trata de promover nenhuma teoria conspiratória contra o México e países afetados (inclusive o Brasil), mas de ficar alerta e se informar. Depois de Estados Unidos e Canadá, a gripe suína chega à Europa. Já foram confirmados dois casos na Escócia e um na Espanha. Por precaução, as agências de viagens francesas cancelaram os pacotes para o México até segunda ordem.
Por favor, sem drama ou histeria. Sabemos, é grave. Que o turismo vai ser afetado, nem vamos discutir. Pandemias, catástrofes ambientais e tensão social afastam os viajantes dos destinos em risco. Vai perder todo mundo. O Brasil coitadinho, nem bem sai de uma crise de dengue, agora já entra na rota da influenza porcina. Vai ser difícil convencer um estrangeiro (que já havia superado o medo da violência, por exemplo) a vir para cá, com tanto lugar no mundo "exótico" - mas sem os percalços tupiniquins. Triste...
O Ministério da Saúde já colocou no site uma área totalmente dedicada às questões sobre a gripe suína. Aqui você pode tirar todas as dúvidas, tanto para quem pretende embarcar para alguma região afetada como para quem chega de lá. Caso sua viagem seja inadiável, acompanhe as últimas recomendações.
VIAJANTES QUE SE DESTINAM ÀS ÁREAS AFETADAS
Usar máscaras cirúrgicas descartáveis durante toda a permanência em áreas afetadas.
Substituir as máscaras sempre que necessário.
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.
• Evitar locais com aglomeração de pessoas.
• Evitar o contato direto com pessoas doentes.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
• Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.
• Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes
e roteiro de viagens recentes às áreas afetadas.
• Não usar medicamentos sem orientação médica.
VIAJANTES PROCEDENTES DE ÁREAS AFETADAS
Viajantes procedentes, nos últimos 10 dias, de áreas com casos confirmados de influenza suína em humanos e que apresentem febre alta repentina, superior a 38ºC, acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações, devem:
• Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima.
• Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.
Para informações adicionais sobre medidas preventivas estabelecidas pelas autoridades de saúde das áreas afetadas, acesse:
Organização Pan-americana de Saúde (em espanhol)
Organização Mundial da Saúde (em inglês)
Foto: Do museu particular da Matraca, uma passagem para o México, em 2000. Hoje esse tipo de bilhete nem existe mais. (Matraca´s Scanner)
Muquiranas, uni-vos! Comprar é uma delícia. Mas comprar produto bacana, com procedência e por preços abaixo da média é o verdadeiro luxo. Em São Paulo, temos vários pólos de comércio popular, incluindo a Rua 25 de março (e seus arredores), um eixo considerado o maior centro atacadista da América Latina.
Para conhecer tudo o que ela oferece nasceu o Guia da 25 de Março. Imagine qualquer coisa. Imaginou? Tem lá para vender. Desde produtos de armarinhos, cortinas e tapetes, passando por material para embalagens, enxoval para bebês, cama , mesa e banho, chegando a artigos religiosos, malas, bolsas e utilidades domésticas.
Já o Guia de Compras na Santa Efigênia reúne um catálogo completo, onde você pode encontrar as principais lojas de áudio, vídeo, eletrodomésticos, eletrônicos, games, celulares, notebooks, material para fotografia, ferramentas, cartuchos, antenas e acessórios.
Agora lançaram também o Portal Brás. A região do Brás é um famoso pólo paulistano de roupas com bons preços. Entre no guia para ver todas as lojas que vendem moda feminina, masculina, infantil, evangélica, indiana, íntima, tricot, gestante, além de tamanhos especiais. Enxoval de casamento barato é aqui.
O novo Guia de Compras no Bom Retiro também oferece um universo para você pesquisar antes mesmo de chegar lá. O Bom Retiro, assim como o Brás, é um ótimo lugar para comprar roupa a preços bem convidativos. E ainda oferece para o consumidor lojas de bijuterias, bordados, calçados, tecidos e malharia.
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Guia de Outlets no mundo
Rua 25 de MarçoFoto: Movimentação na Rua 25 de Março, maior centro atacadista da América Latina. (Raul Mattar)
Depende. Se você acha que essa série vai ser um tratado de incentivo aos pais para que saiam pelo mundo a torto e a direito, enganou-se. A decisão de colocar o bebê na mala deve levar em consideração algumas variáveis: idade da criança, destino, dinheiro e, principalmente - e muito principalmente - disposição. Alguma coisa já aprendi: quando a Mariana vai junto, meus movimentos (e raciocínio) ficam mais atrapalhados. O excesso de bagagem (aquela malinha de mão em que a gente leva o quarto do neném junto) estorva muito. Já o carrinho - que deveria facilitar as coisas - emperra no primeiro paralelepípedo.
Antes de decidir levar o bacuri para um passeio a mais de 100 quilômetros de casa, pense: porque quer viajar com ele? Carece descansar? Precisa sair da rotina? Necessita dormir? Pergunto: qual a sua real necessidade? Você é viajante compulsivo e agora o bebê deve ser incorporado a sua realidade? Tsc, tsc, tsc. Lamento informar, mas seja lá qual for sua resposta, entenda de uma vez por todas: você é que terá que se adpatar a realidade dele. Isso é respeito, consideração e responsabilidade. Além do que, não é nada tão cabeludo assim.
Há quem diga que não levaria o filho à praia antes dele completar dois anos - ou mais. Respeito. São os pais - e mais ninguém - que devem tomar a decisão do que acham melhor para o filho. Cada família é única e possue códigos distintos. São visões diferentes. Ponto de vista é algo a ser acatado. A Mariana, por exemplo, se abalou com seis meses para Bombinhas e posso garantir: o sol das 10 horas da manhã de lá é mais suave do que o das oito em Maringá, terra natal dos avós paternos. E convenhamos: ninguém ficou lagarteando o dia inteiro na areia.
Todos os horários foram respeitados. Papinha na hora certa. Soninho da tarde garantido. Passeio pela orla depois das 16h. Visitamos as redondezas de carro para variar. Muitas fotos - que ela vai adorar ver e compartilhar - para comprovar como a viagem foi cheia de estímulos, risadas e carinho. Antes disso, meu bebê - com 50 dias - viajou pela primeira vez de avião. Fomos para Londrina visitar a Vó Iolanda que estava bem doentinha e eu tinha medo de que a Mariana não conhecesse a bisavó. Decisão mais acertada impossível. Uma viagem tranquila, sem sobressaltos.
Quatro meses depois a Vó Iolanda (que ainda viu a Mariana mais uma vez) foi fazer um mochilão pro céu. Se eu tivesse escutado aqueles conselhos suspeitos e incertos de que tudo parecia arriscado, de que não deveria ir... não teria me perdoado nunca! Conhece aquele ditado chinês: o pessimista reclama do vento, o otimista espera que ele mude, o realista ajusta as velas. Capisci?
Entenda como isso é pessoal: o Jorge e a Tati levaram a Clarinha com três meses para a Europa. Móóórri de inveja! Mas não faria o mesmo. Nem de longe me passou pela cabeça que a viagem não seria viável para um bebê. Com organização e inteligência, você pode levar a criança, acredite, até para fazer um safári na África. O detalhe é que meus euros são caros demais para gastá-los a maior parte do tempo dentro do quarto de um hotel ou com táxi para cima e para baixo. Então prefiro ir quando ela estiver maiorzinha... ou houver mais cascalho! O que não me impediu de acompanhar os relatos fascinantes dos pais da Clara.
Existem viagens que são feitas e pensadas para crianças. Temos a Disney, os Beach Park da vida, os resorts, os hotéis-fazendas e produtos afins. Mas não existem viagens proibidas para crianças. Leve seu bebê para onde quiser e for conveniente ao seu bolso e vocação. Cabe a você proporcionar a estrutura mínima e necessária para não colocar em risco nem causar qualquer sofrimento a ele. Já o Fernando e a Ana Paula levaram o João - na época com 10 meses - para uma viagem pela América Latina: Argentina, Bolívia, Peru, Equador, Chile - com Deserto do Atacama incluído. Meu sonho de consumo. Seguramente muitos falaram aí, que horror! Deserto? Vulcão? Equador, onde fica? Gente, tá na hora de ler o Estadão. Open mind!
Nossos amigos, Cassiana e Ualid, recentemente fizeram uma viagem também para o Chile e foram de Santiago a San Pedro de Atacama de carro. Com duas crianças, uma de cinco e outra de dois anos. Pena que eles não têm blog, mas os relatos que recebi no e-mail se assemelham aos de qualquer outra viagem (tratando-se de estrutura e conforto), com o diferencial de que eles estavam entre vicunhas, geiseres e paisagens lunares. Ah, e o Gabriel e a Sofia puderem comer empanadas com queijo de cabra num povoadinho, descendo do Altiplano. Desculpe, mas se você não tem coragem de enfrentar o que parece improvável para um bebê, não critique nem se corroa. Vá para o primeiro hotel-fazenda e seja feliz. Para o bebê o que importa é estar com os pais. O destino passa a ser um detalhe.
Foto: Mariana, preparando-se para o inverno. Curitibano, europeu ou santiaguino. Não importa, porque frio é frio em qualquer lugar do mundo. (Raul Babâo Mattar)Posts relacionadosViagens com o bebê
O que levar na mala do bebêDocumentação necessária para viajar com crianças
Esclareço desde já: não sou especialista no assunto. Aonde ir com a Mariana ainda é pergunta constante e quando vamos... passamos por alguns perrengues. Falar sobre viagens com o bebê é um exercício perene. Hoje, ela tem 10 meses. A necessidade é uma. Daqui a algum tempo vai ter 3 anos. A necessidade será outra.
Nas poucas vezes que nos aventuramos até agora, admito, foi difícil. Prazeroso, mas complexo. Existe o problema da mobilidade, hora da papinha, do leitinho, do soninho. O ritmo é outro. Intrincado. E tem que ser respeitado. Viajar nos causa bem-estar. É um deleite compartilhar este néctar com o bebê. Muito provavelmente, ele não se lembrará de nada. Mas crescerá feliz, rodeado de gente bem resolvida que não deixou a vida parar por causa de conselhos ambíguos, hipotéticos e, muitas vezes, improváveis.
Abaixo, alguns temas da nossa série. Se você tem alguma questão, por favor, deixe a pergunta ou sugestão na caixa de comentários. Sua dúvida pode virar um belo post de utilidade pública. Caso já tenha vivido alguma experiência que possa ajudar outros pais, fique à vontade, somos todos ouvidos. Com o passar dos meses creio que novos itens serão acrescentados a nossa listinha. Conforme for escrevendo, vou linkando os conteúdos aqui e a consulta vai ficar facinha, facinha. A série Viagens com o bebê será assunto imexível na barra lateral, à esquerda.
PLANEJAMENTO:
Quero viajar com meu bebê, será que devo?
O que levar na mala do bebê
Documentação necessária para viajar com crianças
DESTINOS:
As melhores praias do Brasil para levar um bebê
Resorts e hotéis-fazenda
Rotas internacionais para crianças
Destinos exóticos para bebês. Hã?
ALIMENTAÇÃO:
Dicas de alimentação durante a viagem
SAÚDE:
Dicas de saúde e proteção
Elaboração do kit de primeiros socorros para o bebê
SEGURANÇA:
Dicas de segurança
Viagem de carro, trem, ônibus ou avião
ENTRETENIMENTO:
Como distrair o bebê durante a viagem
Atrativos para crianças
Foto: Mariana, aos dois meses e meio, no primeiro Dia dos Pais do Raul. Costão do Santinho, Florianópolis. Queríamos apenas sair da rotina e descansar. Acredite, dentro do que cabe, conseguimos.
O que tenho para compartilhar não é pouco. Em abril - e ainda falta uma semana para o fim do mês - tivemos aqui quase 10 mil visitas. Dez mil! Absolutamente nada para os blogs que tem cinco mil em um dia. Muito para quem começou com dois matraqueadores diários (sendo que um deles provavelmente era minha mãe). Vamos além... sou dona de um meio de comunicação, meu blog - o Matraqueando!
Analisemos: enquanto a cultura de massa do século passado foi marcada pelas mídias clássicas, a Internet vem na contramão. No lugar de um único canal transmissor para milhões de cidadãos, o universo virtual está comprometido com seu principal provedor de conteúdo: você. O diferencial está em que blogs são conversas ao pé do ouvido, sem censura prévia. É o trabalho público de uma só pessoa, sem interferências políticas ou comerciais. A não ser as do próprio autor. E isso não tem preço.
Depois de três anos, a família matraca aumentou. Éramos Raul e eu. Viajando quando dava, blogando quando podia. Durante minha gravidez - planejada e desejada - a pergunta pairava: como será depois que a Mariana nascer? Será que nos contentaremos com o mundo raso dos resorts? Passaremos a apreciar os cavalinhos nos hotéis-fazenda? Nunca mais iremos à praia? Como fica nossa viagem ao Deserto do Atacama? À India? Aos Lençóis Maranhenses... que seja.
Em maio do ano passado chegou a Matraquinha - que já tem mochila da Lilica (presente do vovô Pedro), necéssaire com produtos de viagem (própria para bebê) e um tênis Puma nº 19...para longas caminhadas, claro. Fiquei meses afastada daqui, postava um dia ou outro. Estava perdida entre fraldas, banhos e amamentação. Pouco a pouco tudo se aclarou. E apesar das limitações impostas pela nossa mais nova colaboradora, garanto: há vida para os viajantes depois do primeiro filho. Há 20 dias fizemos nosso primeiro tour sem nosso bebê, que completa 11 meses na semana que vem. E como podem ver, todos sobrevivemos.
Fiquem agora com nossos melhores momentos nesses 1095 dias de amizade! Sinceramente, obrigada!
MELHORES MOMENTOS 2006
Veneza foi o nosso primeiro post internacional, única cidade plantada sobre um oceano, com um cotidiano anfíbio, absolutamente intocada há mais de 16 séculos.
Foram vários fins de semana na Lapa, cidade paranaense que fica no mítico caminho tropeiro de Viamão-Sorocaba. Conhecemos o Theatro São João, que serviu de hospital durante a Revolução Federalista.
Mais adiante desembarquei no Marrocos. Trouxe uns copinhos verdes, bem típicos, para mais tarde me dar conta de que no fundo dos cristais estava escrito “Korea”.
Fechamos o ano com uma viagem surpreendente: conhecemos o Museu da Língua Portuguesa de São Paulo - o único do gênero no mundo.
MELHORES MOMENTOS 2007
Já no começo do ano vocês entenderam porque sou tão pobremática. Meu pai e minha mãe - fazendo rafting e rapel, nas corredeiras do Rio Tibagi.
O Egito. Pude falar dele aqui, oito anos depois da viagem. E parecia que havia sido onti.
Estréia do Matraca na Cozinha, com Risoto de queijo e manjericão. E depois, Nhoque da Fartura. Sucesso total!
Compartilhei aqui minha alma lavada, uma semana antes de embarcar para Sevilha e passar pela 1ª qualificação do meu doutorado. Neste ano também nasceram nossos posts Top 10: Os sete pecados capitais do turista e Os 10 mandamentos do viajante.
MELHORES MOMENTOS 2008
Desembarcamos na Terra Santa, narrando uma viagem feita anos atrás e que só agora era publicada. Como podem ver eu ainda estou aprendendo a mexer no scaner.
Contei aqui do nosso primeiro Halloween nos Estados Unidos. No mínimo, foi divertido.
Na minha primeira viagem em excursão para a Europa (fomos meu pai, minha mãe, a Tia Esperança, o Raul e eu!), destaque para Barcelona, minha cidade preferida. Mas na foto, estamos em Paris - onde quase ficamos sem hotel, mas comemos vinhos e queijos... do supermercado. A melhor experiência da nossa trip!
Momento hour-concour: estréia da Mariana na praia, nossa Miss Bombinhas.
E para comemorar, BRIGADEIRO DE COLHER, feito especialmente pela Matraca-Mor. Para você! Sirva-se, a casa é sua!
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Matraqueando completa dois anos
Enquanto me recupero do feriadão - não viajei, humpf - tento me organizar. Hoje vou trabalhar até às 22h e não sei a que horas vou conseguir começar a montar minha série sobre Viagens com bebê. Mas já que você veio até aqui aproveite para conhecer destinos que ainda estão loooonge do meu currículo.
A Luísa conta sua visita aos Lagos de Plitvice, na Croacia. Talvez, um dos lugares mais charmosos do planeta. O Arnaldo, neste momento, bloga ao vivo da Jordânia e Síria. A sequência de fotos está linda. Já a Andrea fala de Cesky Krumlov, uma cidadezinha charmosa a 170 km de Praga. Alguém aí ja ouviu falar de Cesky Krumlov? A Margarida, direto de Portugal, desbrava a região de Cotswolds, no coração da Inglaterra. E nossa mineirinha Camila descortina as montanhas do seu estado, juntamente com a Estrada Real. A Carmen, desde Barcelona, está agora em Comillas uma cidade da região da Cantabria, Espanha.
Para chegar aos destinos esmiuçados por estes matraqueiros viajantes é só clicar nos links acima. Eles são cheios de dicas e fotos deliciosas.
E amanhã tem festa aqui: o Matraqueando completa três anos!
Foto: chupinhei do Blog da Luisa, que traz além dessa, outras imagens maravilhosas.
Eles continuam barrando a gente nos aeroportos e devolvendo aqueles que consideram intrometidos ou candidatos a clandestino. Mas insistem em promover o país e reforçar laços. Vai entender! De 21 de abril a 15 de novembro acontece o Ano da França no Brasil. Aproveitemos o lado bom. Teremos debates de idéias, criação artística, apresentação de pesquisas científicas, divulgação da cultura regional e discussões em torno dos elementos que constroem a sociedade francesa.
Em Curitiba, a exposição de fotos de Robert Doisneau abre o Ano da França na cidade. São 106 imagens de um dos maiores fotógrafos do século 20. Em sua primeira etapa, a mostra fica na capital paranense até o dia 14 de junho, na Casa Andrade Muricy. Depois vai para São Paulo, onde permance de 27 de outubro a 6 de dezembro, na FIESP. A entrada é gratuita nas duas cidades.
Foto: Basílica de Sacré Coeur, Paris. (Raul Mattar)
Se você veio passar o feriadão de quatro dias em Curitiba já sabe que vai ser quase impossível conhecer todos os parques da cidade. Aqui, se bobear até vaso de flor ganha portal na entrada, cascatinha, duas ou três trilhas... e pronto, nasce um parque. É parque para todos os gostos, todas as frentes, para mais de metro. Feitos para quem não tem pressa. Idealizados para quem gosta de apreciar o que homem e natureza são capazes de fazer juntos.
Mas se eu tivesse que indicar apenas um (baseada na minha opinião, posso?) conheça o Memorial Ucraniano. Para mim, o mais fotogênico e - arquitetamente falando - o mais interessante. O memorial fica no Parque Tingui e, como o próprio nome diz, presta homenagem aos imigrantes ucranianos de Curitiba. O Raul e eu já fomos lá várias vezes e no domingo passado - com aquele solzão danado - levamos a Mariana para conhecer um dos nossos pontos turísticos preferidos na capital.
O memorial é formado por um complexo: tem uma réplica da igreja São Miguel Arcanjo, uma casa típica e um portal, claro. Toda a estrutura das construções é feita de madeira encaixada, ao estilo ucraniano. Ao lado da igreja uma casinha típica abriga a lojinha de souvenirs, de onde você pode levar as famosas pêssankas, ovos inteiros decorados com a arte típica da Ucrânia.
De acordo com a tradição as pêssankas são feitas na última semana da quaresma e levadas à igreja no domingo de Páscoa, dia em que são abençoadas. Tornaram-se uma espécie de amuleto, um talismã - que serve para guardar em casa ou presentear uma pessoa amiga. No memorial, uma pêssanka gigante, feita pelo artista Jorge Seratiuk, deixa o lugar ainda mais gracioso.
O interior da réplica da igreja São Miguel Arcanjo não tem função religiosa. É um pequeno museu, onde estão expostos ícones da igreja ortodoxa, coleção de pêssankas - uma mais linda do que a outra - e artesanato ucraniano. Então, pode colocar o endereço no seu diário de bordo: o Memorial Ucraniano fica, reforço, no Parque Tingui e está aberto diariamente, das 8h às 18h. Entrada gratuita.
Fotos: Raul Mattar
Aproveite para dar uma espiada também:
Ópera de Arame
Universidade Livre do Meio Ambiente
Paço da Liberdade
Mercado Municipal de Curitiba
Museu Oscar Niemeyer
Brasileiros, sintam-se orgulhosos! O edifício histórico mais importante de Curitiba foi restaurado e finalmente está aberto à visitação. O trabalho durou um ano e meio e envolveu 50 artesãos que descortinaram as pinturas originais de paredes e tetos. Localizado na Praça Generoso Marques, bem no centro, o antigo prédio da prefeitura havia abrigado também o Museu Paranaense. Mas desde que o museu deu no pé e foi para outro lugar, a construção ficou abandonada e se deteriorava a cada dia.
O Paço da Liberdade - único da cidade tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional - tem arquitetura com elementos art nouveau. Para transformar o local num espaço cultural, há dois anos a prefeitura cedeu o espaço ao Sesc, que comandou toda a reforma.
Estima-se um gasto de quase R$ 7 milhões. Na parte de fora, luzes cênicas vão acendendo-se automaticamente conforme a noite cai. A fachada externa foi mantida intacta. E dentro, as pinturas dos artistas João Ghelfi, João Ortali e Anacleto Gaubaccio estão totalmente recuperadas.
Até o dia 15 de maio o Paço permanecerá sem os móveis definitivos para que os visitantes possam observar o trabalho de restauração realizado no edifício. É possível ver também resquícios arqueológicos do primeiro Mercado Municipal de Curitiba. Em 1912, o mercado foi demolido para dar espaço à sede da prefeitura - que ficou pronta em 1916.
Já no primeiro mês da reabertura, três exposições: uma mostra fotográfica sobre a restauração - que compara o antes e o depois, esculturas do artista plástico Luiz Gagliastri e pinturas do curitibano Fernando Velloso - o pai do modernismo paranaense. O novo prédio tem quatro andares e, após o processo de recuperação, cada um deles foi concebido com um conceito diferente. No térreo, por exemplo, a palavra é interação. São salas de acesso livre à internet, biblioteca e o Café do Paço - que ainda não está aberto ao público, mas promete até piano.
O segundo andar dá a idéia de construção: tem salas de aula, sala de cinema e um laboratório de arte eletrônica. O terceiro andar vai abrigar conferências e apresentações artísticas. Este pavimento conta também com um estúdio para gravação de bandas independentes. O último andar será dedicado às exposições e mostras.
SERVIÇO: O Paço da Liberdade Sesc Paraná está localizado na Praça Generoso Marques e funciona de terça a domingo, das 9h às 22h. Entrada gratuita.
Fotos: Raul MattarPost relacionado
Curitiba e seus atrativos