quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Faça como eu!

Vá de ônibus! Nem sempre é mais barato – por incrível que pareça. Mas tem garantia: você sabe a hora de partida e, principalmente, a de chegada.

Fui ao Rio de Janeiro com a Viação Penha. Ônibus leito, R$ 330,00 – ida e volta. Ficou mais caro que uma passagem da GOL, por exemplo. Mas não dava para arriscar. Tinha dois eventos importantes para cobrir, a Casa Cor carioca e a Feira de Turismo da ABAV, a maior das américas. Um atraso seria terrível na minha programação.

Nossa previsão de chegada era uma manhã de segunda-feira (22/10), pós final de Fórmula 1. Tinha tudo para os aeroportos se transformarem num novo caos. E foi o que aconteceu. Depois de 12 dorminhocas horas de viagem no buzão, Curitiba-Rio, assistimos tranqüilamente no nosso hotel (já na cidade maravilhosa), as reportagens na televisão sobre as filas em Cumbica e Congonhas, que provocaram atrasos em vôos de todo o país naquele dia.

Hoje, véspera de feriado, novamente está tudo atrasado. Vôos cancelados e gente sem saber quando vai embarcar ou SE vai conseguir embarcar. Nem se avexe, não tenha dúvidas. Repito: vá de ônibus! Mesmo os mais simples, nas viagens longas eles apresentam poltronas confortáveis (que reclinam bem mais que as do avião), oferecem água, algumas empresas têm sala VIP e no leito a gente ganha até lanchinho.
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Fotos: Raul Mattar

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Sinais de fumaça

Cruzes! O mês praticamente acabou e eu não fiz nada por aqui. Você pode pensar que eu sou uma blogueira desnaturada (em parte, é verdade!), mas outubro é um mês cabeludo para quem trabalha com jornalismo de eventos, turismo e/ou gastronomia.

Parece que tudo acontece ao mesmo tempo. E eu trabalhei mooooito. Depois da cobertura da Oktoberfest de Blumenau (que eu fiquei – imperdoavelmente – devendo ao Matraqueando) corri para o Rio de Janeiro, onde aconteceu, na semana passada, a maior feira de turismo das Américas.

Sim, eu estava no meio daquele dilúvio que pegou de surpresa a capital fluminense. Fui testemunha ocular da história quando um barranco despencou, provocando o fechamento do túnel Rebouças. Espero poder contar os detalhes em breve.
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Foto: Matraca´s Image Bank

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

A maior festa alemã das Américas

Blumenau sempre foi, para mim, aquela cidadezinha bucólica cheia de casas de boneca que minha família e eu visitávamos quando ficávamos no Candeias de Piçarras. Mas para todo o resto do mundo ela é a sede da Oktoberfest, maior festa alemã das Américas.

Você já está careca de saber: a nossa Oktoberfest foi inspirada na festa homônima alemã, que teve origem há 196 anos em Munique – hoje a maior do mundo. Mesmo quem não é chegado a um barril de chopp, a visita ao Parque Vila Germânica, na cidade catarinense, é um passeio riquíssimo. Até o dia 21 de outubro, Blumenau vira o centro das atenções de boa parte dos turistas brasileiros e estrangeiros.
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Num mesmo lugar é possível encontrar comida típica, tradições, roupas regionais, músicas características, carros alegóricos e artesanato. Mais de 600 mil pessoas são esperadas nos 18 dias de festa. Sem contar que – ao vir para Blumenau – a gente encontra, em uma raio de 60 quilômetros, relíquias como Pomerode, Nova Trento e Timbó.

Voltamos a qualquer momento com mais informações. ;-)

Imagem: cartaz de divulgação da 24ª Oktoberfest de Blumenau

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Matraca na cozinha: nhoque da fartura

Vinte e nove de setembro. E como todo dia 29, hoje tem nhoque da fartura. Conta a lenda que há muitos e muitos anos na Itália (justamente num dia 29) um andarilho bateu à porta de um casebre pedindo comida. A família que o atendeu era bem pobre e mal tinha o que comer. Mas mesmo assim recebeu o inusitado convidado – chamado Genaro – e dividiram o único alimento que tinham: nhoque. Foram sete pedacinhos para cada um.
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Depois de saborear a deliciosa massa, o andarilho agradeceu e foi embora. Quando a matriarca foi recolher os pratos descobriu que embaixo de cada um havia notas de dinheiro. Um milagre da abundância e fartura proporcionado pela fé da família e pela gratidão daquele que hoje conhecemos como São Genaro. Após a passagem do santo por aquela vila, toda a população prosperou e a tradição de comer nhoque nos dias 29 virou um ritual: coloque dinheiro embaixo do prato e coma sete bolinhas, com um pedido para cada uma.

Para celebrar a data o Matraca na Cozinha de hoje preparou um Nhoque de Espinafre com Tomate Seco. Arrá! Quem pensa que fiquei enrolando aquela minhoquinha e depois cortando as pelotinhas, está redondamente enganado. Para facilitar a minha vida (e a sua também) eis o segredo: nos supermercados existem várias opções da massa pronta. Vejamos:

Receita de nhoque da Matraca

Compre no mercado uma embalagem de 500 gramas de massa pronta de nhoque. Como é pré cozida é só colocar na água fervente e esperar três minutos. Custa em média R$ 3,50 e rende três generosos pratos.


Para o molho (Esse eu fiz. Difíííícil, nem conto.)

200 gramas de tomate seco

1/2 cebola bem picadinha
3 colheres de sopa de azeite
Folhas de manjericão
Sal a gosto


Refogue a cebola no azeite. Acrescente as folhas de manjericão também em pedaços miúdos. Junte o tomate seco. Deixe no fogo médio por uns 3 minutos e coloque sal a gosto. Depois é só acrescentar o nhoque e mexer levemente. Está prontíssimo para servir.

Bom apetite e fé nos pedidos!
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Fotos: Raul Mattar

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A estação porta-retratos

Estamos na primavera. Mas não vou falar da estação mais bonita do ano. Já fiz isso aqui.

É só para lembrar que beleza é algo bem subjetivo, mesmo. Qualquer estação, em qualquer lugar – até aquela praga do inverno – tem seu charme.
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Mas dentro do meu matraca´s windows, o software paisagístico mais eficiente é o outono. Principalmente o outono das propagandas de viagem ao Canadá, que – vejam só – encontrei, sem querer, passeando por um parque em alguma cidade do estado de Connecticut, Estados Unidos.

Fotos: Raul Mattar
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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

QUIZ Matraqueando: onde fica esta igreja?

A construção original data de 1737.
Foi erguida pelos escravos e para os escravos.
A atual fachada ainda traz azulejos do projeto original.

Está no centro histórico da cidade.

Perguntinhas:


1. Qual o nome da igreja?
2. Em que cidade fica?
3. Foi construída com que propósito?

Foto: Raul Mattar


RESPOSTA DO QUIZ:

And the Oscar goes to... GISELA GARCIA, nossa chefe de reportagem. É a Igreja de Nossa Senhora do Rosário de São Benedito, que fica no Largo da Ordem, em Curitiba. O nome original era Igreja de Nossa Senhora dos Pretos de São Benedito. Com a abolição da escravatura, a igreja – que foi construída para os negros exercerem a fé (já que não podiam freqüentar o mesmo templo dos brancos) – perdeu a razão original de ser. No interior abriga azulejos portugueses, com os Passos da Paixão. Foi a terceira igreja de Curitiba, depois da Matriz e da Igreja da Ordem.


Outros QUIZ:

QUIZ: onde está este castelo?

QUIZ: onde está este teatro?

QUIZ MATRAQUEANDO

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Quanto você pagaria por uma sobremesa?

O mega resort The Fortress, no Sri Lanka, está cobrando US$ 14.500 (quase R$ 30 mil !!) pela “sobremesa mais cara do mundo”. O doce é um tipo de cassata italiana. A decoração, feita com chocolate e irish cream, representa um pescador agarrado numa palafita (antiga forma de pesca local). Acompanha uma água marinha, pedrinha preciosa – mero detalhe – de 80 quilates.

"A Indulgência Elevada do Pescador", nome do doce, foi criada para dar aos visitantes do resort, na cidade costeira de Galle, “uma experiência única” – segundo o gerente de relações-públicas do hotel.

Ahã, então tá.

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Foto: Divulgação The Fortress

Informação incluída dia 27.09.2007, às 22:59.

Furamos o UOL. O maior portal de notícias da América Latina deu, agora há pouco – na capa – uma matéria sobre a sobremesa mais cara do mundo, que nós discutimos ontem aqui. (Sei não, mas acho que copiaram da gente). Bem, enquanto eu reúno mais provas do plágio, vamos ao que interessa. Grupos de direitos humanos fizeram eco aos nossos comentários e consideraram “obsceno” cobrar uma fortuna por um doce, enquanto muitas pessoas lutam contra a pobreza no país. Para ler a reportagem completa, clique aqui.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Mi Acapulco querida

Longe do glamour dos anos 50, Acapulco já não atrai tantos astros de Hollywood como antigamente. Não tem a fama de Cancún, tampouco as relíquias de Chichén Itzá. Mas foi aqui que começou a minha viagem pelo México, no mesmo lugar onde John e Jacqueline Kennedy desfrutaram sua lua-de-mel. Hoje, o chic em esticar uns dias na eterna Pérola do Pacífico (adoro esses slogans cafonas) é justamente a nostalgia dos tempos áureos.
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O penhasco La Quebrada, imortalizado nos filmes de Elvis Presley, continua sendo o ponto turístico mais visitado da cidade. Com 38 metros de altura, é do alto deste morro – às margens do oceano – que os famosos (e loucos!) mergulhadores de Acapulco saltam para desaparecer numa garganta de águas revoltas. Depois de alguns segundos embaixo d’água ressurgem para receber os aplausos assustados da fiel platéia amontoada no mirante. Nenhuma foto que tirei em La Quebrada prestou. O espetáculo acontece à noite e foi no tempo em que máquina digital era coisa dos Jetsons.

O Forte de San Diego, na parte mais alta da cidade, registra que o sucesso da cidade não remonta somente há 50 anos. Desde a época da colonização espanhola, Acapulco já seduzia piratas que chegavam pelo Pacífico. O Forte foi construído para evitar os saques, já que o porto era uma das rotas do comércio de especiarias entre Espanha e China. A cem metros do Forte está o recém-inaugurado Museu de Máscaras, que conta um pouco da história dos índios que viviam aqui antes da conquista.

No mais, Acapulco vai ser sempre muito sol e mar. Com muita sorte você até pode dar de cara com Silvester Stallone na famosa praia de Revolcadero ou ainda ouvir Julio Iglesias cantando em alguma casa noturna da avenida Costera Miguel Alemán. Ambos têm casas na cidade. Está certo que o primeiro não é Johnny Weissmuller (o inesquecível Tarzan) que agitava por aqui no auge do sucesso e Iglesias pode não ser um Sinatra. Mas não importa. Os tempos mudaram e os artistas também. E é essa capacidade de adaptação que faz de Acapulco única na glamourosa história dos balneários do Pacífico.
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Fotos: Matraca´s Image Bank

domingo, 23 de setembro de 2007

México: um estilo de ser... notado!

Mexicano gosta mesmo de aparecer. Duvida? Coloque um sombrero na cabeça e saia por aí para você ver o que acontece. Se nem com os tradicionais chapelões coloridos eles conseguirem chamar sua atenção, pode esperar. Um grupo de Mariachis vai aparecer – de repente – para esgoelar no seu ouvido algum clássico do país. Inconfundível: esse é o estereótipo que a gente tem cravado na cabeça quando se trata do país do astecas. Mas não. Nem todo mexicano canta La Curucucu Paloma, assim como nem todo brasileiro é um Macunaíma.

Ser cafona no México sempre esteve na moda. Sacumé, só mesmo o nosso preconceituoso padrão europeu de elegância para reparar no excesso de unhas e cílios postiços das mexicanas ou naqueles detalhezinhos em ouro nos dentes dos mexicanos. O que seria do amarelo se todos gostassem do azul? Na verdade, trago aqui uma revelação bombástica: os muy machos mexicanos adoram músicas de dor de cotovelo: “..piensa en mí, llora por mí... llámame a mí... no, no le hables a él” . Não estranhe se em algum restaurante chique da Zona Rosa, na Cidade do México, você escutar Leandro & Leonardo, em espanhol! Quando estive lá (e o Leandro ainda era vivo) foi um sucessão!
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Aliás, que país é esse, de povo tão simpático, tão generoso, tão sorridente e tão coloquial, onde até os carros têm seus caprichos. Bocho (o nosso fusca) que se preze tem néon na lataria, cortininha de veludo no quebra-sol e um tercinho da Virgem de Guadalupe pendurado no retrovisor. Se não for assim, está out, completamente fora do fashion mundo de Pancho Villa.

No fundo você vai ficar doidinho para ser – pelo menos enquanto durar sua visita – tão in como esse povo. Gente brega é quem acha que eles não têm bom gosto.

Fotos: Matraca´s Image Bank

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Queria tanto ir...

A Expoflora é a maior feira de flores da América Latina e acontece em Holambra - São Paulo, até domingo. A novidade deste ano são 23 rosas multicoloridas criadas pelo holandês Petervan de Werken (foto). A Expoflora está para a floricultura e o paisagismo assim como a Casa Cor está para a arquitetura. Virou referência no mundo e é o passeio mais fotogênico que você pode fazer.
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Foto: Divulgação

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Os poetas do mercadão

Enquanto isso, na sala de justiça (até quando vocês decidirem onde vou passar minha lua de mel) fico por aqui, indo vez ou outra ao Mercado Municipal de Curitiba: a rota mais apropriada para aplicar a diversidade antropológica de uma viagem.
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Engana-se completamente quem pensa que mercadão é tudo igual. É verdade, invariavelmente, há frutas, legumes e verduras. Especiarias, aos montes. Quase sempre é o melhor lugar para comprar produtos árabes ou japoneses. Aqui, no Egito ou em Porto Alegre.

Até existem mercadões fajutos, jecas, muquifos ou fuleiros. Mas eles, assim como as feiras, deveriam ser o ponto de partida de qualquer excursão. O da capitar do meu Paranã é até bem sofisticado. Grande, bem arrumado e traz aquele colorido comum ao gênero.

Nos 10 primeiros minutos de passeio, um olhar desavisado não vai achar nada diferente. Já uma vista disposta perceberá o mercadão de Curitiba como único. Em vez de ficar só babando nas bancas bem montadas dê uma olhadinha para cima. Lá estão elas. Placas enormes penduradas no teto com poesias de Paulo Lemenski, Helena Kolody, Alice Ruiz – entre outros poetas e escritores paranaenses.

Mas não é só isso!!!, como diriam meus amigos apresentadores do Polishop. Só aqui e somente aqui você encontra as mini abobrinhas brasileiras importadas. Repito: mini-abobrinhas-brasileiras-IMPORTADAS! Assim me explicou o feirante – que deve ter estudado marketing na mesma escola do Jaime Lerner. É ou não é único?

Fotos: Raul Mattar
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Posts relacionados:
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São Paulo: mercadão municipal
Curitiba: 314 anos de transformação
Curitiba: carne seca da Ucrania - Feirinha da Ucrânia

Curitiba: um ponto, dois dias

Aonde vamos?

Já afoguei as mágoas aqui quando comentei que ainda não fiz a minha viagem de lua de mel. Um ano e sete meses pós boda nós – meu marido e eu – estamos decididos a ir para um lugar de descanso, com uma certa sofisticação (afinal, é lua de mel!), boa comida, que não seja muito longe e que dê para ficar quatro tranqüilos dias.

Costão do Santinho, pensei! O melhor resort de praia do país, segundo as revistas especializadas. A praia, em si, obviamente, não me interessa. Mas o complexo turístico, propriamente dito, sim! Fica em Florianópolis, a três horas de casa. Deve ser carésimo, ponderei. (Eu não sabia quanto exatamente, mas sabia que estava muito acima das minhas posses.) No entanto, avaliei: são só 96 horas e nós estamos dispostos a gastar no máximo, estourando, saindo pelo ladrão – R$ 2 mil, o casal. Vai dar!

O próximo passo me trouxe de volta ao planeta terra. Liguei no zero oitocentos do hotel e a vendedora Maidi me disse amavelmente que o quarto standard (o mais barato, sempre) custa R$ 685,00 o casal, POR DIA!!! Façamos as contas: são R$ 2.740,00 por míseros quatro dias. Sem contar a gasolina. – Mas inclui café da manhã e jantar, disse Maidi. – Ahã, balbuciei com um respingo de voz.

Depois dessa sessão Dale Carnegie (do livro Você pode: acredite em você!) voltamos ao nosso método tradicional de escolha de destinos. Quanto a gente tem para gastar? R$ 2 mil? Então, mãos à obra. E olhe só o que encontrei. Uma viagem para a Cidade do Cabo, na África do Sul, por US$ 898,00 por pessoa – sete dias, com avião e hotel. SETE DIAS! Se a gente atravessar o Atlântico para ficar os quatro dias anteriormente planejados, a viagem sairia mais ou menos US$ 500,00 dólares para cada. Os dois mil reais previstos.

Calma, eu não vou para África. Viajar de avião está fora do páreo. Mas foi bom. Estou revendo meus conceitos e providenciando um modelito bege safári.

P.D. O pacote para Cape Town (Cidade do Cabo) pode ser encontrado na Submarino Viagens. E se você se interessar por um fim de semana no Costão do Santinho, ligue para a Maidi no 0800 48 1000.
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Foto: Praia da Cidade do Cabo, com a famosa Table Mountain ao fundo. (Divulgação)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Turista: ser ou não ser, eis a questão!

Dias atrás me disseram:
- Quero ir para um lugar que não tenha turistas. Você conhece algum?

Respondi:
- Não.

Fim da conversa.

Por que a gente sempre acha que os turistas são os outros? Já reparou que quando viajamos sempre somos nobres antropólogos desbravando terras desconhecidas ou seres intelectualizados a procura de novas culturas? Mas nunca turistas!

Meu filho, quem viaja querendo fugir de turista provavelmente vai encontrar outros turistas que pensam que não são turistas. Vai por mim.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Presente de grego

Tenho certeza: a primeira vez em que você esteve na Bahia acabou trazendo um berimbau. Um não, dois. Depois, na sua estréia em Lisboa encheu a mala de pratos que imitam os azulejos portugueses e enfiou mais um monte de Galos de Barcelos na bagagem de mão.

É certo. Além de ficar cuidando dos trambolhos durante a viagem inteira, quase sempre a gente não tem onde por todos os caraminguás e xurumbambos que são comprados nas barraquinhas de souvenirs. Verdade seja dita. Por que a gente compra berimbau e pratos que imitam azulejos portugueses se a gente não gosta de berimbau nem de pratos que imitam azulejos portugueses na parede do nosso lar?

E as máscaras de Veneza? Desculpe, é o souvenir mais cafona que existe. Quando a gente olha, parecem lindas, uma obra de arte. Coloridas, eruditas... aaah, lembram os carnavais de Veneza. E só. Coloque uma dessa na sua sala e você vai ver o estrago na decoração.

Ainda existem as estatuetinhas que imitam os monumentos. É a consagração do nosso momento rico de ser: a gente quer trazer a Torre Eiffel e o Coliseu para colocar no armário da sala. Mais um cacareco para o armário da sala. Sem falar nos milhares de chaveiros – cuidadosamente embalados – que são entregues às vítimas do nosso non-sense: pais, irmãos, primos e tios.

Calma, isso não é um protesto. É um desabafo: EU COMPRO SOUVENIR, SIM! Aos montes. Distribuo, com o maior carinho, aquela badulacada para uma pilha de gente e ainda sobra. Mas ando mais comedida. Em vez de comprar dois berimbaus eu me contento com as fitinhas do Senhor do Bonfim. São mais baratas e fáceis de carregar.
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Fotos: Matraca´s Image Bank

domingo, 2 de setembro de 2007

A pedidos...


Para Gisela e Jenifer – que pediram na caixa de comentários; para Carmen – que me solicitou no Carrefour; para Márcia Cristina – que me enviou por e-mail e para todos que ficaram morrendo de vontade de saber, mas não tiveram coragem de perguntar: o endereço da feijoada de R$ 5,30. É essa aí, da foto – que tirei já faz um tempinho, mas tudo continua igual. Toalha de plástico velhinha (mas limpa), talheres simples, num espaço pequeno. Mas quem repara nisso diante de uma super feijoada como essa por R$ 5,30, à vontade? E ainda dá para pedir coca-cola 1 litro de garrafa de VIDRO, que – sabemos – não existe igual.
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Anote aí: Restaurante Tropical Tower (móó chique, o nome.)
Rua Prof. João Falarz, esquina com Pedro V. Parigot de Souza (essa última é a rápida que vai para o Campo Comprido). Fica em frente à Caixa Econômica, agência Ecoville, perto do terminal. Fone: 41 3285-3962. (Para quem não gosta de feijoada, na terça-feira também tem franguinho frito e canjiquinha de fubá. R$ 4,90 por cabeça.) A comida é muito boa, mas de tão simples que é o lugar não recomendo para frescos, enjoados, mal-humorados e simpatizantes.
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Foto: Matraca´s Image Bank. (Mas o prato é do Raul)
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Informação incluída dia 05.09.2007, às 19:34
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Essa é para nossa Chefe de Redação, Nair P. Siqueira: a feijoada de Londrina é servida no Fábrica 1, aquele famoso restaurante-cervejaria perto do Lago Igapó.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

É hoje!

No dia internacional da feijoada (qualquer sábado do ano) deixo aqui a dica. Busque por qualquer restaurante (só não vale o Madalosso) e lá vai estar a plaquinha: HOJE, FEIJOADA! É um enxame de feijoada em qualquer cidade do Brasil.

Perto da minha casa tem uma por R$ 5,30 por pessoa e pode comer à vontade. Sou freguesa. Já essa da foto custa R$ 19,90 – lá em Londrina. Como era convidada do meu pai, fui tranqüila. Ele pagou a conta! Em Curitiba, num hotel bem famoso da capital já é tradicional a feijoada do sábado: 30 pilas por cabeça! Não importa o estilo ou modo de servir, o simpático é que aonde quer que você vá, a receita é a mesma. É nossa!
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Fotos: Matraca´s Image Bank

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Reforma ortográfica: que viagem!

Eu ainda nem aprendi a usar direito as regras do hífen e elas já vão mudar. A tal Reforma Ortográfica, prevista para entrar em vigor em janeiro de 2008 quer (além de me embananar ainda mais com a utilização daquele traço-de-união) a abolição definitiva do trema e de acentos em algumas palavras como vôo e baiúca. A última reforma no Brasil ocorreu em 1971. Naquela época tolheram o emprego do trema nos hiatos átonos: nossos avós escreviam saüdar, com esses pinguinhos em cima da letra u. Um luxo!

As novas mudanças foram discutidas entre os oito países que usam a língua portuguesa – mais de 230 milhões de pessoas. O objetivo é aquela balela de aproximar as culturas. (Não adianta, os portugueses não vão incluir a feijoada no cardápio de sábado, nem eu vou passar a escutar ó bate o pé, bate o pé, bate o pé no toca CD do carro.)

A pergunta que não quer calar: porque no lugar de acabar com o trema (que nunca fez mal a ninguém) não resolvem de um vez por todas essa confusão que a gente faz com o “ç”, “ss” e “xc”??? Fale, qual é a diferença entre pensão e penção? Excelente ou eçelente?

E o portuglish? Experimente fazer uma viagem, qualquer uma que envolva um vôo (escrito assim, com chapeuzinho, porque ainda leva acento) e um hotel. Você terá de fazer, de cara, um check-in no aeroporto. Quando chegar ao destino, prepare-se para o city tour. Se for pela CVC, a operadora sempre inclui um by nigth, uma festa ou passeio noturnos como cortesia.

Ah, mas se você for daqueles chique no úrtimo, poderá desembarcar em qualquer resort all-inclusive, um sistema que inclui no valor da diária todas as comidas e bebidas consumidas durante a estada. Ou então dá para optar por um fly and drive, um pacote que dá direito a uma locação de carro no destino, pagando só a passagem aérea.
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Poderia ser bem mais fácil. Por exemplo, a gente diz que deu overbooking quando a companhia aérea vende mais bilhetes do que assentos. Mas isso, poderia ser chamado simplesmente de estelionato. Quando você for reservar um apartamento standard, não se engane, vai ser o quarto mais simples e barato do hotel.

É a eterna americanização das palavras – que nunca, nunquinha esse país se preocupou em deter. Não, nos casos acima isso não acontece porque se trata de turismo ou de internacionalização de termos. Em Portugal, check-in ainda é “conferência de chegada” e vôo non-stop é simplesmente “vôo direto”, sem escalas no trajeto.

Sei não, mas acho que os caras que se preocupam demais em fazer essas reformas deviam mesmo é buscar um upgrade e fazer um transfer para bem longe. Check-out neles!
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Foto: Praça da República, São Paulo. (Raul Mattar)

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Peru: pelas vítimas do terremoto

A Pastoral do Migrante de Curitiba – em conjunto com as comunidades latinas da cidade – promovem, neste domingo, um Festival Beneficente de Música. Já estão confirmadas as presenças dos grupos Viento Sur, Merekumbe, Ameríndia, Grupo Antara, Dioses Inkas, Grupo D´América e Balés Folclóricos da América Latina.

No último dia 15 de agosto um terremoto arrasou com boa parte do sul do Peru, deixando mais de 500 mortos e cerca de 200 mil pessoas desabrigadas. Para participar do evento é só aparecer dia 02 de setembro no Canal da Música, a partir das cinco da tarde. Os ingressos custam R$10,00 e toda a arrecadação será entregue à Caritas Brasileira.

Então, fica assim: domingo, no próximo dia 02/09, às 17h, no Canal da Música – em Curitiba. (Rua Julio Perneta, 695 – Mercês). Não esqueça de levar os deizão da entrada.

Foto: Raul Mattar

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Mil lugares para conhecer no Brasil... antes de morrer!

Depois do altissonante sucesso daquele livro "1000 lugares para conhecer antes de morrer" – que listava os destinos mais imperdíveis do mundo na opinião da escritora Patrícia Shultz – agora nós temos um clone voltado para o Brasil.

O Guia Brasil 2007, feito pela revista Viagem e pelo Guia Quatro Rodas, rodou o nosso Brasilzão de cabo a rabo e selecionou os "1000 lugares no Brasil para conhecer antes de morrer". Tem desde o município Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo – até Pirenópolis, no estado de Goiás.

Fiquei cá pensando com meus botões, não em quais lugares EU acho fundamental conhecer, mas quais eu ainda devo conhecer. Fiz uma listinha por região. (Claro que não sou tão excêntrica a ponto de querer conhecer "Venda Nova do Imigrante", mas é que tenho de eliminar rotas mais óbvias e/ou fáceis que até agora não consegui desovar.) Vamos até elas:

NORTE
Belém, Pará. De preferência no dia do Círio de Nazaré.

NORDESTE
São Luis e Lençóis Maranhenses, Maranhão.

CENTRO-OESTE
Tive dificuldade em escolher algo nessa região. É muito ecoturismo, natureza para tudo quanto é lado, água demais, bicho demais. Argh, blargh, cusp, cusp! (Posso expressar minha opinião sem ser excomungada do Matraca New´s? Obrigada.) Talvez me interessasse por Brasília, mas essa eu já conheço (e devo voltar em breve, por motivos de trabalho). Mas daí sobram Chapada dos Veadeiros, em Goiás; Bonito, no Mato Grosso do Sul e Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. Ou seja, quando eu tiver conhecido tuuuuudo e mais um pouco nessa vida, eu vou para Bonito, combinado?

SUDESTE
Guriri
, Espírito Santo e Estrada Real, Minas Gerais.

SUL
São Miguel das Missões
, Rio Grande do Sul e São Francisco do Sul, Santa Catarina.

E você, já fez sua listinha? Coloque o seu catálago aqui para nós. Pode ser tudo num estado só, numa região só, como queira. Lembre-se de O Segredo: escrever os nossos desejos é o primeiro passo para realizá-los. Rá rá rá. Tá bom, eu paro. (Mas que eu acredito nisso, ah... se acredito!)

Foto: Santo André, Bahia. Um dos mil lugares selecionados pelo guia. (Raul Mattar)

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Madri em três horas, Guernica para sempre.

Vai para algum país com escala em Madri? Enquanto espera o próximo vôo da conexão no aeroporto de Barajas, pegue o metrô (que agora está na boca do brete, dentro do Terminal 2, onde acontecem os embarques e desembarques internacionais) em direção à Linha 1 e desça na famosa estação Atocha.

Dali caminhe a pé até o Museu Reina Sofia. A grande Guernica, de Pablo Picasso está aqui. Pega uma parede inteira. É a mais famosa obra do século XX que retrata os horrores da Guerra Civil Espanhola. O artista se inspirou no ataque aéreo à cidade basca de Gernika-Lumo.

Depois da visita, você vai entender porque nenhum artista do mundo conseguiu superar, ainda, a genialidade de Picasso.

Imagem: chupinhei do Google, fotos não são permitidas no museu.

Post relacionado:

Madri: a bem sucedida capital espanhola.

domingo, 19 de agosto de 2007

Um domingo na Alemanha

Se sábado é dia de feijoada, domingo é dia de comer Eisbein e Marreco Recheado no Bar do Alemão, em Curitiba.

Sorte que sempre existe uma segunda-feira para poder começar o regime.
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Fotos: Matraca´s Image Bank

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Primavera antecipada


Gênero de arbustos ericáceos, de folhas decíduas e flores afuniladas, dotadas de cinco estames. Ui, essa é a definição técnica para a nossa, veja só, tradicional AZALÉIA. Durante esta semana estive em vários bairros de Curitiba. Para cima e para baixo – e lá estavam elas. Rosadíssimas, pink, lilás.

No meio da rua, no quintal de casa simples, na frente de mansão.

As azaléias enfeitam desde canteiros...

... até entradas de lojas.

São tão preciosas que, quando estão se despedindo, ainda deixam um tapete de presente.

Ah, eu sei que isso não é um fotoblog. Mas não resisiti.

É que para querer conhecer o mundo, a gente tem de (primeiro!) encontrar nossa cidade.

Fotos: Matraca´s Image Bank