Mexicano gosta mesmo de aparecer. Duvida? Coloque um sombrero na cabeça e saia por aí para você ver o que acontece. Se nem com os tradicionais chapelões coloridos eles conseguirem chamar sua atenção, pode esperar. Um grupo de Mariachis vai aparecer – de repente – para esgoelar no seu ouvido algum clássico do país. Inconfundível: esse é o estereótipo que a gente tem cravado na cabeça quando se trata do país do astecas. Mas não. Nem todo mexicano canta La Curucucu Paloma, assim como nem todo brasileiro é um Macunaíma.
Ser cafona no México sempre esteve na moda. Sacumé, só mesmo o nosso preconceituoso padrão europeu de elegância para reparar no excesso de unhas e cílios postiços das mexicanas ou naqueles detalhezinhos em ouro nos dentes dos mexicanos. O que seria do amarelo se todos gostassem do azul? Na verdade, trago aqui uma revelação bombástica: os muy machos mexicanos adoram músicas de dor de cotovelo: “..piensa en mí, llora por mí... llámame a mí... no, no le hables a él” . Não estranhe se em algum restaurante chique da Zona Rosa, na Cidade do México, você escutar Leandro & Leonardo, em espanhol! Quando estive lá (e o Leandro ainda era vivo) foi um sucessão!
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Aliás, que país é esse, de povo tão simpático, tão generoso, tão sorridente e tão coloquial, onde até os carros têm seus caprichos. Bocho (o nosso fusca) que se preze tem néon na lataria, cortininha de veludo no quebra-sol e um tercinho da Virgem de Guadalupe pendurado no retrovisor. Se não for assim, está out, completamente fora do fashion mundo de Pancho Villa.
No fundo você vai ficar doidinho para ser – pelo menos enquanto durar sua visita – tão in como esse povo. Gente brega é quem acha que eles não têm bom gosto.
Fotos: Matraca´s Image Bank
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