Não briguem comigo. Isso não é gozação. Trata-se de bom humor. Sou londrinense - do interior do Paraná - mas me encaixaria direitinho no perfil de um paulista na praia. Vi esse texto no portal Terra e não resisti, trouxe para cá. Foi escrito, vejam vocês, por um paulistano. É a capacidade que todos deveríamos ter de rir de nós mesmos!
10 coisas que identificam o turista paulista na praia
Por Claudio R. S. Pucci
São Paulo que amanhece trabalhando. São Paulo, a locomotiva do Brasil. Por todo o lado nós paulistanos temos a fama de estressados, workaholics e pessoas que só pensam em trabalhar, até a hora em que surge um feriado ou o momento mágico e deslumbrante das férias. Aí a coisa muda. Ou não? Já sabemos que paulistas são loucos por praia a ponto de lotar as estradas quando de um descanso prolongado ou no verão.
Também é sabido que o Rio de Janeiro é um dos destinos favoritos, então resolvemos consultar alguns cariocas para saber quais são as manias paulistas facilmente identificáveis na praia. Sabemos que muita gente vai xingar, mas o resultado está abaixo:
Paulista leva a casa para a praia: nós chegamos na orla equipados de celular, Ipod, cadeiras (porque homem paulista não põe a bunda na areia), toalhas, esteira, 11 tipos de protetores solar, geladeira com a cerveja, brinquedos das crianças, cartas para jogar truco, bola de futebol, raquetes diversas, bóias e, em alguns casos, o cachorro. (A MATRACA => Não, eu não levo notebook para a praia. Mas concordo em levar seja lá o que for para não ter que enconstar a buzanfa na areia.)
Paulista adora uma fila: seja para comer, tomar sorvete e, a mais famosa em cidades no litoral, comprar o pãozinho matinal, ficar de 30 a 90 minutos na fila parece ser o máximo de divertimento para nós. (A MATRACA => Não se trata de gostar de fila ou não. É que, quase sempre, viajamos todos na mesma época: feriadão.)
Paulista geralmente começa o verão branco e termina vermelho: isso quando não volta com manchas brancas em pedaços do corpo devido ao excesso de protetor solar. (A MATRACA => Isso não é uma profecia, é premonição. O máximo que consigo obter de um bronzeado é um rosa escuro.)
Paulista joga frescobol com bola de tênis: é sério isso. Bola de borracha, nem pensar, mesmo porque quando cai no mar é impossível de se achar. (A MATRACA => Deusolivre! Nesse não me enquadro. Imaginem só, correndo de um lado para o outro, com as pelancas para cima e para baixo. Nem mooooorta!)
Paulista consome muito: do camarãozinho no espeto que há 3 dias está tomando sol na barraquinha a "lindíssimas" estatuetas feita de côco e conchas, passando por esteiras de palha e colares hippies, nós compramos de tudo. Só que regateamos o preço, porque sabemos que aquela rede que começa custando R$ 300 vai ser comprada por R$ 25. (A MATRACA =>Já passei da fase do compra-tudo. Agora, como sabem, só imã de geladeira. Mas de colar hippie comprado em barraquinhas beira-mar já tive até coleção. No entanto, pechinchar , isso sim, é com o Raul - outro do paranazão bem paulistinha na praia).
Paulista fica estressado até o terceiro dia de férias: é praticamente impossível para o turista de São Paulo relaxar e esquecer o escritório nos três primeiros dias de descanso. Depois ele começa lentamente a relaxar e pensar em alternativas ao trabalho como montar uma pousada na praia ou vender sanduíche natural na areia. No penúltimo dia de férias começa a ficar deprimido porque a folga está acabando e dali a alguns dias tem que pegar no batente de novo. (A MATRACA => De fato, empreendedora que sou, não passo um minuto (e não precisa ser só na praia) sem ficar pensando como poderia ganhar dinheiro ali. Sim, já pensei em pousada e até em loja de produtos naturais. Rá!)
Paulista viaja no feriado só para se estressar na volta: especialmente no verão, nós adoramos levar cinco horas para rodar 120 km, descansar uns dias, aproveitar até o último minuto de sol na praia para assim enfrentar umas sete horas de congestionamento na volta da capital. Adivinha o resultado? E isso é válido para Campos do Jordão no inverno também. (A MATRACA => Eu tenho feito diferente. Volto um dia antes ou um dia depois da muvuca. Tem dado certo!)
Paulista vai para a praia e depois reclama da areia no pé: e nesse processo doloroso toca levar minutos preciosos batendo desesperadamente com a toalha no pisante para ver se fica impecavelmente limpo. Isso sem contar uma mania que assusta nossos irmãos cariocas: nós vamos até a beira da água de chinelo e depois tiramos para entrar no mar. (A MATRACA => Hahahahahaha! Se eu pudesse fazia um abaixo-assinado na prefeitura de todas as cidades litorâneas para que colocassem passarela nas areias até chegar à agua. Assim, não precisaria ficar batendo desesperadamente com a toalha no pisante...)
Paulista não deixa de ser paulista em cidades no nordeste ou no Rio de Janeiro: ou seja, precisamos achar urgentemente um shopping (de preferência com cinema). Se tiver todas as regalias em um resort que evite que nos desloquemos para paragens distantes, melhor ainda. (A MATRACA => Resort, não. Mas um pouco de civilização - se vocês chamam isso de shopping, tudo bem - para mim é fundamental. A trilogia coqueiro / mar calmo / areia fina por mais de 48 horas seguidas... me deprime.)
Paulista vai para o Rio de Janeiro e acha que o Corcovado e o Pão de Açúcar são a mesma montanha: apesar de loucos por mapas, guias e agora pelo GPS, os turistas paulistas ainda hoje fazem a confusão. E os cariocas se divertem! (A MATRACA => Já até aprendi a mexer no Maps Google, mas toda vez que vou ao Rio - e vou pra lá desde pequena - eu insisto em andar de bondinho no Corcovado. hoho!)
Foto: Getty Image
sexta-feira, 19 de junho de 2009
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hahaha, ai quase me mato de rir.. isso está a cara dos paranaenses também!
ResponderExcluirMorri de rir, e tô tranquila porque tenho muitos amigos paulistas. Mas como carioca, frequentadora assídua de praia (moro perto), relembrei de várias situações lendo o texto. A bola de tênis no frescobol entrega qualquer um, e jogam na beira da água... seeeempre.
ResponderExcluirBeijinhos
Uiaa...acho que tô deixando de ser paulista! Tem umas coisas que não faço mais não..rs (adorar fila por exemplo e muvuca na volta). Mas confesso, lugarzinho com ar condicionado, comprinhas e outros "caprichos", até na praia é bom ter, né? Acho que já tô mais pra jeca, viu! tipica do interior (aliás aqui estamos em pleno arraiá junino). Bom demais.
ResponderExcluirBjs
Nair
Perfeito! Sou de São Paulo, me enquadro em quase tudo. também não gosto de fila, mas a gente sempre acaba enfrentando uma! beijao!
ResponderExcluirFoi bom a Silvia ter comentado a matéria, pois mostra o quanto de coração paulista tem espalhado pelo Brasil. Moro no estado de São Paulo e arrisco a escrever que o Paulistano é o mais fanático por praia que eu já vi, e olha que o mineiro não fica longe viu, precisam ver os mineiros invadindo a praia capixaba em Janeiro. Mas Comparar Carioca com Paulista é motivo de risadas mesmo, enquanto um nasce com o pé na água do mar o outro muito provavelmente irá nascer no engarrafamento, talvez seja por isso que o Paulistano não se importe em transito de 4 horas para percorrer 100 km no feriado.
ResponderExcluirCurtir a praia no frio desejando o sol do verão, venerar a praia no verão pensando no frio do shopping, eis a verdadeira praia do paulista!
SIRLENE: isso é a cara do Murica! hohohoho!
ResponderExcluirNAIR: essa lista é para o paulista da gema. Você já é pé vermeio! :-)
ResponderExcluirCRIS: eu também morri de rir, mas de MIM mesma! hahahah!
ResponderExcluirPRISCILA: fila para paulista faz parrrte!
ResponderExcluirTACIANO: boa análise! Ficar três horas no trânisto para chegar à praia deve ser bem mais interessante do que ficar o mesmo tempo parado no engarrafamento para ir ao trabalho! Taí a explicação do paulista não se importar com as filas enooormes dos feriadões! Abs!
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