domingo, 27 de setembro de 2009

Junior Durski de Curitiba no Guia Quatro Rodas 2010: eleito o restaurateur do ano


O Chef Junior Durski, do restaurante Durski de Curitiba: eleito o melhor restaurateur do ano. (Foto: Raul Mattar)

Há dois anos o restaurante Durski, no centro histórico de Curitiba, mudou o cardápio.
Antes servia somente pratos ucranianos e poloneses que, aliás, continuam fazendo sucesso por lá. O estabelecimento já tinha duas estrelas no Guia Quatro Rodas, a bíblia do turismo brasileiro. Mesmo assim, o dono-chef-cozinheiro Junior Durski não queria só show. O objetivo era aumentar a plateia. "Muita gente deixava de ir ao restaurante por considerá-lo temático", afirmou em entrevista ao Guia Quatro Rodas 2010 - que já está nas bancas.

Numa manobra arriscada ele acabou apostando nas cozinhas francesa e italiana. Viu a clientela dobrar e foi eleito o Restaurateur do Ano. Autodidata, Junior Durski tem outro restaurante na cidade, o Madero - especializado em carnes e hambúrgueres - que já ganhou filiais em Curitiba, São José dos Pinhais e Balneário Camboriú.


Lombo alto de bacalhau: um dos pratos principais servidos no Durski.
(Foto: Raul Mattar)


Do menu eslavo experimente as top-receitas como platzki (panquecas de batata frita), varênike (pastel recheado com batata, ricota e cebola) ou a famosa borcht (sopa de beterraba com costelinhas de porco defumada). Da fase atual, prove o carret de cordeiro (grelhado à lenha de Bracatinga, servido com tabule e molho de hortelã) ou o lombo alto de bacalhau (
gadus morhua grelhado, servido com batatas, azeitonas, tomate confit e cebolas vitrificadas). Prepare, além do estômago, o bolso: gasta-se, em média, R$ 100,00 por pessoa. Sem bebidas.


Guia Quatro Rodas 2010: nas  bancas por R$ 39,90. (Reprodução: Matraca's Image Bank)

As fotos do restaurante e do Junior Durski, publicadas no Guia Quatro Rodas Brasil 2010 são do (nosso!) Raul Mattar, que emplacou - entre outras - uma imagem em página dupla para ilustrar a abertura dos melhores do ano eleito pelo guia.

Onde comer em Curitiba


sábado, 26 de setembro de 2009

Itaipu abre vertedouro após intensas chuvas em Foz

Quando fui à Itaipu em abril não tive a sorte de ver os vertedouros abertos. Geralmente isso acontece entre dezembro e fevereiro - período de chuvas - sem data certa. Tudo depende do nível do lago.

Escrevi, então, para a Itaipu e pedi que eles me avisassem quando os vertedouros fossem abertos porque eu gostaria de visitar novamente a hidrelétrica nessa condição. Na semana passada, recebi um e-mail do Cláudio Dalla Benetta, gerente de divisão de imprensa, alertando que o espetáculo começou - como vocês devem ter visto na televisão. Os vertedouros, segundo os técnicos, devem ficar abertos até o dia 30 de setembro.

Buááááá. Pensei que isso fosse acontecer mais para o fim do ano e me programava para um fim de semana em janeiro por lá. Justo agora, atolada de trabalho, não existe a menor chance da gente sair de Curitiba.  Se você não tem noção do que são os vertedouros abertos dá uma olhadinha nesse vídeo. A vazão é 40 (quarenta!) vezes maior do que a das Cataratas do Iguaçu.



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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Holanda a 50 euros por dia - Parte 3

HOSPEDAGEM ECONÔMICA NA HOLANDA

Na Holanda, um país onde quase não há atrações gratuitas - e quando cobram, não sai barato – o viajante econômico do modelo 5.0 deve priorizar hospedagens nos albergues/hostels. Se você está sozinho encontrará camas em dormitórios coletivos a partir de 14,90 euros na Flying Pig , cadeia independente. Café da manhã incluído. Ao optar por quarto de casal, nesses mesmos albergues, o investimento salta para, em média, 35 euros por pessoa. A rede mais tradicional, filiada a HI, é a Stayokay com quase 30 franquias espalhadas por várias cidades do país com camas em quarto coletivo a partir de 22 euros. Café da manhã incluído e à vontade.


Entendeu? (Foto: Chris Gander)

O site Bed & Breakfast Holland traz opções interessantes, com quarto para casal saindo a 50 euros. Ressalva: quanto mais barato, mais simples (que pode ser traduzido também como feio, claustrofóbico ou mal localizado). Querendo mais conforto, beleza e comodidade espere gastar uns 90 euros por um quarto duplo.

Caso você faça a linha independente, mas conservadora opte pelo The Shelter Jordan, um albergue cristão, olhe só, em plena Amsterdam. Diárias por pessoa a partir de 16 euros. Café da manhã incluído. Orações todas as noites também. Com geladeira e microondas à disposição do hóspede.

Como é possível comer decentemente com pouco dinheiro na Holanda, você pode  fazer um up grade na hospedagem, optando por um hotel mais caro. Mesmo assim, vai passar um pouco da média dos nossos 50 euros diários que incluem hospedagem e alimentação. Mas se você está disposto... vamos lá: o Hotel Prinsenhof cobra 69 euros o casal com café da manhã, banheiro no corredor. Com banheiro privativo o quarto duplo sai por 89 euros. Está a três quadras da praça Rembrandt. O Hotel Van Onna tem um preço único: 45 euros por pessoa ou 90 euros pelo quarto duplo com café da manhã incluído. Está no centro do bairro Jordaan, a região descolada da cidade. Um dos prédios do hotel está numa construção de 1644. O site está em vários idiomas, inclusive em português.

ONDE COMER BARATO NA HOLANDA

A gastronomia holandesa não é, assim, uma maravilha. O que não quer dizer que você não vá comer bem. É que o país recebeu tanta influência estrangeira que acabou não tendo uma culinária tão típica como as massas italianas ou o bacalhau português.

Batatas fritas servidas em cones com maionese é o churrasquinho grego de lá. Está por toda a parte, esquina, bar e custa bem pouco, algo em torno de 2 ou 3 euros. O peixe, como na Inglaterra, é frequente nos cardápios. Experimente o arenque cru. Há muitos restaurantes de comida asiática. Destaque para a rede de comida chinesa Wok to Walk. Está espalhada por várias capitais europeias, inclusive Amsterdã, com quatro endereços na cidade. Os pratos vêm naquelas caixinhas estilo “china in box” e custam a partir de 4,90 euros. Por 2 euros a mais inclua tiras de carne. Qualquer bebida sai a 1,70 euros. Confira o cardápio com preços aqui.


Dias de sol em Amsterdam: primavera é a melhor época. (Foto: Michel Meynsbrughen)

Para aquela fominha no meio da tarde experimente os famosos croquetes – a partir de 1,20 euros – da rede de lanchonetes FEBO. Tem de carne, frango e legumes. O local parece uma pastelaria, é concorrido, popular e tem fila. Você compra uma moedinha, põe na máquina e aparece seu croquetinho. Eles também vendem hambúrguer (a partir de 1,80 euros), asinha de frango (três por 2 euros), porção de batata frita (1,50 euros) e sorvete de casquinha (0,80 centavos). Há mais de 60 unidades do FEBO na Holanda, 22 somente em Amsterdã.

Nas ruas próximas da Dam há várias pizzarias que vendem pedaços saborosos por 3,50 euros. Para as comprinhas de supermercado visite o Albert Heijn  ou o Spar. Dá para comprar lanche completo – com pão, frios, patê, suco e sorvete – gastando em média 7 euros (sete!) para duas pessoas.

Para uma refeição exótica e saborosa prove um indonesian rijsttafel, um bufê de diversos pratos indonésios. Há vários no país. No restaurante Bojo, em Amsterdam, custa a partir de 8,75 (mais simples) a 18,50, completo - quase um menu degustação. Por pessoa. Confira preços e cardápio aqui. Saborosas e recheadas panquecas você encontra na Pancakes, em Amsterdã. A partir de 5 euros sem muita firula ou 9,50 euros uma mais reforçada. Há entradinhas, saladas, iogurte e frutas a partir de 1 euro. Aprecie cardápio e preços aqui.

SESSÃO MÃO-DE-VACA-MUQUIRANA

Arrisque uma refeição alternativa nos restaurantes chamados squat, em Amsterdam. São cozinhas comunitárias  instaladas dentro de prédios abandonados. Comida saudável, orgânica quase sempre.  Acompanha cerveja e, muitas vezes, música ao vivo.
Fogão comandado por voluntários. Um almoço completo sai por 6 euros. Aposte nos mais conhecidos: De Peper e o Einde Van de Wereld.

MOMENTO EXTRAVAGÊNCIA

Alugue um holandês. A extravagância não é pelo preço, mas pela experiência. Na agência Like-A-Local você poderá “alugar” um nativo para conviver por um (ou mais, se quiser) dia com ele. Você almoça e/ou janta na casa de um morador. E depois sai para passear. Oportunidade de conhecer e vivenciar o que nenhum guia ou revista consegue mostrar. Os tours ficam em torno de 30 euros e as refeições saem por 20 euros. Preços por pessoa. Na Holanda, o serviço está disponível somente em Amsterdã e Utrecht.


Amsterdam: paisagem rodeada de pontes e canais. (Foto: Lindsey Lein)

Ó QUE CURIOSO

A lei europeia que proíbe o fumo em ambientes fechados entrou em vigor no ano passado na Holanda. Por outro lado, cigarros considerados ilícitos em outros países do continente, aqui seguem liberado. O que significa que na Holanda você pode fumar haxixe em lugares fechados, mas não um cigarro comum.

UM FILME PARA INSPIRAR

Moça com Brinco de Pérola, de Peter Webber (2003).


HOLANDA LEMBRA

Liberdade, tolerância, tamanquinho pontudo, jardim florido e Big Brother – inventado aqui.

MELHOR ÉPOCA PARA IR

O show de flores começa na primavera, a partir de março – período ideal para visitar os parques, moinhos e fazer rotas de bicicleta. No verão a temperatura é agradável, mas chove mais.

Site do país: www.holland.com
Embaixada brasileira: Mauritskade 19, Den Haag (Haia) Tel.: 70 302.3959.

NA SEMANA QUE VEM DESEMBARCAMOS NA INGLATERRA BARATA. É POSSÍVEL? NÃO PERCA!

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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Holanda a 50 euros por dia - Parte 2

+ 15 DICAS DA HOLANDA


Visão noturna de um dos diversos canais de Amsterdam. (Foto: Marco Ariesen)


1. A Holanda é menor que o estado da Paraíba. Em poucas horas você cruza o país de norte a sul, o que facilita viagens do tipo bate-volta. Comprar a passagem de ida e volta com retorno para o mesmo dia costuma sair mais barato do que adquirir os bilhetes separados. No site do sistema ferroviário holandês, o Nederlandse Spoorwegen (Dutch Railways)  é possível consultar horários, trajetos e preços da passagem. De Amsterdam para Delft, por exemplo, o trecho sai por 11,40 euros na segunda classe e a viagem dura uma hora.

2. O moderno aeroporto Schiphol de Amsterdam fica a 18 quilômetros do centro. Para chegar à Centraal Station pegue o trem (ticket a 3,80 euros). São 15 minutos. Da estação há transporte para todos os cantos da cidade.

3. Amsterdam é uma cidade compacta e plana. Andar a pé é gratuito. Querendo fazer como os holandeses, alugue uma magrela. Além da MacBike, citada no post anterior há outras opções como a Orange Bike (perto da praça Dam) que cobra 6 euros por 3 horas ou a partir de 8,50 euros por dia. Já na Bike City  quatro horas sai por 10 euros ou a partir de 12,50 por dia. Importante: para alugar uma bicicleta a maioria da empresas pede uma fiança de 50 euros ou um cartão de crédito, além de fotocópia do passaporte. A fiança, claro, é reembolsada na devolução da bike.


O bicycle-taxi, uma espécie de riquixá holandês. (Foto: Brian - Ski e Epic)

4. Se sua ideia - seja lá qual for o motivo - é utilizar muito o transporte público em pouco tempo vale adquirir os passes de um dia (7,50 euros), 2 dias (11,50 euros) e três dias (14,50 euros). Lembrando que o I Amsterdam Card, além de permitir entrada free nos principais museus, dá acesso gratuito ao transporte da cidade. Mas se você pretende andar muito talvez compense comprar os tickets avulsos. Para entrar no clima use quando puder os bicycle-taxis, o riquixá holandês. A partir de 5 euros para distâncias de curtas a médias.

5. Se você busca a Amsterdã dos olhares curiosos, do risadinha contida e dos aficionados do gênero conheça o Museu da Cannabis que conta tudo sobre a erva como a origem, benefícios, malefícios e inclusive seus ilustres contrabandistas. Entrada a 9 euros. Crianças até 13 anos não pagam, mas só entram acompanhadas por um adulto responsável. Com tempo visite o Museu Erótico (5 euros) e o Museu do Sexo (3 euros). Este último conta a evolução do tema ao longo dos séculos.

6. 
A 16 quilômetros da capital está Zaanse Schaans, uma vila do século 18 com cinco moinhos funcionando. Entrada a 4,50. Já Haarlem – a 18 quilômetros – tem um lindo centro antigo. Para os mais dispostos dá para ir de bicicleta. Os Jardins de Keukenhof,  em Lisse, tem mais de seis milhões de flores e plantações enormes de tulipas. A 26 quilômetros. Só abre em um determinado período no ano. Em 2010, será de 18 de março a 16 de maio. Entrada a 13,50 euros. Para chegar aos Jardins de Keukenhof não é necessário comprar excursões. Pegue um trem até Leiden e da estação da cidade o ônibus 54 para Lisse. O bilhete de trem está a partir de 8 euros e o do ônibus sai a 3,20 euros.


Souvenir a 1 euro: os famosos tamanquinhos holandeses. (Foto: Marcel Herber)

7. O passeio de barco pelos canais não é coisa de “turista”. Você deve fazer um para se localizar melhor em Amsterdã, uma espécie de introdução à cidade. Geralmente duram em torno de uma hora e custa a partir de 12 euros. Caso prefira, alugue um pedalinho a 8 euros por hora e tenha seu momento Amyr Klink. As empresas Lovers  e Canal Company  oferecem vários tipos de passeios, alguns incluem jantar e/ou bebida e ainda parada em museus à sua escolha.

8. Para conhecer um perfeito castelo de contos de fada com direito a fosso, torre e muralha, vá ao Muiderslot, a 13 quilômetros de Amsterdam. Entrada a 7 euros.

9. Célebres em todo o país, especialmente em Amsterdam, os coffee-shops não são, assim, tão inofensivos como sugere o nome do estabelecimento. São neles que você pode comprar legalmente uma matulinha de maconha - para consumo próprio. (Se a polícia pegar você com mais de cinco gramas no bolso, vai dar um bafafá daqueles e provavelmente você vai ver o sol nascer quadrado). A rede Bulldog é a mais conhecida, totalmente turística. Se você fica deslocado que nem eu num lugar desses, mas gostaria de conhecer algo do gênero (digo, um coffe-shop - não a matulinha) tente o Tertulia , que parece mais uma casa de chá.

10. Não fotografe as meninas das vitrines do Red Light District, o bairro da Luz Vermelha, em Amsterdam. O local está cheio de policial à paisana. É uma regra tão sagrada por ali que, caso desobedeça, vai ficar sem a máquina.

11. Chove o ano inteiro no país, com mais freqüência no verão - junho, julho e agosto. Leve capa de chuva na mala.

12. Caso vá na primavera-verão não perca o trecho entre Leiden (perto de Haia) e Haarlem, do lado de Amsterdam. São quilômetros de estrada cercada de tulipas, formando um colorido tapete gigante.


As bicicletas são o principal meio de transporte nas cidades holandesas. (Foto: Eva Serna)

13. Em Amsterdam, esqueça o metrô. Alem das bicicletas, pegue o bonde nº 20 – que faz um city tour pela cidade. Ticket a 1,60 euros.

14. Nas bibliotecas públicas de Amsterdam (Openbare Bibliotheek)  e Rotterdam (Centrale Bibloteek) é possível acessar gratuitamente a internet por 30 minutos. Com um cadastro rápido feito na hora você também pode desfrutar da rede wi-fi do prédio, caso tenha levado seu laptop.

15. Experimente o Walking Tour Gratuito - uma passeio a pé guiado pela cidade. Começa às 11h da manhã perto do centro de informação turística da Centraal Station. Você vai percorrer praças, canais, pontes, conhecer mais detalhes de monumentos históricos e descobrirá detalhes inusitados do Red District Ligth. Dura de três a quatro horas e pode ser muito válido para seu primeiro dia na cidade. No final, provavelmente vão pedir uma “contribuição”, que você vai acabar dando, dentro de suas possibilidades, com gosto. Não é necessário agendar.

MUITO BOM - O país é plano. Por onde quer que vá, uma bicicleta vai esperar você. Resumo: passeios baratos garantidos.
MUITO CHATO - Com raras exceções, todas as atrações significativas são cobradas na Holanda - desde mapas a museus.

AMANHÃ: DICAS DE COMIDA BOA E BARATA E HOSPEDAGEM ECONÔMICA NA HOLANDA.


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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Holanda a 50 euros por dia - Parte 1


Nos canais de Amsterdam um passeio de barco sai a partir de 12 euros. (Foto: Lars Brinkman)

Se eu perguntasse a você qual o principal cartão postal da França ou da Grécia com certeza algo muito típico e célebre viria a sua cabeça. Torre Eiffel na primeira. Quiçá a Acrópole na segunda. Já a Holanda não pode ser descortinada através de imagens consagradas. Num exercício de construção do imaginário poderíamos destacar alguns ícones como tulipas, tamancos, moinhos e bicicletas.

O detalhe é que, aqui, os atributos quase sempre superam as características. O maior valor do país nem sempre sai na fotografia. Desprovida de preconceitos e altamente tolerante com as diferenças, na Holanda os direitos humanos não são motivo de discussão, mas - sim - de orgulho.

Amsterdam, porta de entrada para a maioria dos turistas que vem ao país, foi a cidade escolhida para o famoso protesto de John Lennon e Yoko Ono, em 1962, quando passaram uma semana na cama. No quarto 902 do Hotel Hilton, para ser mais exata. No entanto, a cidade do tudo pode já foi mais liberal. Drogas e prostituição são permitidas, com restrições é bom advertir. Liberdade de expressão é algo incontestável. Mas seu direito sempre vai terminar quando o do outro começar.

DE CASAS CUBISTAS A VACAS MALHADAS

O holandês já nasce poliglota. O país de onde brotaram gênios como Van Gogh e Rembrandt tem um idioma impenetrável. Até um descompromissado “por favor” (algo como alstublieft) dá nó na língua. Não há com que se preocupar: a maioria fala inglês ou alemão. Eles reconhecem que a língua nativa é complexa e farão todo o esforço do mundo para ajudar você.


Tulipa, a flor típica do país. (Foto: Cyan Li)

Tecnicamente a Holanda tem duas capitais, o que pouca gente sabe. Amsterdam é a nominal, a que aparece nos guias de turismo e revistas de viagem como a cidade mais liberal do mundo. Mas Haia (Den Haag) é a sede do governo, portanto a capital político-administrativa do país. Mas isso você vai encontrar, provavelmente, em apostila de preparatório para vestibular só para confundir a gente.

Metade do território holandês está abaixo do nível do mar. Aliás, se não fosse o mar, a Holanda não estaria hoje aqui para contar história, já que surrupiou boa parte da sua área do oceano Atlântico. Um inteligente sistema de diques e drenagem transformou a região numa espécie de Veneza progressista.

O país é plano, um adorável convite a pedaladas. Só em Amsterdam são quase 600 mil bicicletas para pouco menos de um milhão de habitantes. De Rotterdam - um dos maiores portos do mundo - ao caminho entre Leiden e Haarlem, na primavera - passando por riquezas medievais como Delft, a Holanda só reserva surpresas do início ao fim do passeio.

O BARATO DA HOLANDA

AMSTERDAM – A primeira coisa que você deve saber ao chegar a Amsterdam é que straat significa “rua” ou “estrada” e gracht, “canal”. Não se esqueça de plein que quer dizer “praça”. Pronto, você está preparado para entender os mapas que, lamento informar, nunca saem de graça nos quiosques de informação turística. Perto da estação central (Centraal Station), a uns 400 metros, está a essência histórica da cidade onde fica a Dam - praça com a catedral Nieuwe Kerk. Caminhe pela inquieta rua Damrak - entre a Dam e a Centraal Station. Bater perna ao redor dos canais também é aquela velha sugestão para decifrar a cidade sem gastar nenhum tostão. Justamente nessas andanças você deve encontrar duas tradicionais praças, a Leidseplein e Rembrandtplein. Passeio gratuito. Ambas oferecem uma variedade enorme de bares e restaurantes. Para conhecer um bairro típico de Amsterdam circule pelo Jordaan. Cheio de casinhas, ruazinhas, lojinhas, mercadinhos e todos os “inhos” que fazem das regiões tradicionais uma delícia de passeio. Os cafés e ateliês mais descolados estão aqui. No Bairro da Luz Vermelha (Red Light District) sua porção conservadora vai por canal abaixo. Aqui, prostitutas - profissão legalizada e pagadora de impostos na Holanda - ficam expostas em vitrines. Sim, estão ali a trabalho. Não é só para turista ver. Mesmo assim, o bairro está longe de ser uma região degradada ou perigosa. Há policiais disfarçados e cabe a você estar atento para não ser incomodado por algum chato vendendo haxixe ou maconha. Além de caminhar, você pode optar pelo aluguel de uma bicicleta. Não, não é uma sugestão alternativa. A bicicleta está para a Holanda como riquixá para a Índia: todo mundo tem que dar pelo menos uma voltinha. Alugue a sua na MacBike  (perto da estação de trem). Normalmente custa entre 4 e 6 euros por três horas. Ou, em média, 10 euros por um dia. Os principais museus da cidade são pagos e quase nenhum tem dias de entrada gratuita para adultos. Se você for fanático pelo tema e com muita organização talvez compense comprar o caro I Amsterdam Card . Custa 38 euros (um dia), 48 euros (dois dias) e 58 euros (três dias). O cartão dá direito à entrada gratuita em todos os museus da cidade (menos a Casa de Anne Frank, que é particular), um passeio de barco e 25% de descontos em outras atrações, aluguel de bicicleta e alguns restaurantes. Caso opte apenas pelos museus essenciais fique com o emocionante Museu Van Gogh (12,50 euros), Museu Casa de Rembrandt (8 euros), no ateliê onde o pintor trabalhava, Museu Rijksmuseum (11 euros)  com a maior coleção de arte do país e, claro, a Casa de Anne Frank (8,50 euros) - lugar onde a menina viveu escondida e escreveu seu famoso diário durante a ocupação nazista. A maioria é gratuita para crianças até 9 ou 12 anos. Estudantes têm descontos vantajosos. Próximo ao Van Gogh Museum está o Vondelpark, o parque mais popular de Amsterdã – para seu obrigatório piquenique da tarde. Site da cidade: www.visitamsterdam.com

ROTTERDAM - A cidade que abriga o maior porto da Europa foi uma das mais atingidas durante a Segunda Guerra mundial. A reconstrução foi resultado dos intensos bombardeios. Nasceram prédios arrojados, arquitetura progressista e fachadas inusitadas como as casas cubistas. Assim como Amsterdam, as principais atrações de Rotterdam são seus bairros: Centrum - centrinho agitado com variado comércio, entre a estação de trem e a avenida Blaak; Waterfront - ao lado do rio Mass com suas pontes contemporâneas e o Museumpark - região dos museus. Mas ao contrário do capital holandesa, o centro de informações turísticas oferece mapas gratuitos e o Use-it  (na rua Schaatsbaan 41- 45) é especialista em turismo para mochileiros. Visite a igreja Laurenskerk de 1525. Foi muito danificada na segunda guerra e reinaugurada em 1968 após uma longa e demorada reforma. Entrada gratuita. Na mesma praça da igreja está a estátua do filósofo Erasmus, nascido na cidade. Para navegar pelo porto contrate tours organizados: passeios de barco a partir de 9 euros. A 20 quilômetros daqui está Gouda, famosíssima pelo queijo de mesmo nome. No verão, especialmente às quintas-feiras, há um enorme mercado de queijos de lamber os beiços. Rotterdam está uma hora de Amsterdam. Site da cidade: www.holland.com/rotterdam


Mercado de queijos na cidade de Gouda, a 20 quilômetros de Rotterdam. (Foto: Paulo Santos)


DEN HAAG (HAIA) - A cidade é menor que Amsterdam e Rotterdam, mas parece mais cosmopolita. Lembrando que Den Haag é o nome em holandês, The Hague em inglês, e Haia em português. A capital político-administrativa do país tem avenidas largas, prédios modernos e é sede da Corte Internacional de Justiça, que fica no Vredespaleis (Palácio da Paz), visitas guiadas das 10h às 16h por 5 euros. No famoso Tribunal de Haia foi julgado e condenado à morte Slobodan Milosevic - acusado de crimes de guerra na antiga Iugoslávia. Para mim, vale como um bate-volta (está a uma hora de trem de Amsterdam), aproveitando metade do seu dia para o Mauritshuis Museum  que ganhou fama depois do filme Garota com o Brinco de Pérola. Neste museu encontra-se – além das famosas telas de autoretrato de Rembrandt – o quadro de Vermeer Girl with a Pearl Earring que deu nome à película estrelada por Scarlet Johansson. Entrada a 10,50 euros. Gratuito para menores de 18 anos. Site da cidade: www.denhaag.com

PARA FUGIR DO ÓBVIO

Se bem que eu acho um pouco óbvio, mas nem todo turista dá a devida atenção a Delft quando vem à Holanda, principalmente se for a primeira viagem para cá. É a típica cidade holandesa com vacas malhadas, moinhos e tulipas. Está a 15 minutos de Den Haag (Haia) e serve para um dos passeios mais agradáveis do país. A praça principal, Markt, está rodeada por canais. Abriga um delicioso mercado toda quinta-feira, dia ideal para conhecer Delft. Claro que você pode visitar algum museu e a catedral anglicana, mas dedique-se a seguir os passos de Vermeer e sua “Garota com o Brinco de Peróla”. O filme, inspirado no pintor, foi rodado aqui. Site da cidade: www.delft.nl

SEM MARCAR TOUCA

Decida quantos dias quer passar na Holanda. Agora acrescente mais dois e
visite calmamente o parque de Kinderdijk, uma aérea com 19 moinhos de vento - Patrimônio da Humanidade.  Há três cidades de onde saem ônibus até o parque: Utrecht, Rotterdam e Dordrecht.  De Rotterdam são 45 minutos. Para saber os horários dos ônibus consulte o site da Arriva, empresa que opera esta linha. Partindo de Rotterdam fica fácil de colocar os moinhos num dia e a medieval Delft no outro. Essas 48 horas a mais no seu roteiro vão fazer toda a diferença no seu scrapbooking de viagem.

AMANHÃ: + 15 DICAS sobre coffee-shops, passeios primaveris e museus alternativos.

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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Leitura da sexta: Viagens para a Melhor Idade



Vai ser lançado amanhã o Guia Quatro Rodas Viagens para a melhor idade. A edição selecionou os melhores lugares para a terceira idade viajar no Brasil e compilou este conteúdo numa obra especial. O guia oferece dicas de lazer, cultura, turismo, descanso e esporte para o viajante que tem a partir de 60 anos. E mais: dicas de especialistas, geriatras e seguradoras para a melhor idade viajar tranquila, bem informada e poder aproveitar ao máximo todos os tipos de passeios.

O lançamento vai ser na Expoflora, a maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina, em Holambra, interior de São Paulo. O pessoal da terceira idade representa entre 30% e 40% do público visitante.

Quanto: R$ 14,99
Onde: bancas, supermercados e na Loja Abril


Foto: Editora Abril

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Farmácia de viagem: o que levar?

Estou numa fase meio geriátrica. Ando assustada com o tamanho da minha necessaire de remédios. Não, não estou doente. Raramente tenho dor de cabeça, não sofro com queimação no estômago nem tenho dores musculares. Mas acho que a idade faz a gente ficar mais precavida. Vai que...

Ao fazer minha mala para uma viagem rápida percebi que o saquinho de medicamentos cresceu tanto a ponto de ocupar o espaço que poderia ser de uma blusinha de algodão.

O detalhe é que a experiência fala mais alto: achar uma farmácia aberta às onze da noite em São João del Rey é trabalho hercúleo. Comprar um simples descongestionante nasal nos Estados Unidos, só com receita médica. Na Europa não há tanto rigor assim, mas em alguns países até para tomar xarope é preciso passar pelo médico antes.

Evite transtornos e imprevistos. Separe um cantinho da sua mala para montar sua farmacinha. Lembrando: remédios de uso diário devem ser levados na mala de mão, junto com a receita médica. Se você colocar tudo na bagagem a ser despachada corre o risco de ficar sem eles em caso de extravio.

Por isso, anote aí:

1. Gel para dor muscular Vai que... você leve um tropicão nas pedras da Acrópole, em Atenas.

2. Comprimido contra enjôo Vai que... você resolva fazer um passeio de escuna para Coroa Alta, perto de Porto Seguro. Não sobra um em pé.

3. Sal de frutas Vai que... o Sarapatel não lhe caia bem.

4. Curativos e algodão Vai que... você corte o dedo ao tentar fechar a mala.

5. Antitérmico ou antigripal Vai que... o friozinho de Gramado traga uma leve congestão nasal. Importante: em caso de febre alta, tosse e dores musculares intensas OU suspeita de dengue NÃO tome nada. Procure a unidade de saúde mais próxima.

6. Protetor solar Não tem vai que... Uso diário, mesmo em dias nublados. Repassar a cada quatro horas.

7. Remédios pessoais Leve receita e bula, sempre na mala de mão.

8. Pastilha ou spray para dor de garganta Vai que... os sorvetes de Buenos Aires causem algum incômodo.

9. Comprimidos para prisão de ventre Vai que... você seja como eu: tem pavor de usar o banheiro alheio.

10. Colírio Vai que... o vento quente e arenoso, conhecido como La Kalima, pegue você em Las Palmas, nas Ilhas Canárias.

11. Protetor labial Vai que... o clima seja muito seco, como em Brasília ou Atacama.

12. Preservativo Vai que... digamos, você encontre o amor da sua vida.


DICA: não é necessário ocultar os frascos, nem tirar os comprimidos das embalagens. Desde que a quantidade não seja exorbitante e, sim - claramente para uso pessoal - dificilmente você terá problemas nas viagens internacionais.

Café continental X Café buffet


Café tipo buffet na Costa do Sauípe: comum nos resorts e na maioria dos hotéis brasileiros. (Foto: Raul Mattar)

Não se engane. O nome é frondoso, mas o café continental - oferecido por muitos hotéis no exterior - é o mais merreca que existe: café, leite ou chá com pão, manteiga e geléia. Aliás, quando tiver geléia considere como um up grade.

Já o café servido no estilo buffet é para acabar com a dieta de qualquer um: diversos tipos de pães, bolachinhas, sucos variados, frios, frutas, ovos, cereais, bolos e crepes.

Se para você o “café da manhã incluído” for importante na hora de escolher o hotel, lembre-se de perguntar qual é o tipo de desjejum oferecido pelo hospedagem desejada.


terça-feira, 15 de setembro de 2009

Foto Galeria: outono nos Estados Unidos

Está de malas prontas para visitar o Obama? Provavelmente vai encontrar isso!











Menos eu, claro. :-)

Fotos: Raul Mattar


Tudo o que você deve fazer para aproveitar sua viagem

1. Diga não às encomendas. Ficar zanzando de lojinha em lojinha procurando o perfume francês preferido da sua tia fará você perder tempo e paciência.

2. Divida a bufunfa que você vai levar. Dinheiro vivo, cheques (no Brasil), cartões de crédito e cartão travel money (no exterior).

3. Esteja sempre atento. Não aceite informações que não são solicitadas e desconfie quando algum nativo quiser muuuito mostrar um lugar que você não sabe quem frequenta nem onde fica.

4. Enfrente o transporte público. Metrôs são rápidos e ônibus promovem city-tour pelo preço de um ticket. Deixe o táxi para o seu momento-patrão.

5. Fotografe só o que for permitido. Caso contrário, você pode perder não só as fotos como a máquina junto.

6. Reserve, sempre. Encontrar hotel bom (e barato) na última hora é trabalho para David Copperfield. Só mesmo fazendo mágica.

7. Fique pelo menos quatro dias nas grandes cidades. Não importa se estamos no Brasil, na Europa ou nos Estados Unidos. É  o tempo ideal para visitar o básico.

8. Dê gorjetas. Mas não esbanje. Seus pseudos-funcionários (garçons, taxistas e camareiros ) sabem identificar quem tem dinheiro de verdade e quem é tonto.

9. Faça um seguro-saúde. Fora do Brasil ele é a segurança de que uma torcida no pé não vai custar mais do que a viagem toda.

10. Informe-se antes de ir. Quem não lê sobre o destino que quer conhecer, quando chegar provavelmente vai ter dificuldade em estabelecer prioridades.

11. Leve um calçado usado para caminhadas. Estrear sapato novo só porque você está na Champ Élysées pode ser o fim do passeio.

12. Use roupas adequadas. Minissaia e decote sempre vão chamar a atenção. De gente bem ou mal intencionada.

13. Feche sua mala com cadeados. Mesmo no hotel. E guarde as chaves em local seguro.

14. Prove comidas típicas. Sem experimentar os sabores locais fica difícil entender o temperamento do destino. :-)

15. Aprenda algumas palavras do idioma do país que vai visitar. No mínimo, "obrigado" e "por favor".

16. Comporte-se, respeite as regras e acate orientações de segurança. Lembre-se: você é turista e não o dono do lugar.


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Europa com hospedagem grátis

A promoção é do site Decolar.com - uma das maiores agências de viagens on-line da América Latina. São quatro noites de hotel grátis na Europa aos passageiros da TAP, companhia aérea portuguesa. O pacote leva brasileiros para Lisboa, Madri, Barcelona, Paris, Roma e Londres.

Com preços a partir de US$ 769,00 você voa para Lisboa e a partir de US$ 833,00 para Paris, por exemplo. Ou seja, com a tarifa de uma passagem (estão até mais baratas que há alguns meses) o hotel vem na faixa! Há várias datas de saída, a partir de outubro até maio do ano que vem - mas esses preços não contemplam feriados nem festas de Natal e Ano Novo.

Caso interesse, corra: a promoção termina no dia 16 de setembro. Partidas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Natal, Recife e Salvador. Acesse o link da promoção.

Vale ressaltar que a barganha é válida apenas para duas pessoas viajando juntas (ida e volta) e compartilhando o mesmo apartamento no hotel. É possível contratar diárias adicionais.


A CVC  está anunciando uma promoção parecida, também com a TAP. Mas no site não há informação. Eles orientam a consultar a agência mais próxima. Já liguei e pedi um orçamento, mas até agora não me responderam. Solicitei uma viagem para Paris, igualmente com quatro noites, saindo dia 02 de novembro, de São Paulo. Pela CVC fica US$ 1105,00 por pessoa em apartamento duplo - US$ 272 dólares mais caro que a Decolar.com. A diferença pode estar no hotel esolhido. Confira este detalhe na hora de comparar os orçamentos. Lembrando que em ambas, CVC e Decolar, os valores não incluem as taxas de embarque.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Grécia a 50 euros por dia - Parte 3

ONDE FICAR NA GRÉCIA

Existe uma regra clássica que diz: quanto mais simples, inóspito, exótico (ou pobre) for o seu destino melhor deve ser a acomodação. Um hotel barato na Grécia pode não ter exatamente o mesmo charme de uma hospedagem econômica na França ou a mesma eficiência de um albergue na Alemanha. Para não se decepcionar siga a indicação de quem já foi. Pesquise nos fóruns de viajantes ou aposte em hotéis tradicionais, onde se paga bem mais, saiba. Blogs especializados estão aí para isso. Mesmo assim, o que pode ser suficiente para mim, às vezes é muito pouco ou insuportável para você. A dica é: não faça economias absurdas em território grego. O país é barato por si só. Além do que, a Grécia é o destino que evoca o prazer em seu estado puro. Não comprometa seu sonho por causa de um up grade de10 mirréis a mais na diária do hotel. Isso pode fazer toda a diferença na sua viagem para cá.


Ilhas gregas, sonho de consumo acessível. (Foto: Juan Pablo Oitana)

HOSPEDAGEM ECONÔMICA NA GRÉCIA

Eu pareço um disco arranhado: evite ir no verão. Se a época já é propicia para os preços triplicarem em qualquer lugar do mundo, imagine quando o destino é de praia e sol, caso específico da Grécia. De qualquer maneira, ficando mais do que três dias consecutivos peça desconto - em qualquer hotel ou temporada. Geralmente eles dão. Mesmo que prefira reservar pelos sites especializados da web, não deixe de consultar também diretamente o hotel.

Em Atenas, o Acropolis House está num prédio do século 19 - construção moderníssima se a gente levar em conta que a cidade já existe há alguns milhares de anos. Está a 10 minutos da Acrópole e a 3 da Praça Syntagama. O quarto - com móveis que necessitam de uma repaginada - para casal está a partir de 40 euros. Sem café da manhã. O simples e super bem localizado Hotel Nefeli  pode agradar. Os quartos espartanos não negam a raça. Mas ficam no bairro Plaka, a região mais turística da capital e está entre as estações de metrô Syntagma e Acropolis. A partir de 49 euros, o casal. Para mim, o maior achado é o Hotel Economy , não exatamente pelo preço (nem é o mais barato) - mas pelo custo-benefício. Todos os quartos têm TV, ar condicionado, frigobar e secador. Nas áreas comuns há wi-fi grátis. E o café da manhã está incluído. Tudo a partir de 52 euros o casal. Ou seja, 26 mangos para cada um. Fica entre as estações de metrô Omonia e Monastiraki, não muito longe do bairro Psiri, região movimentada com bares e restaurantes.

Nas ilhas gregas, pelo menos naquelas mais turísticas, há quartos em casa de família ou pensões - no maior estilo pousadinha brasileira. Como esse tipo de hospedagem é sempre um risco, pesquise bem antes de torrar seus euros em alguma delas. Em Mykonos, o Mina Studios  – a 3,5 quilômetros do centrinho – está numa casa caiada de portas azuis com flores rosáceas na frente (mais típico, impossível). Está a partir de 40 euros o casal. Café da manhã incluído. Oferece transfer gratuito de e para o aeroporto ou porto. O Kymata Pension  é beeeem simples, mas todos os quartos têm banheiro e ar-condicionado. Fica próximo à Little Venice (Pequena Veneza). As diárias por pessoa estão a partir de 23 euros. Não aceita cartões de crédito. Querendo investir um pouco mais aqui, bem no coração de Chora, a capital da ilha - e a 300 metros da praia está - o Carbonaki Hotel. Um fofo! Quartos amplos, linda piscina. A partir de 66 euros o casal. Lembrando que para manter a média de 50 euros por dia na sua viagem à Grécia, ao optar por uma hospedagem mais cara nas ilhas - ou você vai ter que comer muito churrasquinho grego ou se instalar em algum albergão em Atenas.

Em Santorini a opção mais mão-de-vaca  (nem por isso menos legal) - é o Youth Hostel Oia . Tem quartos amplos e um terraço com vista para o Mar Egeu. Diárias a partir de 15 euros (17 no verão) por pessoa em quartos coletivos, a maioria com banheiro privativo. Café da manhã incluído. O Stelios Place  leva o nome do dono. O Seu Stelio comanda tudo de pertinho e busca pessoalmente os hóspedes no porto ou aeroporto. O hotel está na praia de Perissa e todos os quartos têm banheiro privativo. Diárias do quarto duplo a partir de 28 euros (14 por pessoa!). Café da manhã incluído. O Delfini, na vila de Oia - aquela do por do sol imperdível - oferece diárias a partir de 45 euros em quartos sem vista para o mar. Com vista, a partir de 60 euros o casal. Café da manhã cobrado à parte: 10 euros por pessoa.

ONDE COMER BARATO NA GRÉCIA

Num país com comida tão farta, diversificada, nutritiva e barata eu gastaria um pouco mais no hotel, porque as refeições estão garantidas a preços módicos. Para abrir o apetite prove um Gyros - o nosso churrasquinho grego. Há vários pontos de venda nas ruas. Vem carne assada (carneiro, muitas vezes), com salada e molho à base de iogurte. Tudo enrolado num pão árabe em forma de cone. Não vai custar muito mais do que 3 euros.


Salada grega: acompanhamento fresco e barato. (Foto: Chimugherm)

A tradicionalíssima Moussaka - uma espécie de lasanha de berinjela com abobrinha - é o prato típico do país. Vem em pedaços generosos e pode custar de 3 a 9 euros. Para um tira-gosto no fim de tarde, experimente o Mezédes, as tapas gregas. São petiscos variados. Média de cinco euros o pratinho recheado que, geralmente, serve tranquilo duas pessoas. Outra delícia é a nossa conhecida Salada Grega: tomate, pepino, azeitona, cebola e queijo branco. Para fugir do cardápio básico escolha de vez em quando a Spanakópita, uma torta folhada de espinafre que derrete na boca. Sobremesa: iogurte com mel. Quase sempre feito com leite de ovelha e com textura que você só encontra na Grécia. Qualquer restaurante serve um. Para acompanhar seu banquete, peça o Ouzo, a bebida nacional com sabor de anis.

Em Atenas, o bairro Plaka é o mais turístico. Mas na Praça Omonia há mais restaurantes e bares com preços honestos. Para comer comida típica tente o restaurante Filipou (19, Xenokratous). Da Praça Kolonaki, pegue a rua Patriarch Ioakim até chegar na Ploutarchou. Vire à esquerda na Ploutarchou, e depois à direita. Estará na Xenokratous. (Desculpe, é grego!). Pratos a partir de 6 euros.

SESSÃO MÃO DE VACA MUQUIRANA

Caso a Grécia esteja incluída no seu cardápio europeu juntamente com outros países e não sobre tempo (ou dinheiro) para um tour pelas ilhas gregas mais famosas, não se avexe. A uma hora de Atenas, em barco rápido, você pode passar o dia em Hydra, uma das ilhas mais bonitas do arquipélago sarônico. Tem mar azul, ruas de pedra e casinhas com tetos avermelhados. É proibida a circulação de carros por aqui. Mais um motivo para você dar um passeio nos burricos gregos. O ticket do ferry está a partir de 10 euros.

MOMENTO EXTRAVAGÂNCIA

Não consigo pensar em extravagância maior do que ficar num daqueles hotéis de cinema das ilhas gregas. As diárias transitam entre 300 e 600 euros. Mas eu, particularmente, trocaria sete dias num hotelzaço desses por um mês inteiro perambulando de ilha em ilha, optando por hospedagens classe média. Porque passar 30 dias na Grécia, não tem preço.

Ó QUE CURIOSO

Para dizer “sim” em grego pronuncia-se ne – que pode confundir com a aglutinação do nosso “não é”. Já a tradução de “não” é okhi, que lembra um ok. Cuidado para não misturar as bolas.

UM FILME PARA INSPIRAR

Casamento grego (2002), de Joel Zwick


GRÉCIA LEMBRA

Minotauro, filosofia, prato quebrado, cruzeiro, Zorba e lua de mel.

MELHOR ÉPOCA PARA IR

Julho e agosto são dois meses que você deve evitar. É altíssima temporada, tudo lota e os preços triplicam (nos hotéis principalmente). Prefira maio, junho ou setembro. A temperatura é mais amena. No entanto, quanto mais próximo do inverno maior o risco de encontrar muitos estabelecimentos fechados nas ilhas.

Site do país: www.gnto.gr
Embaixada brasileira: Platia Philikis Eterias 14, 3º andar. Tel.: (30210) 7213039

PRÓXIMO DESTINO: HOLANDA BARATA!


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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Grécia a 50 euros por dia - Parte 2


O maior barato da Grécia são as imagens que você traz de lá. (Foto: Martin Boose)

1. Quando chegar ao moderno aeroporto Eleftherios Venizelos de Atenas nem pense em pegar um táxi (a menos que você tenha vindo do Brasil - com escala em alguma cidade da Europa - para justificar os 40 euros da corrida). Caso contrário pegue o trem conectado ao metrô, que liga o aeroporto ao centro por 3 euros. O percurso dura cerca de 30 minutos.

2. Como sou muito mais história do que praia eu colocaria um dia a mais em Atenas para fazer um bate-volta ao Cabo Sounion, a 70 quilômetros de Atenas. Aqui está o Templo do Deus Posêidon (Netuno para os romanos) construído no século 7 a.C. O templo lembra em parte a Acrópole, mas a localização é uma das mais extraordinárias da Grécia. Entrada a 4 euros. Para chegar lá pegue um dos ônibus da empresa KTEL, na esquina das ruas Loulianou e Mavromatéon, próximo ao Museu Arqueológico.

3. Se tempo não for problema fique mais dois dias na península e conheça o Peloponeso, a região onde está localizada Esparta, aquela que abriu fogo contra Atenas na era clássica. Por aqui também há praias e alguns dos sítios históricos mais importantes - não só da Grécia - mas do mundo: Olímpia. O vilarejo - a 190 quilômetros de Atenas - é o berço das olimpíadas.  O Museu Olímpia abriga, além de fachadas dos antigos templos, uma maquete que reproduz como era a cidade. Entrada no sítio arqueológico mais museu a 9 euros.

 

Templo do Deus Poseidon, a 70 km de Atenas. (Foto: Chris Num)

4. Seu sonho é um cruzeiro pelas ilhas gregas? Pois ele cabe direitinho no nosso modelo 5.0 de viagem. A Easycruise  – uma low cost dos mares – oferece, na baixa temporada, viagens de sete noites a partir de 199 euros por pessoa, em cabine dupla. Não estão incluídas alimentação nem bebidas. Pechincha! É como se fosse um up grade no seu albergue, com a vantagem de pular de ilha em ilha sem pagar o transporte. Detalhe: esse tipo de excursão, muitas vezes, não permite o slow travel - muito recomendado numa viagem a Grécia - já que visita muitos ligares em poucos dias.

5. Se for o seu caso, pergunte sempre se há descontos para estudantes, inclusive nas tarifas de barcos para as ilhas. Há várias atrações - o Parthenon, por exemplo - que
podem sair de graça!

6. Existem diversas maneiras de viajar de Atenas para as ilhas: ferries, barcos rápidos e avião. Voar é a opção mais rápida (e mais interessante para quem tem pouco tempo), mas custa bem mais caro. No porto de Pireu, na capital, há várias agências com toda a grade de horários e valores. Só para ter uma idéia, uma viagem de sete a nove horas para Santorini custa em média 18 euros. O mesmo trecho de avião (50 minutos) chega a 100 euros. Mas se você comprar com antecedência – como tudo numa viagem planejada – pode encontrar tarifas bem mais acessíveis. Consulte os preços na Olympic Airlines.

7. Para chegar ao porto Skala Firon, em Santorini, você pode descer os 587 degraus desde o centro de Fira, - a “capital” da ilha. Sedentários e preguiçosos como eu, não desanimem! É possível pegar um bondinho para fazer o mesmo trajeto por 5 euros. Ou, melhor pedida, ir no lombo de um burrinho pelo mesmo valor. Dali do porto saem barcos para dois vulcões adormecidos, de fato, duas ilhotas simpáticas: Nea Kaemni e Palia Kamani. Percurso a partir de 20 euros.

8. Em Santorini, garanta sua fotografia de cinema no vilarejo de Oia (pronuncia-se “ia”). A oito quilômetros ao norte de Fira, Oia se debruça sobre o Mar Egeu contrastando com casas caiadas e igrejinhas de tetos azuis. A maioria das imagens da Grécia que povoam seu imaginário saíram daqui. Aproveite para se perder pelas ruelas até a hora do por do sol, que no verão acontece quase às 22h. Apesar de opiniões diversas, dizem, é o mais bonito do mundo. Como o maior barato da Grécia são as fotos que você traz de lá, essa é sua chance!
Gratuito.

9. Conheça a Pompéia da Grécia e vá a Akrotiri, o principal sítio arqueológico da ilha de Santorini. Akrotiri é uma antiga cidade que foi soterrada por uma erupção vulcânica há mais de 3500 anos. O acesso ao local estava fechado até há bem pouco tempo. É bom se informar antes de ir. De qualquer maneira, os principais tesouros do lugar você poderá ver no Museu Arqueológico, em Fira.
Entrada a 3 euros. Grátis no primeiro domingo do mês, menos julho, agosto e setembro, quando a entrada franca acontece no segundo domingo.

10. Vai ser difícil encontrar areia branca em Santorini, herança da origem vulcânica - o que garante uma paragem inusitada, mas nunca feia. Para sair da trilogia casa branca-teto azul-areia preta vá para o sul da ilha e conheça a Red Beach, toda enquadrada por uma falésia vermelha, uma espécie de Canoa Quebrada grega.

11. Para circular em Santorini existem ônibus que ligam o porto à capital Fira ou à vila de Oia. Mas a locomoção fica melhor se você alugar um quadriciclo (barato e divertido!) ou uma scooter. Diárias da motoneta a partir de 15 euros na baixa temporada - dividido por dois fica melhor ainda.


A Little Venice de Mykonos. (Foto: Lorena Ven)

12. Ao chegar a Mykonos descubra a ilha a partir do bairro Alefkandra, também chamado de Little Venice (pequena Veneza), onde há uma enseada com casinhas sobre palafitas dentro do mar. É o metro quadrado mais disputado de Chora, a capital da ilha. Mas para zanzar por ali tomando um vinho local você não deve pagar mais do que 4 euros.

13. A partir de Mykonos conheça Delos, a “ilha dos deuses”. Desabitada, está a meia hora de barco daqui. O lugar é considerado um dos mais importantes sítios arqueológicos da Grécia. O trajeto está em torno de 20 euros e os barcos saem entre 9h e 12h.

14. Critério de preços na hora de escolher onde comer, principalmente nas ilhas gregas: quanto mais bonita a vista, mais caro vai ser. Isso não significa que você terá que almoçar sempre olhando para uma parede branca. Apenas fique atento para não pagar uma bufunfa tremenda porque o restaurantinho tem um terraço despencando no mar. Pesquise e você vai encontrar lugares charmosos, com comida típica, oferecendo o menu do dia por 10 euros.

15. A Grécia pode ser considerada um destino barato porque as principais atrações – natureza, mar e arquitetura – estão disponíveis a qualquer um,
de graça. Nas ilhas, o que você tem de obrigatório para fazer são caminhadas relaxantes. Invariavelmente,  pipocar de praia em praia. O transporte entre elas pode encarecer seu orçamento. Se preferir, escolha uma - no máximo duas - para levantar acampamento e saia de lá chamando o país de seu.

AMANHÃ: HOSPEDAGEM ECONÔMICA E COMIDA BARATA NA GRÉCIA!

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