domingo, 23 de março de 2008

Terra Santa: por onde Ele andou

Turismo religioso é um gênero de passeio em que os visitantes buscam mais vivenciar uma experiência espiritual do que somente conhecer um destino diferente. São viagens de fé que podem variar desde romarias e peregrinação até penitências e reparação.

No Brasil, as cidades de maior destaque são Juazeiro do Norte (Ceará) – terra do Padre Cícero; Nova Trento em Santa Catarina, onde se encontra o Santuário de Madre Paulina; Belém do Pará, na festa do Círio de Nazaré e, a mais conhecida, Aparecida do Norte, no estado de São Paulo – onde está o Santuário da Padroeira Nossa Senhora Aparecida. Confesso, não conheço nenhuma delas. Ainda.
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Já no mundo temos como grandes rotas de turismo religioso lugares como Vaticano (Itália), Mecca (Arábia Saudita), Fátima (Portugal), Lourdes (França), Santiago de Compostela (Espanha) e a Terra Santa, na Palestina – o maior centro de peregrinação no domingo de páscoa. Foi nessa região, aliás, que (se supõe) andou, pregou, morreu e ressuscitou o fundador do cristianismo.
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Estive por lá. Faz tempo. Com mais interesses históricos do que religiosos, é bem verdade. (Minha viagem à Terra Santa incluiu Egito e Turquia). Só que é ali, na Palestina, que você vê, reconhece e vivencia a cidade impossível do mundo: Jerusalém. O destino mais sagrado para os cristãos também é considerado eterno e indivisível para os judeus. É metade árabe – maioria islâmica – e metade judaica. Para os muçulmanos, por exemplo, é o terceiro lugar mais importante, atrás de Mecca e Medina.
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A parte velha é dividida em quatro quadriláteros: o cristão, o armênio, o muçulmano e o judaico. E veja só a confusão: em Jerusalém está o Santo Sepulcro, onde teria ocorrido a crucificação de Jesus para os católicos, gregos ortodoxos, abissínios e armênios. Assim como o túmulo do Jardim, lugar da crucificação para os protestantes. Temos ainda por aqui o Monte das Oliveiras, personagem consagrado na Bíblia e a Via Dolorosa, caminho de martírio até a crucificação de Cristo.

Sou católica. De uma linha mais progressista, digamos. Mas às vezes me encontro no mais profundo fundamentalismo cristão, sentindo-me o último Bis® do pacote por ter passado também por Belém, Jericó, Nazaré, Galiléia e Tiberíades – todas consideradas sagradas e com alguma historinha de catequese bacana para contar.

No entanto, independente da ala que você segue, o Domingo de Páscoa é a principal celebração do ano para os cristãos. Mais importante até que o Natal. A questão é simples. Segundo a tradição, hoje é dia de reviver o renascimento e a ressurreição de um cara extremamente inteligente, empreendedor, assertivo, com foco no trabalho, grande capacidade de liderança, criativo e altamente generoso com seus colaboradores: Jesus Cristo.
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Fotos: Terra Santa (Matraca´s Image Bank)

Um comentário:

  1. É possível fazer uma viagem econômica também a Terra Santa? Obrigado. Rodrigo

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