segunda-feira, 19 de junho de 2006

SEVILHA: nem todos são toureiros!

Abra o leque. Prepare as castanholas. Peça uma sangria. Aqui, mais do que em qualquer lugar da Espanha, você pode gritar: oooolééé! A capital da Andaluzia transpira aquele tradicional conceito arraigado na nossa cabeça de que todos os espanhóis são toureiros e de que todas as espanholas dançam o flamenco, baile típico andaluz. É mais ou menos como achar que todo brasileiro sabe sambar ou que todo argentino termina suas noites em uma casa de tango.
.

Um grande amigo meu, professor, doutor e muito viajado me disse que sua cidade eleita na Espanha é Sevilha. Eu ainda prefiro Barcelona, mas reconheço a força desta paragem andaluza, que representa uma região inteira de puro sangue quente! Não falo só da explosão do temperamento. Mas também da paixão pela música Flamenca e da adrenalina aterrorizadora das Touradas.

Não é difícil compreender porque Sevilha acabou se transformando em um ícone espanhol. É justamente aqui que podemos confirmar todos os nossos estereótipos em relação à Espanha: praias, touradas, sevilhanas, pueblos de casas brancas, tapas (petisco espanhol), vinho xerez e infinitas procissões religiosas.

Sevilha ferve! O ano inteiro. É a 4ª maior cidade espanhola, depois de Madri, Barcelona e Valencia. Moura, dourada e às margens de um rio de nome complicado, o Guadalquivir, a cidade traz em cada esquina sete séculos de domínio árabe. Guada, que significa rio, vem do árabe wadi e dá origem a muitas palavras espanholas. Guadalquivir quer dizer “rio grande”. (Guadalajara, por exemplo, significa “rio das pedras”.)

Não dá para entender Sevilha sem saber um pouquinho de história. A Andaluzia foi conquistada no ano 711 d.C. pelos árabes que levaram para o sul da Espanha a rica arquitetura moura, deixando parte de sua harmonia musical na origem do flamenco.

Obviamente, com a reconquista pelos cristãos parte desta herança foi mitigada. Mesmo assim, metade da cidade é declarada Patrimônio da Humanidade. Só por isso já valeria uma visita de, pelo menos, três dias! Eu fiquei dois meses.

.
Fotos: Matraca´s Image Bank
.
Posts relacionados:

8 comentários:

  1. Sevilha também é minha preferida. Adoro Barcelona, claro. Mas tive a sorte de conhecer um puro sevilhano... OOOLÉÉÉ!

    ResponderExcluir
  2. Só falta você dizer que era um toureiro!

    ResponderExcluir
  3. Não, mas era filho de um! Juro.

    ResponderExcluir
  4. Ai, Gisele, por favor! Aqui é "ma-tra-que-an-do". Não "de-li-ran-do". Trata de diminuir suas doses de barbitúricos. Isso está lhe fazendo mal! huahua

    ResponderExcluir
  5. Sevilha também foi minha grande paixão na Espanha. E eu ainda fui na Feria de Abril, que acontece por lá duas semanas depois da Semana Santa. Na minha opinião, o maior acontecimento espanhol!!!
    Abração Silvinha! Você continua igualzinha ao tempo da faculdade: criativa, engraçada, divertida e com um excelente texto. (Só não sei se continua ainda tão perfeccionista e chata com os trabalhos de escola!) Coitado dos seus colegas de doutorado! hahaha

    ResponderExcluir
  6. Huhuahua, Julio! Sim, para desespero de todos e de todas, continuo... PIOR!

    ResponderExcluir
  7. Parabéns Sílvia

    Bonito texto e excelentes fotos. Realmente Sevilla é um presente para qualquer visitante. Conheço bem a Andaluzia e realmente a sua capital é belíssima e concordo também com a capital da Catalúnia, Barcelona...Imperdível

    Valeu!!!

    ResponderExcluir
  8. Marcelo!

    Você me dá a oportunidade de lhe dar as boas-vindas aqui e dizer: aaahhhh, que saudades de Sevilha!!!!

    ResponderExcluir