Na Espanha você precisa saber que pelado é um homem careca, que exquisito (com “x”) é algo muito gostoso, que largo é comprido e que caray é só uma interjeição que quer dizer vixe maria! É que não existe brasileiro a quem você pergunte ¿Hablas español?, que ele não responda: ¡Poquito! Todos nós temos essa falsa sensação de saber falar um pouco o espanhol e não nos damos conta (até a começar a estudar o dito cujo de verdade) que é uma língua complexa, cheia de manhas, exceções e parece que nasceu para pregar peças em brasileiros desavisados. E não se iluda: você até pode compreender o que eles dizem – desde que falem bem devagar – mas eles (quase) nunca poderão compreender você.
Para piorar – ou deixar mais excitante – a Espanha tem outros três idiomas oficiais: catalão (uma mistura de espanhol com francês), o galego (bem parecidinho com o português) e o euskara (só um estudioso de hieróglifos para decifrar). Este último acho que é uma mistura de russo com alemão mais um dialeto próprio. Na verdade nunca sei. Mas sei que é impenetrável. Não existe diferença entre castellano e español. É o mesmo idioma, o que muda são os regionalismos. Assim, como o português de Portugal e o português do Brasil.
Já o Catalão você vai conhecer quando andar pela Catalunha, cuja capital é ninguém menos que a vedete da Espanha: Barcelona. O Galego é possível escutar (e até falar um pouquinho) na Galícia, no norte do país onde está a cidade de Santiago de Compostela, ponto final dos peregrinos que fazem o caminho cristão. Já o Euskara, você vai encontrar no País Basco. Falei que esse último era meio esquisito. (Não confunda: esquisito com “s” é em português e significa algo muito estranho, desconhecido ou exótico). Olha só: galego vem da Galícia, catalão da Catalunha e o Euskara vem do País Basco. País Basco? Não combina. Devia ser algo assim como basquiano ou basquemês. Né, não?
domingo, 11 de junho de 2006
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¡Yo hablo un PUECO de español!
ResponderExcluirÉ só colocar un "ón" no final de tudo que dá certo!
ResponderExcluirVeja: mundón, beijón, lindón, amorzón... e por aí vai! huahua
Silvinha, olha eu aqui de novo "matraqueando" com você...rsrs... Concordo com você sobre o idioma. E o que dizer do "jeitão" rápido e alto de falar? Tenho amigos (brasileiros desavisados...rsrs) que se assustaram mais com o jeito que com o idioma (estando em Espanha). E até hoje quando vejo uma criança, solto o " que monada!!!!" rsrs... Gosto muito do teu texto e quando puder fale-nos sobre comidinhas espanholas... (mejor que mejor!!!..rsrs). Bjos.
ResponderExcluirNossa.... desculpe, sou meio "lerda" na tecnologia...ahahaha.. e não sei porque saiu anônimo!!! Mas sou eu Nair.
ResponderExcluirTe cuida.
Oi Nair!
ResponderExcluirÀs vezes eu também perco a classe com essa tecnologia de blog, quando dizem que é "tudo automático". Nananinanô. Só para colocar a primeira foto levei umas três horas. hahaha
Eu, quando cheguei às Ilhas Canárias, em 2001 (ano em que fiz meu mestrado) quase tive um surto psicótico-depressivo com o jeito "meigo" de hablar dos españoles! huahuahua. Pois aqui em Sevilha a caixa de som no cerébro deles é muito mais potente e os auto-falantes na boca, entao, nem se fale! huahuahua! Sobre comidinhas, em breve!
Um abraço e apareça sempre!
Silvia
Eita, que é ua delícia passear por êste blog!!!!!
ResponderExcluirchose de loque, po!
Continue, pq ADORO ler!
Parabéns, coisa mais linda!
Beijos
Tia Edi