terça-feira, 31 de julho de 2007

O novo ângulo de Paris

A cidade mais visitada do mundo tem como principal monumento a torre mais cafona do planeta. Como não dá para não ir (e não subir), o negócio é olhar com outros olhos, buscar um novo ângulo e achar tudo feliz.




Fotos: Raul Mattar

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Veneza: nem Julio Verne daria conta

Se o tal concurso para escolher as novas maravilhas do mundo fosse para nomear as cidades mais incríveis do planeta, Veneza seria hour concour.
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De tão extraordinária foi o destino escolhido para abrir meus posts internacionais do Matraqueando, há mais de um ano.
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Estive lá pela primeira vez em 1997. Voltei 10 anos depois e continuo achando a mesma coisa: nem Júlio Verne teria tanta imaginação para tirar do fundo do mar uma cidade plantada sobre um oceano, totalmente anfíbia, onde táxi, viatura, ônibus e até carro de boy são modestas embarcações.
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É um vai e vem de balsa, gôndola, barco e lancha e um sobe e desce de pontes e canais, passando pelas mesmas construções que um dia inspiraram Vivaldi a compor As Quatro Estações.
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Levei novas fotos para o post antigo. Pegue sua jangada e volte lá!
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Fotos: Raul Mattar

domingo, 29 de julho de 2007

Barcelona: a maravilha que ficou de fora...

Não da minha última viagem à Europa. Mas daquele concursinho fajuto, organizado por um milionário oportunista, que conseguiu ficar ainda mais rico às custas dos nossos clicks para eleger o Cristo Redentor. (Sim, eu votei no Cristo, porque sou brasileira e não desisto nunca!). Até hoje não entendi quais foram os critérios para selecionar as novas maravilhas do mundo moderno. Misturar em uma mesma categoria as ruínas de Machu Picchu e uma construção moderníssima como a Ópera de Sidney só me deixou mais confusa.
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Com o resultado final, divulgado no começo do mês, todo mundo ficou cochichando que o palácio andaluz Alhambra, em Granada, foi completamente injustiçado por não figurar entre os sete mais votados. Mas quem não poderia ter ficado de fora foi o único castelo de areia gigante construído no meio de uma cidade: a catedral Sagrada Família, de Antonio Gaudí, em Barcelona.
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O projeto começou quando Gaudí tinha 31 anos e foi o último de sua vida. Dedicou mais de 40 anos à obra. O arquiteto morreu e não deixou nem os esboços para que pudessem finalizar o monumento mais criativo e genial dos últimos séculos.

Diversos artistas, engenheiros e arquitetos já deram várias contribuições, tentando finalizar a obra. Mas já se passaram mais de 70 anos desde a morte do visionário catalão e a previsão é de que fique totalmente pronta só em 2025.
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No meu concurso particular para eleger as novas maravilhas do mundo eu colocaria o monumento em destaque pelo simples fato de ser único e original: tem inusitada e conflitante arquitetura, está em construção há 125 anos e a gente pode brincar de fazer sagradas famílias nas areias de qualquer praia do Brasil.

Fotos: Raul Mattar

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Madri: a bem sucedida capital espanhola

Espanha: venha para cá se...

Madri: a bem sucedida capital espanhola

Não é a minha cidade preferida. Perde longe para Barcelona. Não tem o charme mourisco de Sevilha. Nem o sol dos balneários da Costa da Luz. Mas é a capital da Espanha, o país europeu mais completo! (Lembrando que o meu diário de bordo está baseado na visão sentimental-apaixonada-holística-metafísica-e-pessoal da autora, euzinha!).
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Ainda que não seja tão charmosa quanto a capital da Andaluzia, nem tão psicodélica quanto a capital da Catalunha, dá para propor destinos lindos, trajetos que considero imperdíveis, lugares fascinantes, restaurantes charmosos, museus ultra-atraentes.
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Quase todo mundo que chega do Brasil à Espanha baixa, primeiro, em Madri. É a maior cidade do país. Possui dois dos principais museus da Europa, o Prado e o Reina Sofía. A realeza mora aqui. E o Rei Juan Carlos I, carismático que só ele, é amado pelos madrileños.
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Não posso dizer que é a mais festeira porque tem Barcelona, essa sim, insuperável no quesito diversão. Mas é de tirar o fôlego de qualquer adepto das raves mais badaladas do mundo. Para você ter uma idéia, há discotecas (e bares!) que fecham ao meio-dia do dia seguinte. Por que depois vem a siesta, o maior patrimônio zen-erudito-psicológico-cultural da Espanha.
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Os madrileños falam muito. Se você estiver vindo de um país, eu diria assim, mais contido como a Inglaterra, por exemplo, vai saber o que eu quero dizer. Enquanto que no metrô de Londres ninguém abre a boca e todo mundo fica concentrado no seu jornal, em Madri (e em muitos outros lugares da Espanha, afinal os madrileños são, antes de tudo, espanhóis!) eles não param de hablar um só minuto.

Já no primeiro dia na cidade ninguém escapa da Gran Vía. Se não for a principal é a mais conhecida rua de Madri. Está bem no centro, no coração da cidade. Sabe aquela frase batidinha “todos os caminhos levam a Roma”? Pois aqui, por onde quer que vá, você cai na Gran Vía. Ela une a Plaza de España com a Calle de Alacalá, mais El Paseo del Prado.

Andando um pouquinho mais está la Puerta del Sol, La Plaza Mayor e o Palacio Real, a casa do rei. Passear pela Gran Vía, conhecer seus personagens, seus pontos curiosos (uma da unidades do Museo del Jamón fica aqui) e sua arquitetura é o passeio mais madrileño e econômico que você pode fazer na cidade. Até onde eu sei caminhar sem rumo não paga nada.
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Você pode se arriscar, também, no Casco Viejo, o centro antigo da cidade. Ao contrário das grandes avenidas, o casco viejo é cheio de ruazinha e bequinho, numa desordem estrutural e urbanística que provocaria uma crise convulsiva no arquiteto Jaime Lerner. O legal aqui é se perder! Perguntar (mesmo que estiver com o mapa na mão) o caminho de volta. Ou a saída.

E depois tentar voltar e não conseguir. Quando você estiver passando pela terceira em vez em frente daquele mesmo predinho amarelo, pare e descanse em qualquer pastelería que tiver ao alcance dos seus olhos. Aos distraídos: pastelería – na Espanha – vende doce, não salgado.


O que você deve ver ou fazer, gastando pouco ou nada

Beliscar as tapas de presunto no Museo del Jamón. Quase sempre tem um pratinho com a iguaria para o turista provar.
Gran Vía, 72. Tel. 91 541 2023/24

Ficar zanzando pela Puerta del Sol. Em formato de lua, é a praça mais famosa da capital espanhola.
Puerta del Sol, s/n – metrô: Sol

Tomar uma caña na Plaza Mayor, que já foi palco de touradas, execuções, cortejos e julgamentos da Inquisição. É cheia de lojinhas de souvenirs, restaurantes bons e baratos e alguns tablados de flamenco
Plaza Mayor, s/n – metrô: Sol
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Visitar o Palacio Real, que apesar de não ser a residência oficial do Rei Juan Carlos I – que vive no bem mais modesto Palacio de la Zarzuela, nos arredores de Madri – é uma pomposa construção para mostrar a majestade e a ostentação da nobreza do século XVIII.
Calle de Bailén, s/n – metrô: Ópera ou Plaza de Espana

Perder-se no El Rastro, famoso mercado de pulgas de Madri. Não vai ter lugar mais exótico e econômico para comprar alguma tranqueira, badulaque ou até mesmo um objeto de arte por uma bagatela.
Calle de la Ribera de Curtidores, s/n - metrô: La Latina

Tirar uma foto na Puerta de Alcalá, o monumento mais elegante erguido por Carlos III. A construção, toda em granito, demorou nove anos para ficar pronta.
Plaza de la Independência, s/n – metrô: Retiro
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Fotos: Raul Mattar

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Madri em três horas, Guernica para sempre.

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sábado, 28 de julho de 2007

Duas visões de um mundo só

Há dez anos fiz minha primeira viagem à Europa. Foram 30 dias, 7 países, muitos Mc Donalds, albergues da juventude e algumas das melhores histórias que trago nos meus alfarrábios até hoje. Tinha só 24 anos, quase nada de dinheiro, um guia Frommer´s debaixo do braço e muito entusiasmo. Nem sonhava com as companhias áreas low cost. Comprei naquela época – o já caríssimo – passe de trem. Houve trecho que durou 25 horas de viagem. Internet era coisa de grego. Chegávamos a todos os lugares sem reserva de hotel. Só minha amiga e eu. Primeira viagem internacional. Voei VASP. (Verdade!) Sou do tempo em que a VASP não só existia como fazia várias rotas internacionais.

Este ano voltei em turma. Meus pais, minha tia, meu marido. 15 dias, 3 países (Espanha, França e Itália), 6 cidades (Madri, Barcelona, Veneza, Florença, Roma e Paris). Fomos aos mesmos lugares que conheci quando eu ainda tinha cabelos pela cintura, apenas dois anos de carreira e o inglês macarrônico do colégio. Deu para perceber que tudo por lá continua igualzinho. Quem mudou fui eu. Mesmo viajando na linha muquirana de sempre, descobri que subi na vida: andei uma ou outra vez de táxi, comi em restaurante decente, só fiquei em hotel com banheiro no quarto e até fiz algumas compras de verdade.

Por outro lado, foi a viagem mais mochileira da tia, do pai e da mãe. Carregaram malas em estação de metrô, se acabaram na salada do Mac Donalds, andaram oito horas por dia para conhecer prédios, ruas e monumentos. Ficaram em alguns hostais (uma estrela acima dos albergues), tomaram café da manhã na padaria da esquina e meu pai até aprendeu a pechinchar, em INGLÊS! E a principal ida ao supermercado em Paris, por exemplo, foi liderada pela tia Esperança. Ela, já craque, escolheu pães típicos, embutidos tradicionais, queijos e vinho FRANCÊS! Tudo deliciosamente servido. Na mesinha do quarto.

É isso, mais legal do que viajar é ter família para ir junto! Voilá, trè chic!
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Foto: Canais de Veneza. (Raul Mattar)

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Imigrando para a Austrália

Ainda acho que, apesar de TUDO, o Brasil é um dos melhores lugares do mundo para se viver. (Vou preparar um post explicando o porquê). Mas recomendo de olhos fechados qualquer experiência internacional, seja a estudo ou a trabalho.

Vai uma dica: o Programa de Imigração do Governo Australiano está oferecendo 110 mil vistos de trabalho para pessoas de diversas áreas. Engenheiros, administradores, contadores e profissionais de TI estão entre os brasileiros mais procurados. Os interessados devem ter até 45 anos. As cidades que mais pedem gente qualificada são Sidney, Melbourne, Adelaide, Perth, Brisbane e Canberra.

A agência brasileira Viva na Austrália – SCA é especializada em serviços de imigração para este país e detém o maior número de vistos de residência aprovados na América Latina. Entre no site da empresa para maiores informações.
Mas não deixe de consultar também o site oficial do consulado australiano, clicando aqui.

A minha experiência em morar fora se concentra basicamente na Europa e nos Estados Unidos. (Lembrando que nunca tive bolsa de estudo ou ajuda de organismos internacionais). Qualquer informação a respeito, pode perguntar! Vambora gente, tá na hora de sacudir a poeira...

Voltamos com a programação normal

Sinto-me completamente realizada. Sou dona de um meio de comunicação, o Matraqueando. Posso exercer todo o controle sobre as notícias que são publicadas aqui. Censuro, faço campanha para o meu partido, só contrato amigos, escrevo a hora em que quero, sobre o que quero, revelo as minhas fontes - coisa jamais pensada no jornalismo “tradicional” - e, ainda, exerço meu lado filantrópico, já que todo mundo aqui trabalha de graça.

Por isso, voltemos ao nosso propósito: ser feliz! Esperando, apenas, que a gente não perca –NUNCA – a capacidade de ficar indignado (a)!

terça-feira, 17 de julho de 2007

Será que agora muda?

Triste. Revoltante. Dá dor de estômago. Vontade de chorar.

Devastador. Hediondo. Degradante. Ofensivo.

Em menos de 10 meses outro acidente com um avião brasileiro. Em solo brasileiro. Cheio de brasileiro. Por problema causado pelo sistema brasileiro. Definitivamente - funesto e humilhante.
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Fotos: Evelson Freitas (Agência Estado), Rodrigo Paiva (Folha Imagem), Reuters.
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Informação incluída dia 18.07.2007, às 22:44.
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Recomendo a leitura dos comentários. Como estou em (outra!) viagem (de carro!), não posso atualizar dados sobre essa catástrofe. Mas se você chegou até aqui, não se acanhe: pode gritar!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Em câmera lenta.

Já estou na área. Mas não consegui pegar no tranco ainda. Como em toda viagem de volta, entro em estado de putrefação. Gripe, alergia, dor de cabeça, sarna e icterícia. Com muuuito atraso respondi aos comentários do post anterior.

Agradeço a todos, matraqueadores e matraqueadoras. Mesmo sem postar por tantos dias, o índice de visitas aqui continuou praticamente igual, tendo - inclusive - alguns recordes de entradas. O que comprova que já temos um público fiel. (A gente até podia criar o cartão smiles do Matraqueando).

Por falar em Matraqueando, a novidade é que agora ficou mais fácil acessar o blog. Temos domínio próprio, PONTO COM PONTO BÊ ERRE. Ficou assim: www.matraqueando.com.br. Ou seja, não tem mais que ficar adivinhando o endereço que era bem comprido e ainda tinha aquele blogspot no meio.

Voltamos a qualquer momento com novas informações. :-)