quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

São Paulo: Rua 25 de Março

Ahá! Não contavam com minhas astúcias! Depois de cantarolar Caetano e de até parecer convertida às viagens sofisticadas, eis que me transformo na Rê Bordosa dos farofeiros. Me meti (sei que não pode começar frase com estes pronomes, mas falar meti-me, não dá!) pirambeira acima na Rua 25 de Março, o maior centro atacadista da América Latina. Sem ilusões: centro atacadista no meu dicionário MatraqueHouaiss significa encher a sacola de bugiganga e de coisas que não sei onde vou colocar depois - gastando pouco ou quase nada. Mas não considero isso turismo de compras. Eu chamaria o passeio de Circuito Antropológico Paulistano.

A 25 de Março é tudo aquilo que você imagina e mais um pouco. Um forféu de gente indo e vindo. Sim, tem que tomar cuidado com bolsa, carteira e afins. Mas não que o lugar seja perigoso. Pelo contrário, havia - assim ó - de polícia. Os guardinhas estavam por todos os lados. Só que malandro faz tudo na surdina. Coloca a mão no seu bolso e você nem sente. Olhando as fotos acima, a gente não sabe se é o centro de Caracas ou da Cidade do México. Mas qualquer semelhança não é mera coincidência. (Porque será que a gente sempre se refere aos latino-americanos como se fossem os outros?)

São centenas de lojas que fazem daquela região toda um centro proibido para gastadores compulsivos. Até quem está na pindaíba acaba deixando uns trocados por lá. Como não fui fazer nenhuma reportagem especial sobre a Rua 25 de Março – nem teria tempo para isso em três dias – não posso dizer visite essa loja, conheça esse armazém, dá um pulinho naquela galeria. Até porque depende do que a pessoa quer comprar. Se for só a passeio caminhe pela própria rua e pelos arredores. Invariavelmente vai aparecer o QUE comprar: bijuterias, roupa de cama, banho, óculos, bolsas, pedrarias, papéis, decoração, CDs, DVDs (piratíssimos), relógios, tecidos, utilidades domésticas, cristais e muuuuito mais! São vários quarteirões, com diversos comércios famosos nas imediações.

Melhor lugar de Sampa para provar comida de rua, mais pela diversidade - pudim, queijinho (foto acima), milho cozido, caldo de feijão, camarão no espeto- e não necessariamente pela qualidade. Tudo o que é quente, fervido ou cozido, pode mandar ver! Só não arrisque frutas expostas, sucos “naturais” ou qualquer esquisitice com molhos ou maionese.

De vez em quando, em algum trecho, olhe para cima. Vai ser no mínimo curioso ou divertido.

SERVIÇO:

Rua 25 de Março
Horário:
as lojas funcionam das 8h às 18h, de segunda a sexta e das 8h às 12h, aos sábados. Algumas podem abrir mais tarde ou fechar mais cedo. Terça (recebe dezenas de ônibus de sacoleiros de todo Brasil) e sábado (o paulistano também passeia por lá) são os dias mais lotados.
Metrô: São Bento. Sair pela Ladeira de Porto Geral.

Fotos: Raul Mattar

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5 comentários:

  1. Carla Moura (Carlita)17 de janeiro de 2007 às 08:11

    Fazia muito tempo que não passava por aqui. SHOW! Tudo 10, divertido, boas dicas, fotos legais! Já está adicionado aos meus favoritos!

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  2. Tentei deixar uma mensagem ontem, mas só dava erro. Mas agora voltou ao normal!ôba!

    Fala sério: você não comprou nadinha no shopping dos chinos?

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  3. CIRCUITO ANTROPOLÓGICO PAULISTANO???? HAHAHAHA
    Quais são os tipos que você encontrou por lá? O Serra? O Geraldo? O Silvio Santos?

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  4. Carlita: ainda bem que você voltou! Agora, com o Matraqueando nos seus favoritos, não há mais desculpas: APAREÇA SEMPRE!

    Ana: o blogpsot deu pau mesmo esses dias. Aliás, isso tem sido frequente. E claaaaro, que comprei uma "lembrancinha" do Tsun Ling Ping Pong.

    Murilo: huahuahua. Não... mas o Datena estava lá...

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  5. Malu Bueno - Flórida18 de janeiro de 2007 às 18:15

    Humm, queijinho na 25 de março??? Dá para comer sem culpa. A gente caminha tanto que queima todas as calorias!

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