1. O destino está barato. Um pacote de cinco dias, com avião e hotel, fica em torno de US$ 300,00 – comprado com antecedência e fora dos feriadões. Com este valor você também pode ir para Natal ou Maceió – aliás, outras ótimas opções. A diferença é que Buenos Aires, além de ser um destino internacional, nunca esteve tão disponível aos brasileiros.
2. Acabou a cafonice. O famosésimo designer francês Philippe Starck – o mestre da vida, já deixou a marca dele por aqui. Contratado para recriar todo um quarteirão da cidade, a primeira investida de Starck foi (re) desenhar uma construção inglesa de 100 anos, que hoje abriga o espetacular Hotel Faena, no dique 02 de Puerto Madero (foto acima). Diárias a partir de US$ 350,00. (Quem sabe numa outra vida.) Mas é possível conhecer o hotel-design comendo em um dos seus restaurantes, o El Mercado. Uma pizza, claro. Tem que reservar. Calle Martha Salotti 445, tel. 4010-9000.
3. Parece mesmo um canto da Europa. Um pouco decadente, admito. Mas a cidade nasceu para ser a Paris sul-americana. Quase conseguiu: cheia de cafés, muitas livrarias, edifícios neo-clássico-rococó, praças arborizadas enormes no centro e até Carlos Gardel - dizem - veio de lá.
4. O melhor do tango, obviamente, está aqui. E por toda parte. Há vários estilos: shows no estilo Broadway, intimista ou ao ar livre. Quem não quiser ver (e pagar) pelos grandes espetáculos tem a possibilidade de testemunhar os inúmeros shows na rua. De graça.
5. Cada bairro é um tour – ou uma cidade - diferente. Existem poucas no mundo com esta característica - talvez São Paulo, Jerusalém e a própria Paris. Isso quer dizer que os principais pontos turísticos não são um ponto exatamente, mas alguns quarteirões inteiros. Entre eles La Boca, San Telmo, Palermo e Abasto.
6. É o segundo lugar do mundo – dos que conheço – e talvez o único das américas que tem sorvete de marrom-glacê. (O primeiro é Paris, por supuesto!) Eu me lembro do marrom-glacê daquelas latinhas (iguais as de goiabada) que eu comia inteira quando criança. Pois aqui tem sorvete disso! Se sorvete por si só já é uma perdição, imagine a combinação dessas duas coisas? Procure pela sorveteria Persicco, há vários endereços na cidade.
7. Dá para pegar um táxi de vez em quando sem ter que cortar a janta. Uma corrida da Recoleta (região central) até Palermo Hollywood (onde começa o agito) sai por uns 18 pesos ou o equivalente a R$ 12,00. Para completar, as linhas de metrô servem boa parte da cidade e o passe custa 0,70 centavos de pesos ou 0,50 centavos da nossa moeda. Um leque de abanar moscas. Ou seja, nada!
8. Para quem gosta de produtos em couro, achou o lugar. Mas isso não quer dizer que vai encontrar os melhores preços, mas sim a melhor qualidade.
9. A cidade tem aquelas histórias – parecida em muita coisa com a nossa - de deixar o queixo caído: foi palco de ditaduras devastadoras, recebeu milhares de imigrantes e protagonizou um período de enorme força cultural. Até o espanhol Federico García Lorca morou por aqui no auge da sua carreira.
10. Buenos Aires é a cidade natal do escritor Jorge Luís Borges. Portanto, nada mais a acrescentar.
Fotos: Raul Mattar
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O tango da minha vida
Turismo paz e amor
2. Acabou a cafonice. O famosésimo designer francês Philippe Starck – o mestre da vida, já deixou a marca dele por aqui. Contratado para recriar todo um quarteirão da cidade, a primeira investida de Starck foi (re) desenhar uma construção inglesa de 100 anos, que hoje abriga o espetacular Hotel Faena, no dique 02 de Puerto Madero (foto acima). Diárias a partir de US$ 350,00. (Quem sabe numa outra vida.) Mas é possível conhecer o hotel-design comendo em um dos seus restaurantes, o El Mercado. Uma pizza, claro. Tem que reservar. Calle Martha Salotti 445, tel. 4010-9000.
3. Parece mesmo um canto da Europa. Um pouco decadente, admito. Mas a cidade nasceu para ser a Paris sul-americana. Quase conseguiu: cheia de cafés, muitas livrarias, edifícios neo-clássico-rococó, praças arborizadas enormes no centro e até Carlos Gardel - dizem - veio de lá.
4. O melhor do tango, obviamente, está aqui. E por toda parte. Há vários estilos: shows no estilo Broadway, intimista ou ao ar livre. Quem não quiser ver (e pagar) pelos grandes espetáculos tem a possibilidade de testemunhar os inúmeros shows na rua. De graça.
5. Cada bairro é um tour – ou uma cidade - diferente. Existem poucas no mundo com esta característica - talvez São Paulo, Jerusalém e a própria Paris. Isso quer dizer que os principais pontos turísticos não são um ponto exatamente, mas alguns quarteirões inteiros. Entre eles La Boca, San Telmo, Palermo e Abasto.
6. É o segundo lugar do mundo – dos que conheço – e talvez o único das américas que tem sorvete de marrom-glacê. (O primeiro é Paris, por supuesto!) Eu me lembro do marrom-glacê daquelas latinhas (iguais as de goiabada) que eu comia inteira quando criança. Pois aqui tem sorvete disso! Se sorvete por si só já é uma perdição, imagine a combinação dessas duas coisas? Procure pela sorveteria Persicco, há vários endereços na cidade.
7. Dá para pegar um táxi de vez em quando sem ter que cortar a janta. Uma corrida da Recoleta (região central) até Palermo Hollywood (onde começa o agito) sai por uns 18 pesos ou o equivalente a R$ 12,00. Para completar, as linhas de metrô servem boa parte da cidade e o passe custa 0,70 centavos de pesos ou 0,50 centavos da nossa moeda. Um leque de abanar moscas. Ou seja, nada!
8. Para quem gosta de produtos em couro, achou o lugar. Mas isso não quer dizer que vai encontrar os melhores preços, mas sim a melhor qualidade.
9. A cidade tem aquelas histórias – parecida em muita coisa com a nossa - de deixar o queixo caído: foi palco de ditaduras devastadoras, recebeu milhares de imigrantes e protagonizou um período de enorme força cultural. Até o espanhol Federico García Lorca morou por aqui no auge da sua carreira.
10. Buenos Aires é a cidade natal do escritor Jorge Luís Borges. Portanto, nada mais a acrescentar.
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"De todos os instrumentos do homem, o mais surpreendente é sem dúvida nenhuma, o livro".
ResponderExcluirJorge Luis Borges, era de origem portuguesa por parte do pai e britanica por parte da mae.
Silvia, nao sei se vc sabe, mas no best-seller O nome da Rosa, o italiano Umberto Eco homenageou o autor no personagem cego Jorge de Burgos, o guardiao da biblioteca onde gira a trama.
A cegueira atingiu o escritor aos 50 anos, o pai tb perdera a visao quando ele ainda era menino.
O escritor colombiano GabrielGarcía Márques falou que "apesar de detestar Borges, carregaria um livro seu no bolso por toda a vida."
Beijos. Fernanda -J.F. - M.G
Falou e disse nossa historiadora oficial e consultora permanente do Matraqueando, FERNANDA!
ResponderExcluirMuito obrigada uma vez mais! Não conhecia essas informações. E não só eu, mas muitos matraqueadores agradecem!
Beijos!
Realmente, nunca pensei em ir a Buenos Aires, nem a qualquer recanto da Argentina, mas lendo o matraqueando a gente começa a ver que há muuuito que fazer e admirar nessa cidade!
ResponderExcluirBeijos!
Tapado por los yuyos de la Pampa hubiera debido estarme largas horas prestando oído al correr del peludo o la germinación laboriosa de la cinacina. Dulces y tontas palabras folklóricas, prefacio inconsistente de toda sacralidad, cómo me acarician la lengua con patas engomadas, crecen a la manera de la madreselva profunda, me libran poco a poco el acceso a la Noche verdadera, lejos de aquí y contigua, aboliendo lo que va de la pampa al mar austral, Argentina mía allá en el fondo del telón fosforescente, calles apagadas, cuando no siniestras de Chacarita, rodar de colectivos envenenados de color y estampa!Todo me une porque todo me lacera.
ResponderExcluirCortázar.
Caramba! Conheci BsAs em março do ano passado, fui assisti o show da banda irlandesa U2 lá... Viagem que JAMIS meesquecerei!!!
ResponderExcluirUma cidade simplesmente MARAVILHOSA! Digna de uma outra visita prá lá... rsss Lugares fantásticos, históricos... Fui muuuuito bem recebida pelos portenhos...
É verdade, Pity!!! Bs As é um tipo de cidade que a gente tem de voltar mais vezes!!!!
ResponderExcluirAnos atrás escrevi um texto sobre Buenos Aires inspirado em Julio Cortázar, que adorava manuais de instruções. Pra quem interessar, vai o link:
ResponderExcluirhttp://valisedecronopio.blogspot.com/2007/03/instrues-para-conhecer-buenos-aires.html#links
abrazos
Adorei, Mariana! Divertido e inteligente o manual! Abs!
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