Todo o preâmbulo anterior para dizer que voltei. Quatro anos depois da primeira tentativa, voltei para um resort. Já desabafei aqui, onde disse que eu – muito pateta e simplória – até havia pensado em passar a lua-de-mel no Costão do Santinho, em Florianópolis. Mas o resort estava muito (mas muito mesmo) acima das minhas posses..
Deixei para lá, até porque – abramos novo parêntese – lá tudo funciona perfeitamente, você é tratado como rei, possui piscinas maravilhosas (no caso do Costão, aquecidas, inclusive!) e uma praia só para ele – mas este tipo de complexo não é para mim (nos mais variados quesitos). .
Só que como para Deus nada é impossível, veja só: no fim de semana do Dia do Pais, mega-promoção: diária de baixa-temporada e pai acompanhado do filho de até 11 anos não pagava. A “oferta” era válida para apartamento superior (o melhor, uma espécie de flat) – com todas as refeições e taxas incluídas. Hã?
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Não, não era pegadinha. Havia uma explicação: o Costão do Santinho foi eleito três vezes como o melhor resort de praia do Brasil. E nós estamos em pleno inverno. Faz frio e, invariavelmente, chove em Floripa. Para aumentar a taxa de ocupação nessa época do ano eles cometem essas loucuras. Ainda assim, dois dias aqui custam mais do que um pacote de sete dias para Porto de Galinhas, por exemplo.
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Mas do que precisávamos, novamente, era descansar. Com um agravante: tínhamos que testar a Mariana em uma viagem curta e com estrutura (porque a pobre nem imagina o que vem por aí). Pimba! E lá fomos nós – de matraca-móvel – enfrentar mais uma vez o mundo raso dos resorts. .
Já no check-in não foi preciso nem chegar o drinque de boas-vindas para ser informada sobre o Costão Baby, uma parte do complexo dedicada aos bebezinhos, com berçário e atividades lúdicas. Quê? Deixar minha filhotinha de 2 meses e meio, sozinha, olhando para fantoches e cubos amarelos. – Não, moça. Brigada. Ela veio para ficar com a gente.
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E a lua-de-mel se deu a três. Na melhor companhia que podíamos imaginar sem nunca pensar que seria tão bom e divertido. Fui embora pensando no escritor Borges, lá do post anterior. Será que, enfim, mudei de idéia? Será que farei como 99% dos pais acompanhados de filhos que – por comodidade ou gosto – ficam na rota resort-hotel-fazenda até a molecada colocar a primeira mochila nas costas? – Não, Sílvia, é que foram só dois dias. Não deu tempo de sentir vontade de ir para o centro da cidade, disse nosso sábio Raul. Ah, bão..
Então, agora só me falta o gramour. .
Fotos: Raul Mattar
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