Tenho mania de colecionar certificados e diplomas. Deve ser algum complexo de inferioridade ou medo de ficar – ou parecer - burra. Não que certificados e diplomas deixem a gente mais inteligente, mas estudar nunca teve nenhuma contra-indicação. Estes dias me perguntaram por que eu estava fazendo doutorado se nem professora eu era. Credo, que gente invejosa! O fato de estudar (e isso pode incluir apenas ler um bom livro ou assistir a um bom filme) só me torna uma pessoa melhor: mais centrada nos meus propósitos, voltada aos meus projetos e menos preocupada com a vida dos outros.
Mas uma coisa é verdade. Existem títulos que a gente só tem porque pagou o curso. O meu certificado de inglês com 250 horas de aula, por exemplo, é um desses. Outros até aproveitei bem. Fiz corte e costura no Sesc, word no Senac e aulas de Português com o Professor Carlos, em Londrina. Tudo devidamente certificado. Antes já tinha sido influenciada pela mãe que imagina um futuro melhor para o filho: enfrentei aulas de balé (12 anos), pintura em porcelana (cinco anos) e piano (um mês). Até que no meio dessas histórias/cursos eu resolvi começar a viajar. Aos 14 anos fiz uma excursão com os amigos do Colégio Hugo Simas, onde estudei da 1ª a 8ª série. Fui para a Serra Gaúcha. Conheci em uma semaninha Garibaldi, Bento Gonçalves, Canela, Gramado, vinícolas e um dos melhores chocolates do Brasil. Naqueles sete dias aprendi tanta coisa, vi tanta gente, conheci tanta história, tantos personagens... que matutei: quando eu crescer quero ser VIAJANTE!
Primeiro pensei em ser aeromoça, mas me barraram no cursinho preparatório. Naquele tempo tinha que ter altura mínima. Acha? Depois insisti no balé. Pelo menos com o grupo de dança eu viajava para muitos lugares e cheguei a conhecer, com o corpo de baile, o nordeste brasileiro de ônibus! Daí resolvi ser jornalista e a coisa degringolou de vez. Comecei a ter más companhias e, com outra jornalista, fiz minha primeira viagem para a Europa, depois para o Oriente Médio e outras tantas pelo Brasil. Até que um dia, discutindo sobre antropologia (tema que não domino lhufas) com um grupo de amigos, um deles lança: pergunta para a Silvinha, ela é viajada! Foi aí que me dei conta: ser viajada nos inclui naquele grupo de pessoas que todo mundo acha que podemos opinar sobre história, política, museus, astronomia, moda, horóscopo e até antropologia!!!
Acontece que viajar não nos dá esse passaporte para o mundo do conhecimento, assim, de bandeja. Vai conhecer Manaus? Tem que ler sobre o ciclo da borracha. Gostaria de ver de perto o Alhambra, em Granada? Entenda o que foi o domínio árabe na Espanha. Quer ir para Blumenau? É recomendável buscar alguma informação sobre os fluxos migratórios do sul. Está interessado na Rota do Vinho chilena? Aprenda sobre tanino. (Por isso, nunca fiz essa viagem, não consigo entender a religião dos vinhos). Mas meu amigo Gerson, esse – sim – viajadérrimo, está me ensinando muito sobre vinícolas, taças e safras. Foi ele, inclusive, quem me explicou sobre o t-a-n-i-n-o.
É claro, os viajados e as viajadas não estão habilitados a sair dando opinião sobre tudo ou qualquer coisa. Principalmente aqueles que só viajam em excursão, nunca pegam um metrô, não visitam as feiras livres, só comem nos restaurantes indicados pelos guias tradicionais, não se interessam pelos nativos nem pela história do lugar. Mas ainda que seja um título poético, o de viajada é o meu preferido. Afinal, não precisa nem ser rico para ter um. E é bem mais legal que ser inteligente. Rá rá rá.
Mas uma coisa é verdade. Existem títulos que a gente só tem porque pagou o curso. O meu certificado de inglês com 250 horas de aula, por exemplo, é um desses. Outros até aproveitei bem. Fiz corte e costura no Sesc, word no Senac e aulas de Português com o Professor Carlos, em Londrina. Tudo devidamente certificado. Antes já tinha sido influenciada pela mãe que imagina um futuro melhor para o filho: enfrentei aulas de balé (12 anos), pintura em porcelana (cinco anos) e piano (um mês). Até que no meio dessas histórias/cursos eu resolvi começar a viajar. Aos 14 anos fiz uma excursão com os amigos do Colégio Hugo Simas, onde estudei da 1ª a 8ª série. Fui para a Serra Gaúcha. Conheci em uma semaninha Garibaldi, Bento Gonçalves, Canela, Gramado, vinícolas e um dos melhores chocolates do Brasil. Naqueles sete dias aprendi tanta coisa, vi tanta gente, conheci tanta história, tantos personagens... que matutei: quando eu crescer quero ser VIAJANTE!
Primeiro pensei em ser aeromoça, mas me barraram no cursinho preparatório. Naquele tempo tinha que ter altura mínima. Acha? Depois insisti no balé. Pelo menos com o grupo de dança eu viajava para muitos lugares e cheguei a conhecer, com o corpo de baile, o nordeste brasileiro de ônibus! Daí resolvi ser jornalista e a coisa degringolou de vez. Comecei a ter más companhias e, com outra jornalista, fiz minha primeira viagem para a Europa, depois para o Oriente Médio e outras tantas pelo Brasil. Até que um dia, discutindo sobre antropologia (tema que não domino lhufas) com um grupo de amigos, um deles lança: pergunta para a Silvinha, ela é viajada! Foi aí que me dei conta: ser viajada nos inclui naquele grupo de pessoas que todo mundo acha que podemos opinar sobre história, política, museus, astronomia, moda, horóscopo e até antropologia!!!
Acontece que viajar não nos dá esse passaporte para o mundo do conhecimento, assim, de bandeja. Vai conhecer Manaus? Tem que ler sobre o ciclo da borracha. Gostaria de ver de perto o Alhambra, em Granada? Entenda o que foi o domínio árabe na Espanha. Quer ir para Blumenau? É recomendável buscar alguma informação sobre os fluxos migratórios do sul. Está interessado na Rota do Vinho chilena? Aprenda sobre tanino. (Por isso, nunca fiz essa viagem, não consigo entender a religião dos vinhos). Mas meu amigo Gerson, esse – sim – viajadérrimo, está me ensinando muito sobre vinícolas, taças e safras. Foi ele, inclusive, quem me explicou sobre o t-a-n-i-n-o.
É claro, os viajados e as viajadas não estão habilitados a sair dando opinião sobre tudo ou qualquer coisa. Principalmente aqueles que só viajam em excursão, nunca pegam um metrô, não visitam as feiras livres, só comem nos restaurantes indicados pelos guias tradicionais, não se interessam pelos nativos nem pela história do lugar. Mas ainda que seja um título poético, o de viajada é o meu preferido. Afinal, não precisa nem ser rico para ter um. E é bem mais legal que ser inteligente. Rá rá rá.
Mandou beeeeem! Mas porque mesmo você está fazendo o doutorado? hehehe.
ResponderExcluirNão é professora? MENTIIIRAAAA!
ResponderExcluirVocê é a melhor profe do mundo: divertida, inteligente, sabe tuuuudo, engraçada, sempre alegre, muito motivadora, e liiiinda! Nós amamos a Profe Silvia do Sol Miró.
Anna, Paulo, Carolina, Marcia, Fred, Luiza e Marcio.
Não é professora? MENTIIIRAAAA!
ResponderExcluirVocê é a melhor profe do mundo: divertida, inteligente, sabe tuuuudo, engraçada, sempre alegre, muito motivadora, e liiiinda! Nós amamos a Profe Silvia do Sol Miró.
Anna, Paulo, Carolina, Marcia, Fred, Luiza e Marcio.
Ah, Murilo, você sabe: foi uma desculpa para eu poder pegar avião grande nos próximos anos, pelo menos até 2008!
ResponderExcluirMeninos e meninas solmironianos!
ResponderExcluirMEEEEENNOOSSSSSSSSSSS!
E professora de espanhol num conta.
Bjs
Ola. Bom te ler! Um banho de sal grosso faz bem sabia? E procure não viajar com a Gol, a inveja pode ser uma m... mas tb atrai coisas ruins. Beijo.
ResponderExcluirUi, Eliana, nem me fale!! O pior é que acabei de comprar uma passagem da GOL para São Paulo por R$ 64,00. huahuahuahua! Vou lá conhecer o Museu de Língua Portuguesa. E como a viagem será daqui a duas semanas espero que esse transtorno dos controladores aéreos já tenha acabado.
ResponderExcluirUm beijo grande!